sábado, 1 de novembro de 2025

Vitória!!!

É oficial! Dia 24 de agosto de 2009, com 21 meses, a M. pediu para ir ao bacio e usou-o efectivamente!!! 3 vezes!!! Diz a Lúcia que, a meio da tarde, andava a M. sem fralda em casa, eis senão quando lhe disse: "Guta, Guta! Xixi!". Esta levou-a ao bacio e a M. prontamente sentou-se e fez o que tinha a fazer. Já com o pai em casa, devidamente informado do sucedido, prestes a meter a M. no banho, reparou que ela estava meia irrequieta e perguntou-lhe se queria fazer xixi. Como obteve resposta afirmativa, disse-lhe para se sentar no bacio, tarefa que ela logo executou. Já comigo em casa, depois do banho, ouvi o B. a dizer na sala "Espera! Espera! Vamos para o bacio, filha!". E vi um ser pequenino nu, aos saltinhos, a correr para a casa-de-banho para fazer no bacio o restinho que não ficou no tapete da sala. Foi uma festa, com direito a notificação aos avós e tia na hora. Quando lhe pedi para dizer ao telefone o que tinha feito durante o dia, prontamente comunicou: "xixi n' baxio. No s'chão, não!" :)))

Contar até 10

Já sabe. Comecei com o 1, 2, 3! Quando já sabia bem, continuei e hoje em dia, já sabe contar até 10, falhando apenas o 6. Ou melhor, se estiver concentrada, já o faz, senão aparvalha e passa do 4 para o 9, 10!

Vamos à rua!

A M. adora chapéus. De vez em quando vai à gaveta buscá-los e traz os que lá encontrar. Ontem à noite, depois de jantar, agarrou nos 3 disponíveis e começou por enfiar um em cima do outro na cabeça. Depois, escolheu o verde (da Halibut que ganhou na farmácia pela simpatia) para mim, o rosa para o pai (que lhe ficava a matar no cucuruto da cabeça) e o vermelho para ela (esperta! o único mesmo giro). Acabados de pôr, todos 3 de pijama já vestido, estende-nos a mão a cada um de nós e diz convictamente: "agora vamos à rua!". Cada um de nós dois virou-se para seu lado a rir a bom rir...

Avô com saudades...

O meu pai já foi embora para cima há cerca de 2 semanas. Nos entretantos, já ligou à neta 3 vezes. Isto para quem o telefone só serve para dar e receber recados é extraordinário! E liga para falar só com ela, ou seja, se esta estiver no banho, diz que já volta a ligar e não me dá cavaco... Ontem ligou outra vez. Ela já conversa a sério ao telefone (quando está para aí virada, está claro). No final, disse-lhe: "então vá, o avô amanhã liga-te outra vez, está bem?". Hum-hum...

Faz de conta

Na banheira tem os brinquedos da "papa", os tachinhos, pratos e copos que a avó lhe deu. Têm de lá estar pois são condição obrigatória para um banho sem grandes confusões. Há uns tempos, na brincadeira com ela, fingi que estávamos a comer sopa, depois carne, tudo com a água do banho. A miúda adorou a ideia. Agora, enquanto brinca e eu aproveito para pôr a mesa, oiço-a a chamar-me para ir provar a "xopa" de feijões... E os pratos vão mudando de funções, já sabendo a diferença entre a "culhéí, o gáxo e a xaca"...

Paúabéns a oxé!!!

1, 2, 3!!! É assim que ela nos explica que quer que cantemos o Parabéns. Eu dou o mote com o princípio de cada frase e ela acaba-as. Sabe todas e só se engana no "muitos anos de..." - "festa" em vez de "vida" e no "cantam as nossas almas", que passam a "palmas"... No fim, após as palmas, pega nas velas decorativas que estão em cima da mesa de apoio da sala e com muita convicção, confirma-me que tem de "xupái as vêuas" e... com elas encostadas à boca, sopra com força. É de chorar a rir.

Conta tudo

A M. está um verdadeiro papagaio. Depois de ir para a cama, o silêncio invade a casa e dá descanso às nossas mentes depois de tanta tagarelice sem parar. Chega a ser um alívio! Já conta tudo o que se passou durante o dia e a Guta já não tem sorte nenhuma se tiver segredos. Sei o que almoçou ao pormenor, se foi ao jardim, ao café, com que brincou e se viu televisão. Nada lhe escapa no seu relato do dia. Às vezes, parece um relatório. Há uns dias, comunicou-me que a Guta fez um dói-dói no dedo da mão e chorou. Confirmei o facto. Doutra vez, fiquei a saber que comeu um pastel de nata que a Guta lhe levou de "xupêza". Também fiquei a saber que a Guta passou a ferro porque senão a "mãe janga"... É preciso ter muuuuito cuidado com o que se diz à frente da madame agora...

Puzzle e Legos

Adora, adora, adora. Fico feliz. A madrinha deu-lhe no verão um puzzle do Ruca com o abecedário, em nada próprio para a sua idade. As peças juntam-se 2 a 2 com, de um lado a imagem e do outro a letra e duas palavras, uma certa e outra errada. Por exemplo, o desenho e as opções "Bola" e "Tola". Depois, tem uma caneta especial que tem dois toques conforme a palavra escolhida. Basicamente, tem de saber escrever. Aproveitei que ela adora o encaixar de peças e brincamos a procurar as metades. A caneta é só para fazer barulho. Não há dia que eu não oiça "mãe, xenta! Xenta no chão!" para brincarmos com o bendito puzzle. Com os Legos é igual. Faz torres maiores e mais pequenas e pede-nos casas para depois encaixar mais peças por cima. O primeiro foi-lhe oferecido e era de menor qualidade. Um dia, acabei por lhe comprar um na Imaginarium, como recompensa por se ter portado tão bem na cadeirinha enquanto lhe comprávamos roupa para o frio que aí vem. Foi ela que escolheu, assim que viu a caixa, no meio de tantos brinquedos. Uma caixa maior há-de vir, prometo!

Tia Joana

Há coisas assim na vida. Ter uma irmã por perto com quem não nos damos e ter uma irmã longe que queremos muito ter ao nosso lado diariamente. Eu sou a segunda, mas não faz mal, pois nem a distância consegue retirar seja o que for a esta ligação eterna. Ontem, tivemos direito à visita da tia J. A M. já a viu, até aprendeu a andar em casa dela, na longínqua Braga, mas tendo em conta a idade, como é evidente, não se lembrava dela. Fomos buscá-la ao Metro, aproveitando para passear um bocadinho no jardim lá perto. Quando ela vinha a subir a rampa, disse à M. "olha quem vem lá! Vai dar um xi à tia Joana, anda!". Olhou para mim de lado e, depois de empurrãozinho meu de ajuda, correu na sua direcção. O à vontade com que a recebeu em nada me espantou. A forma como nos ligamos é intensa e transmiti, é certo, toda a confiança à minha filha para o fazer sem medos. Apanhámos flores e voltámos para casa. Na banheira, ouvimos uma vozinha gritar: "tia!". Nem reagi, mas a visada assumou logo à porta da casa-de-banho e acabou por ficar a brincar com ela até à chegada do pai. Vestiu-a, depois do creme, penteou-a e ajudou a comer, quase que intimada para isso. Brincámos um bocadinho e chegou a hora do beijinho de despedida. "Não!" foi a resposta pronta da nossa M. Após a nossa saída, ficou a conversar com o pai, dizendo ele que o discurso era "amanhã, a tia J., a mãe out'a véch". É tão bom saber destas coisas...

Oh-Oh! Opxxxxx!

Quando algo de errado acontecia - deixar cair qualquer coisa, tropeçar... - dizia "oh-oh!", com ar malandro. Não sei onde foi buscar esta, mas imagino que ouviu a sua Guta dizê-lo. Agora, esta expressão mudou para uma onomatopeia muito mais engraçada. Põe a boca redonda, a mão na boca e... "Opxxxxxx!". Quanto maior o disparate, maior é a extensão do som final.

Dahhhhh!...

Estávamos na rua e a M. lembrou-se que queria "chajinho". Só havia água. Expliquei-lhe várias vezes isso mesmo, obtendo sempre o mesmo resultado: insistência e teimosia quanto ao "chajinho". A certa altura, optei pela técnica da lógica. "Onde queres tu que eu vá arranjar chá? Estamos na rua. Diz lá onde é que há aqui chá?!". Nem pestanejou. Um miléssimo segundo depois, respondeu prontamente, enquanto apontava para o prédio em sempre: "na caja das pexoas há!". Pois está claro!!!

Bolo

O B. é muito guloso. À conta disso, por vezes, gosta de fazer um bolo para devorar em pouco tempo. A filha adora todo esse processo, desdo o fazer ao comer. Quando ele lhe diz que vai fazer um bolo, ela segue-o entusiasmada até à cozinha, dizendo "a mena ajuda!". Anda a sirigaitar de volta dele, por vezes dando-lhe alguma coisa, mas sobretudo empecilhando. Quando ele deita a massa na forma, ela comunica-me que o bolo "está cú!", querendo com isto dizer que já aprendeu que ainda não é hora de comer. Isto, depois de muita guerra entre os dois, insistindo um que queria comer e explicando o outro que ainda não pode ser porque está cru e tem de ir para o forno. Quando finalmente o dito sai do forno, é vê-la a saltar e a correr da sala para a cozinha e vice-versa - "mãe! o bolo 'tá feito!" -, querendo prová-lo na hora. O pai tem de explicar variadíssimas vezes que não pode ser, que está muito quente e depois, a sequência é sempre a mesma: choro, birra, explicações em vão, mais choro, zanga dele, acalma-se ela e espera. Menos do que um tempozinho, para voltar logo à carga: "o bouo 'tá feito! a mena quêi comêi!". Um dia, queimou-se nos dedos, porque, gasganeira, enfiou-os bolo dentro para roubar à má fila um pedaço de bolo! Depois, enquanto vir a caixa do bolo em cima da banca da cozinha, "a mena quêi bouo!", que chega a durar apenas 2 dias lá em casa... Não há quem aguente com 2 gulosos assim!!!