segunda-feira, 3 de março de 2008

Biberão

Como a minha filha se esquece que eu não sou feita de borracha, vai puxando e empurrando, espreitando para trás e brincando ao gato e ao rato com a minha mama. À conta disso, tenho de tirar o leite com a bomba para depois dar de biberão, para sarar as feridas. Uma verdadeira seca! Primeiro tenho de tirar antes de ela mamar, o que nem sempre é evidente porque é um ritual que demora cerca de 20 a 30 min. Segundo porque é uma chatice andar a esterilizar biberões, tendo tanto leite. Finalmente e acima de tudo, porque é uma frustração não poder usufruir do prazer de dar de mamar em condições. Felizmente, quando não dou em preguiçosa, arranjei uma estratégia para dar um bocadinho a volta à coisa. De manhã, como já disse várias vezes, tenho sempre excesso de leite, chegando a acordar cheia de dores. Por isso, acordo antes dela, o que é sempre uma incógnita, e tiro o leite de uma das mamas - dá pelo menos para uma mamada (150 a 180 ml). Depois quando ela acorda, dou-lhe a outra mama, que ela esvazia lindamente. Assim, no caso de ela avariar e não me der tempo de na próxima mamada tirar leite, já tenho o biberão pronto e tiro depois. É claro, que isto avaria por completo o horário do meu organismo. Felizmente, leite é coisa que não me falta. O problema é mesmo a M. Aminha filha sabe o que é bom - mamar na mama da mãe é mil vezes melhor e ela sabe-o bem. Pega bem nos biberões todos, não é esquisita, mas dá cabo do leite em 3 tempos. Na mama são 20 min, no biberão são cerca de 6-7. Resumindo, tenho de ter sempre a postos a chucha, para lha dar assim que acaba o biberão, senão é um berreiro na certa. A miúda fica irritada porque já não tem mais nada para mamar. Mas entenda-se. Não é fome. Dou-lhe 180 ml na primeira mamada quando as dores são maiores e 150 ml nas restantes, e ela aguenta-se as 3, por vezes 4 horas de intervalo. É mesmo a necessidade do acto de mamar. Portanto, a chucha tem mesmo de estar por perto. Ainda refila um bocado, choraminga e olha para mim com ar de zangada, mas depois com um pouco de conversa melódica e um valente arroto, seguido de um bolsar, normalmente acalma. E esta, hein?!

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