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quinta-feira, 29 de maio de 2008
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Esfrega a orelha
Quando começa a ficar cansada, ainda com muita trapalhice e pouca pontaria, começa a levar a mão à orelha esquerda para a esfregar. Palpita-me que vai ser o seu truque especial para adormecer dentro de uns tempos.
Mais uma descoberta
Já leva o pé à boca. Quando a deitamos para lhe mudar a fralda, e fica com os pés a descoberto, pega logo no direito e toca de o levar à boca. Depois chucha como se fosse o dedo da mão. Ontem, conseguiu o prodígio de chuchar o dedo do pé com o polegar esticado em posição de chuchar! Assim, se falhasse um, já lá estava o outro em substituição. Coitada, ainda se baralha um bocado... Escuso de dizer que se torna cada vez menos evidente mudar-lhe a fralda...
terça-feira, 20 de maio de 2008
Olhos
Para mim, junto com aquele sorriso irresistível, são os olhos o que a M. tem de mais bonito. Amendoados, com uma pequena curva para cima na parte interior, castanhos, de olhar profundo e que não se desvia. Meigos e dependentes quando está com a mimalhice. Extremamente expressivos, que até com a rolha daquela chucha na boca, se consegue perceber que está a sorrir, quanto mais quando se ri. O pai achou um disparate esta minha afirmação - não há nada de mais bonito na filha dele: é tudo igualmente bonito... Menina do papá...
Dar aos pés
No muda-fraldas em cima da cómoda dela está a ficar dificil. Já se vira toda para chegar com a mão à cesta com os cremes, as compressas e outros quejandos. É preciso enganá-la com um brinquedo qualquer para ficar virada para cima, senão fechar a fralda é tarefa quase impossível. O mesmo se passa com as calças. Enfia-se uma perna. Quando já está, tenta-se a outra. A primeira desenfia-se numa fracção de segundos. Volta-se ao mesmo depois de enfiar a segunda, regressando à primeira. Pois. Já saiu esta última outra vez. É o jogo do põe e tira, tira e põe.
Dá cá uma beijoca
Frase do meu pai para a neta quando se despediu dela ontem!!! Depois dobrou-se todo e acertou-lhe em cheio na testa com um beijinho quase fugitivo. Da vez anterior fez o mesmo. Nem parece o sr. coronel! O que uma neta consegue sem saber, que a filha conscientemente em tantos anos não conseguiu (também não tentei muito, verdade seja dita)...
Chucha
Dantes, era possível enganá-la com a dita quando já só estava a mamar por miminho. Quando eu via que já não tinha fome, dava-lhe a chucha à laia do engano e ela calava-se. Agora... Mesmo quando adormece na mama, e eu, cuidadosamente, tiro-lha para o pai, num jogo de dedos, lhe enfiar a chucha em substituição, já dá conta. Começa a pôr a língua de fora e, sem apelo nem agravo, chora por mais mama. Ninguém lhe consegue dar a chucha. É preciso pegar nela ao colo, geralmente, alguém que não eu para não ficar ainda mais irritada, e acalmá-la. Está a ficar esperta a menina...
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Pais não ouvem...
Deve ser genético... Só pode. A M. ainda está no berço ao lado da nossa cama. Ela dorme a noite toda, mas por vezes chora a dormir ou mexe-se mais e faz barulhos. De todas as vezes eu acordo porque dou pela coisa e normalmente ponho-lhe a chucha. Todos os dias de manhã queixava-me por não conseguir dormir por causa da filha que dorme toda a noite, especialmente porque o B. de todas as vezes não acorda e continua a ressonar, se preciso for. O B., a páginas tantas, propõe-me trocar de lugar na cama, para eu poder dormir descansada, convicto de que eu estou a exagerar e que é mentira que a M. precise de tanta atenção durante a noite. Pois... As primeiras noites correram bem. Ela fazia barulhos, ele acordava e punha-lhe a chucha. Mas... Eu também acordava na mesma, não dava era parte de fraca e deixava-me sossegada no meu canto. Depois, o B. começou a não dar conta do recado, e eu ia-lhe dando pantufadas debaixo do lençol para ele prestar atenção. Resumindo, continuava a acordar e o B. as mesmas vezes que antes de trocarmos de lugar - quando a M. chora a sério. Acabei por trocar de lugar outra vez. Mais vale! Já tentei pôr a M. na cama dela, no quarto dela, mas o pai não me deixou - "coitadinha!...". Esta semana preparei-o todos os dias para a ideia que ela hoje à noite vai passar para lá. Mas... Ela esteve com febre e passou mal a noite... Não sei, não...
Ficou com febre
No dia seguinte às vacinas a M. acordou com febre. Nada de anormal, já sabiamos que seria possível, apesar de nunca ter tido qualquer tipo de reacção por causa das vacinas antes. A ama pôs-lhe o Ben-u-ron enquanto vinhamos embora. Passou bem durante o dia e quando cheguei a casa estava bem-disposta, apesar de quente. Estava com 38.8º, mas sempre com um sorriso na cara. Mais um Ben-u-ron e ela aguentou-se à bronca - um pouco rabugenta, mais chorona do que o costume, mas nada de extraordinário. O pior foi a noite. A febre voltou a subir e ela estava muito irrequieta. Mamou às 23h30 e adormeceu na mama, mas quando a tirei acordou e já não quis dormir. O B. ainda tentou enfiá-la na nossa cama, sob o argumento que estava doente, mas comigo não pegou. Ao fim de um bom bocado a insistir, lá a pôs no berço e depois, meio amuado, deitou-se e adormeceu. Fiquei eu, com uma pedrada de sono de todo o tamanho à conta de uma noitada no dia anterior por causa do trabalho de fim de curso do cunhado que precisava de ser corrigido (e se precisava!!!), a tentar acalmá-la. Acabei por adormecer com a mão dentro do berço, tendo a perfeita noção de que fui para o reino de Orfeu a cantar "O Manel tinha uma bola". Quando voltei a abrir o olho, ela já dormia. Mas não num sono profundo. Durante a noite, acordei "n" vezes com o choro dela, apesar de ela estar a dormir. Parecia um jogo: doía, chorava, eu saltava a cabeça da almofada, saída de um sono profundo, punha-lhe a chucha estremunhada e adormecíamos as duas outra vez. O B. sempre a dormir... Hoje de manhã foi um castigo para acordar e ainda por cima, quando me queixei, ainda ouvi o marido a dizer "eu disse que ela devia ter ficado na nossa cama, ela está doente". Santa paciência...
Foi à pica
Foi levar as vacinas dos 6 meses na 4ª-feira. Como de costume fomos à tipiquita (entenda-se, a amiga enfermeira), fora de horas, aos Francisquinhos, para que seja possível ser o pai B. a segurar na pernoca gordinha da filha enquanto esta leva a pica e a mãe foge a 7 pés dali. Desta vez, o castigo foi no muda-fraldas, na WC, enquanto eu esperava do lado de fora, de olhos semi-cerrados. Esperei pelo choro. Não ouvi nada. Tornei a não ouvir nada. Até que a enfermeira me chama à recepção porque a filha já estava despachada. A cachopa não chorou!!! Levou duas picas, uma em cada perna, e não chorou!!! Parece que fez careta feia, mas com a brincadeira do pai e da amiga distraiu-se e superou a prova com nota 10!!! Bem diz a tia enfermeira: é mais maricas a mãe do que a filha!...
UUUpaaaaa!!!
É assim que a entusiasmo a levantar-se e a ficar sentada. Com ela deitada, dou-lhe as mãos e grito "Upaa!" e, sem fazer quase força nenhuma, vê-se a M. a levantar a cabeça, encolher os ombros, fazer careta de quem está a fazer força e levantar-se. Já sentada, delira com aquela perspectiva e olha em redor para cuscar tudo. Costuma acabar de barriga para baixo porque viu qualquer coisa que lhe despertou o interesse e debruça-se tanto que fica noutra posição involuntariamente.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Estranhou
O avô veio visitá-la hoje. Não é que a madame chorou?! Nitidamente, estranhou aquela pessoa que não vê muitas vezes. A ama bem a tentava distrair, eu fazia a minhas gracinhas, mas sem grande insistência, mas ela só sabia olhar para mim e chorar, ou pelo menos mostrar o beicinho. Mas o avô aguentou-se à bronca! Levou-a à janela, fez-lhe graçolas e caretas, conversou com ela, até que a M. acalmou. Depois, como a vi a querer voltar ao mesmo, peguei nela um bocadinho, depois pu-la no tapete, e a patir daí já brincou com o avô. Dizem que entre os 6 e os 9 meses costumam reagir assim. Nem imagino como será com os outros avós que estão lá longe...
Manhas
Pois é... Já as tem. Hoje, quando cheguei, a M. atirou-me um sorriso gigante e abanou-se toda na espreguiçadeira quando me viu. Logo a seguir, como brinquei com ela lá sentada e não a tirei, chorou. À grande! Já parecia gente crescida! A ama disse que agora estava assim - "só queria colo, só queria colo, só queria colo!", ao que eu lhe respondi, que não eramos nós que lho dávamos. Reacção? Sorriso de assentimento... Resultado: hoje fartou-se de resmungar comigo porque não lhe dei muita trela, quanto ao pretendido. Enfim... Mais vale em excesso que por defeito, mas...
6 meses
Já tem meio ano a minha bebé... Foi à sô dra, que gostou muito de a ver. 67 cm e 8 kg e 50, ou seja, percentil 75 de comprimento e 90 de peso. Para além disso, é cabeçuda a rapariga - percentil 95 de perímetro cefálico. Já mudou de tamanho de fraldas para o 4 (andei a resistir, mas já estava a ficar marcada...) e de regime alimentar. Para minha nostalgia, a M. já só mama duas vezes por dia: de manhã e à noite. Snif!... Agora, almoça sopa com caldo de carne e fruta (já só não come citrinos, morangos, kiwis e pêssegos, variando assim da maçã e da Pêra, que tanta aflição faziam ao pai, de monótonos que eram), depois lancha papa ou iogurte e também já janta sopa e fruta. Como disse a médica, já está "velhinha". Assim, sobra a mamoca logo de manhã quando acorda e à noite antes de se deitar. Hoje foi o primeiro dia. Quando cheguei a casa à tarde, a ama disse-me que tinha gostado da nova sopa e adorado a papaia. O iogurte de leite adaptado também tinha marchado bem. Não me afoçinhou como de costume e aceitou bem a sopa ao jantar, assim como a manga de sobremesa. Mas agora, antes de ir para a cama, aninhou-se toda e confortou-se com a amiga. A mim também me soube bem...
Domínio das extremidades
Levou o pé à boca no dia 8 de Maio. Logo a seguir, com um ar muito compenetrado, com os dedos, brincou com a etiqueta do boneco. Pormenores...
Virar
Já se vira com a maior das facilidades de barriga para baixo. Depois, porque quer apanhar tudo à volta, ci de barriga para cima sem querer, por isso, toca de virar outra vez para a posição original. Faz isto umas duas ou três vezes. No final, acaba fora do tapete e à porta da sala. A cara de contentamento quando se põe de barriga para baixo é tal, que até dá gozo. Eu por mim, bato-lhe imensas palmas e grito "Boa!". Ela agradece com um bruto sorriso. Não há como pais de primeira vez...
Mexilhona
Foi o adjectivo usado pela ama para descrever a minha filha. Dá à bicicleta non stop tempos infindos, já roda por completo, tipo compasso (entenda-se 360º), no tapete de actividades, rebola até à porta da sala e em três tempos desvia ao pontapé o ginásio para fora do seu alcance. A comer já empurra a mesa com as pernas e quer agarrar tudo. Ontem, atirou-me com o tupperware cheio de água ao chão e, não satisfeita, logo a seguir foi a alface para dentro do balde de lavar o chão. A minha tia diz que sai a mim: lembra-se de um dia por tanto ter dado às pernas a comer, acabei por atirar o prato ao chão e parti-lo. Só espero que não chegue ao extremo que eu cheguei - a bela da trela cor-de-rosa!...
Papa
Atrasado um mês, porque queria juntar o som. Como nunca mais consigo, ou porque me esqueço, ou porque o pai não grava, fica o filme para depois e o relato para agora. A M. começou com as sopas e só depois com a papa. Como estava gorda e eu continuo a produzir qual vaquinha mimosa, a enfermeira sugeriu, e nós aceitámos, que a M. só comesse papa aos 5 meses e mesmo assim, só 3 vezes por semana. A sopa sempre marchou muito bem. Abre a boca antes da colher chegar e não podemos demorar muito entre colheradas. A fruta então nem se fala. Adora. Aí nem coçar o nariz entre duas colheres sou senhora (literalmente). Aos 5 meses tentámos a papa. É claro que foi o B. que deu - tudo o que é doce ele faz questão de dar em primeira mão (foi o mesmo com a sopa de batata doce...). A primeira colher provocou a careta do desconhecido. A segunda já tinha a boca aberta para a sua chegada. A partir da quinta tinhamos efeitos sonoros a acompanhar. Abre a boca assim que engole, começa a entrar numa agitação só, esperneia, chora e irrita-se se demoramos mais uns segundos do que o suposto e faz muitos "Uh! Uh!" enquanto vê a colher a chegar. Só visto e ouvido. Contado não tem metade da graça...