A ama da M. precisou de faltar no meu segundo dia de trabalho. Para não ter de pedir logo batatinhas, e como não dava jeito ao B. ficar em casa, lembrámo-nos do meu pai. Minto. Lembrou-se o B., o que eu, incrédula, achei impossível. Mas por insistência dele, acabei por ligar ao avô babado, só para confirmar que ele não ia achar bem. Pasmem-se. O meu pai achou uma excelente ideia! Disse-me que tudo bem e que se ela chorasse, não tinha outro remédio senão aguentar-se à bronca. A minha alma ficou parva. No dia em questão, lá chegou às 8h10 (o avô até madrugou nesse dia!!!) e conforme lhe ia tentando explicar as coisas, ele despachava-me! Só me dizia "vai-te lá embora, senão chegas atrasada". Nem as frldas o assustaram! Tinha de ficar com ela até à hora da sopa porque a Lúcia só devia chegar por essa hora, mas não estava nada preocupado com o assunto - "diz-me lá como é que se aquece, que eu dou". Saí mais ou menos descansada, confesso, por já ter visto antes o meu pai em acção com a M. E de facto, não se atrapalha nada com o choro dela - pega nela, leva-a ao colo para a janela e calmamente, na conversa, dá-lhe a volta. Ao bater a porta de casa, deixei a filha na espreguiçadeira a rir, para o avô que, de gatas (imaginam o Dr. Timóteo nestes preparos?!), lhe fazia caretas. Por volta das 10h30, ligou-me para o telemóvel. Mau, pensei eu, algo se passa... A pergunta era simples: "ela quer dormir. Deixo?"... A Lúcia lá chegou a horas da sopa e ele aviou-se para ir almoçar com os amigos. À ama perguntei o que estavam eles a fazer quando ela chegou - a M. estava no berço e o avô, a jogar à paciência no computador, estava com uma mão dentro daquele para entreter a neta exigente... Olhem que ele há coisas!...
Há 8 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário