quinta-feira, 27 de setembro de 2007

30 semanas

Pois é. A minha menina foi tirar mais umas fotografias numa ecografia que já estava para ser feita há uns tempos. Está óptima, de cabeça para baixo, mas inclinada (segundo o médico no bom caminho) e no percentil 75. Já vai em 1,8 kg e o pai já está muito mais contente - afinal a filha vai ser grande. Já lhe disse que não deve gostar muito de mim. Ela tem tempo de crescer!!! Cá fora! Mas o médico lá me descansou e explicou que pode ser só um surto de crescimento (coitadinha ainda não tinha crescido muito com estas minhas dietas forçadas) e que normalize até às 35 semanas, regressando ao percentil 50. Mas palpita-me que era pura psicologia da parte dele. Cheira-me que a "piquena" vai mesmo ser grande - também tem a quem sair, o pai mede 1,86m... De resto, está de boa saúde e recomenda-se, mexe e remexe, adora doces, para não ser a excepção, e ainda me deixa dormir (linda menina!). Vê-la no ecrã ao vivo (e não a cores porque achámos que era desnecessário a eco 4D - temos de deixar a surpresa para o dia D) a mexer não tem explicação. A cara do marido, que devia ser igual à minha, disse tudo, mais do que qualquer palavra - um sentimento de ternura e pertença enorme e o pressentimento de que essa força de sentir ainda não é nada, há-de ser bem maior...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Gravidez

Pois é. Grávida. De 7 meses. Quem me conhece sabe como estas duas realidades não jogavam - eu + gravidez. Foi premeditado, muito pensado e mesmo muito desejado. Mas o meu lado rebelde e independente, somado ao facto de ter sido abençoada por uma fertilidade impressionante (foram precisas duas semanas apenas para conseguir engravidar) e à falta de apoio familiar e mesmo de amigos, não me permitiram gozar na plenitude esta gravidez que no fundo, no fundo (e é difícil admiti-lo) já era muito esperada. Isso misturado com uma crise vesicular grave que me obrigou a parar 1 mês e meio em pleno verão, não veio ajudar em nada. Assim, a expectativa de que quando começasse a sentir uma vida dentro de mim me permitisse assimilar o facto saiu frustrada. Só agora, com 7 meses de gestação é que me estou realmente a aperceber de que tudo o que conheço como vida está prestes a mudar. Vem aí alguém que dependerá completamente de mim e do pai, a minha relação com o meu marido vai necessariamente mudar, a minha posição na família vai mudar, enfim, o meu mundo vai deixar de rodar em torno de mim e do homem que amo, para girar em torno de mais uma. É estranho só agora ter assimilado este facto - estou grávida. Até aqui era como se algo estivesse para acontecer, mas sem saber efectivamente o quê, sempre com o espírito do "logo se vê". Agora começaram as aulas de preparação para o parto, as compras do enxoval, do berço, da cadeirinha, dos biberões e das chupetas. A barriga já treme de tanto se mexer, já me custa calçar os sapatos e o marido fala com a barriga sem motivo aparente. Percebi. Ou melhor, assimilei. É difícil. Ter um feitio destes e de repente ter de assumir que se está feliz por perder um pouco da nossa independência... Raio de feitio este!!!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Raio de nome!

Pois é. Porquê quintal das couves? Todos acham muita graça ao meu email e todos me perguntam o porquê deste nome tão estranho. Simples. Há uns anos largos atrás, quando comecei a intrusar-me no mundo da net (era um bicho estranho e mal-compreendido) tentei criar um endereço electrónico no famosíssimo Hotmail. É claro que o meu nome já estava mais do que usado e não me apetecia usar iniciais porque a minha cabeça desmiolada ia-se esquecer de certeza da opção feita. Tantas tentativas foram, que acabei por me irritar. E experimentei o apelido que quase de certeza ninguém tem - quintal - e depois aparvalhei. Quintal? Quintal de quê? Das couves, é claro! E este pegou. Por incrível que pareça ainda ninguém se tinha lembrado deste ;) Ficou e teve tanto sucesso que foi ficando. Hoje em dia todos me conhecem por quintaldascouves, por isso porque não o blogue também ficar com a minha marca de água?!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Principiante

Sempre fui muito anti-net no que toca a partilhar a nossa pessoa com desconhecidos no mundo inteiro. Porém, descobri por mero acaso o blog de uma grande, grande amiga e achei que se ela pode, eu também posso. Nunca fui de diários, mas sempre gostei muito de escrever. Coisas soltas num papel qualquer, que depois passava a limpo para o livrinho próprio para esse efeito. Ela eram poemas, eram frases minhas ou de outros mais esclarecidos do que eu, mesmo pequenos textos. Eram só para mim, ninguém tinha direito a ler, com excepção feita ao marido, ainda namorado, como prova do meu amor... Com o tempo, fui perdendo esta apetência, esta faculdade quase inata de escrever só porque sim. Hoje, dou por mim a precisar de falar e a sentir que é mais fácil se escrever. Quando estou feliz, quando estou zangada, quando me sinto injustiçada ou mesmo quando quero dar uma lição de moral a alguém. Sai mais fluído. Por isso, optei por criar um blogue. Não sei se alguém o vai descobrir, mas será bem-vindo se vier com intenções sérias e vontade de me ouvir e conversar um bocadinho. Que fique assente que é apenas para este efeito que o criei - para falar, ouvir e ser ouvida - mais nada. E com isto me vou por agora, já com imensas coisas por dizer - ou melhor escrever.