quinta-feira, 14 de maio de 2009

Pai à nora

É engraçado como ser-se macho faz tanta diferença. O B. é um pai dedicado, sem sombra de dúvidas - brinca, lê livros, dá de comer, adormece, enfim faz tudo com a filha, sem excepções. Porém, o pai tem muito mais dificuldade em perceber o que a filha diz do que eu. Às vezes, alguma palavra que para mim já é conhecida, para ele não é nada evidente. É certo que, por exemplo, as brincadeiras com ele são menores do que as minhas, pelo que não apanha certos pormenores. Mas não é só por isso. Eu faço por prestar atenção às palavras mal-amanhadas da M. para depois saber o que querem dizer. Se não tiverem um som parecido com a real, chego a repeti-las em voz alta para não me esquecer. Para além disso, parece que tenho um sexto sentido que me faz interpretar correctamente o pretendido pela petiz. O B. não consegue esta proeza. É hilariante a cara dele quando eu gozo com ele por não perceber a filha... No outro dia, por exemplo, a M. pediu ao pai "quio!" incessantemente, enquanto ele estava perto do frigorífico.

  • - "Leitinho? Agora?"
  • - "Quio! Quio!"
  • - "Sim, filha, já vais papar..."
  • - "Quio! Quio!". Ele olhou para mim com ar interrogativo, ao que eu expliquei: - "Queijo..."
  • - "Ahhhh! Queres queijo! Toma."

Gajos... :)

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