Amiga de barriga, nasceu no mesmo ano da M. no meu dia de anos e é mais conhecida por Pocahontas, alcunha que lhe foi posta quase à nascença por ter tantas semelhanças com aquela personagem da Disney. As suas características: morenaça, com uma cabeleira farta, que nos seus escassos 10 meses já foi cortado três vezes, de uma alegria contagiante e muito, muito querida. Um pormenor: a sua primeira gargalhada foi dada comigo... :) As mães ficaram amigas e ainda por cima temos a sorte de sermos quase vizinhas. Juntas são do mais engraçado que há. Já se reconhecem perfeitamente e fazem sempre uma festa uma à outra. Ontem, a M. teve o privilégio de receber beijinhos e miminhos da sua amiguinha, que é uma verdadeira mimocas, na aula de ginástica, à qual também aderiu. Como disse a mãe F. e muito bem, temos de fazer por cultivar esta amizade, para que perdure e para que um dia possam partilhar de memórias conjuntas de há muitos anos. São estas amizades que geralmente ficam para sempre e que resistem até às circunstâncias da vida. Para além disso, os seus pais são pessoas que merecem o nosso respeito e confiança, e é também uma amizade que gostaria e faço questão de cultivar. Ainda bem que ainda se conseguem fazer amigos assim!...
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
A sua amiga
A Lúcia. A ama da M. é a sua grande amiga. Deixa-lhe cortar as unhas, adormece ao seu colo, diz-lhe adeus quando vai embora, está sempre de volta das suas saias lá por casa. Agora com a constipação, deixa-lhe pôr soro no nariz com uma pintarola só vista. Nem precisa de subterfúgios. É só tapar uma narina com um dedo enquanto espreme o frasco para a outra e depois repetir do outro lado. Sem choros, sem refilices, sem guerras. A última: agora, quando a vê ir embora, chora!
Pequeno-almoço na cama
Como não queria que a M. acordasse tão cedo, tinha pedido à ama para não fazer barulho quando chegou. Mas mesmo assim a M. acordou, pelo que a ama tentou uma estratégia nova. Fez o biberão e foi-lho levar à cama, onde ela estava muito sossegada de olho aberto. A M. segurou nele como já é costume e por isso a ama veio-se embora, fechando a porta atrás de si. A M. mamou tudinho, pousou o biberão e com um embalo da sua amiga, que entretanto voltou a aparecer, adormeceu outra vez até às 10h00. Desconfio que se tivesse sido eu a entrar no quarto o resultado teria sido bem diferente...
7 horas de sono
Foi o que ela dormiu na noite anterior. Durante o dia, não fez qualquer tipo de sesta. Quando cheguei a casa, estava a ama a tentar adormecê-la, mas não conseguiu. Peguei nela e fui buscar o B. ao trabalho para tentar a técnica do adormecer com o ronron do motor. Ainda dei umas voltas extra na rotunda das Olaias, mas não resultou. Foi à ginástica e os olhos de sono deram lugar à excitação normal daquelas aulas. No regresso a casa... Adormeceu e ferrou até às 21h30, hora em que chorou para jantar. Depois disso, só adormeceu à meia-noite, para acordar à 1h00 e obrigar-me a ficar no quarto com ela até à 1h50. Às 2h20 acordei outra vez, com um choro que não chegou a exigir a minha presença. Adivinhem a que horas acordou hoje de manhã? Às 8h00... Ou seja, outras 7 horas de sono... Ou seja, em 48 horas, dormiu 16. Tendo em conta que os bebés da idade dela devem fazer um amédia de 12-14 horas por dia...
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Já segura na colher
Já há muito que enquanto lhe dou a comida, ela segura numa colher para se ir habituando à ideia. Faz dela batuque, leva à boca e atira ao chão. De há uns tempos para cá que lhe vou mostrando para que serve efectivamente aquele instrumento. Ponho-lhe comida na colher, dou-lha para a mão e sem largar esta, levo-lhe a colher à boca. Esta semana experimentei ajudá-la a comer. Dou-lhe primeiro parte da refeição - a sopa (que como é mais líquida não daria bons resultados) e o princípio do segundo prato. Quando acho que ela já está meia satisfeita, a colher passa para a mão dela e começamos o treino. Sempre com a mão dela na minha, apanhamos um bocadinho de comida e levamos à boca. Depois repetimos e repetimos até acabar o prato. Com a fruta faço o mesmo. E não é que ela gosta? Devo aliás dizer que, se eu não tiver cuidado, ela come mais depressa do que se for eu a dar. Passo a vida a dizer "devagarinho, M.". Não tarda, não me deixa segurar na mão e depois vai ser uma chuva de arroz e outros produtos afins!...
Cambalhotas
Aprendeu na semana passada no The Little Gym. Abre as pernas, põe as mãos no chão e espera que nós lhe demos a volta. Para a frente e depois para trás. Como quem foi às aulas de ginástica foi o pai, eu demorei a perceber a sua intenção. Via-a na posição, mas não associava. Só depois é que me lembrei de a ter visto assim na aula. Experimentei para a frente e ela divertida, depois de aterrar, levantou as pernas a desafiou-me com os olhos. O pai chegou e explicou que a seguir era para trás (não dei conta na aula que também tinham feito assim). Depois da primeira, não quis mais nada. Foi um forrobodó vê-la para a frente e para trás, deliciada com tanta ginástica! Ah! E é mais umas das maneiras que arranjou para não adormecer - para além das outras inúmeras formas de se mexer, põe-se na cama assim vezes sem conta, à espera não sei do quê... :)
Pesadelos e esticões
Disse-me ontem a tia S. (a nossa amiga psicóloga de serviço) que esta fase é normal. Parece que os bebés com um ano começam a ter os chamados pesadelos - reproduzem imagens que absorveram durante o dia e assustam-se pois o seu pequenino cérebro ainda não consegue interpretar o que é e o que se está a passar. Já estava a tentar imaginar o que andava a fazer para que a minha filha tivesse pesadelos, mas a tia S. descansou-me. Não estou a fazer nada - as imagens que ela reproduz podem ser a cara de alguém, um carro ou mesmo um animal que ela tenha visto e assimilado como informação visual. O problema não está no tipo de imagem, mas sim no facto de visualizar coisas a dormir e não saber nem como, nem porquê, o que assusta. Para além disso, é por esta altura ou um pouco mais tarde que eles começam a sentir aqueles esticões que damos quando estamos quase a adormecer, como se o corpo se estivesse a desligar. E quando não se sabe o que isso é, também assusta. Pode ser outro dos motivos. De facto, analisando bem o choro, parece mais de medo do que outra coisa. Chega a chorar já estando ao nosso colo há um bom bocado e de olhos fechados, como se estivesse ainda meia a dormir. Ou é isso, ou é manha...
Dormiu!
Esta noite não chorou. Estava de tal forma de rastos que não deve ter tido forças para isso. Ontem, depois de uma noite de sete horas intervaladas com dois choros, dormiu meia-hora durante todo o dia. Assim, depois de muita resistência pacífica (abanava a cabeça, ria-se para nós, basicamente fez trinta por uma linha para não se render ao João Pestana), adormeceu às 21h30. Durante a noite, acordou duas vezes, mas apenas choramingou, aterrando outra vez, sem ter de me levantar. Acordou às 9h00, sem sequer ter dado conta que nós saímos. Já deu para descansar mais um bocadinho, apesar de ter acordado aquelas duas vezes.
Um dia hei-de...
... ir com a minha filha à Estufa Fria, com pão de três dias no bolso, só para delirarmos com os patos e cisnes a lutar pelo sustento com os peixinhos vermelhos, tal como me levaram a mim em pequena. E talvez comprar doces na velhinha do meu imaginário que por lá parava se ela ainda lá estiver...
De olhos postos no ar
É como a M. passa a vida quando anda na rua. Topa pássaros bem lá no alto e aponta, aponta, aponta com os seus gritinhos divertidos a fazer de banda sonora. Pombas então são motivo de muita alegria. Até parece que já leu o Fernão Capelo Gaivota. Depois, quando levantam voo, põe aquela cara que tão bem faz, de mãozinha levantada, com a palma da mão para fora, e um "ahhhh!", no mesmo tom que eu uso para o meu "não haaaá!!!!". Até já nos põe a nós a correr atrás delas, com ela ao colo, para as ver fugir... É um excelente relembrar do meu imaginário. :)
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Mais uma palavra
Desta feita, foi porque o pai a tentou demover de levar algo à boca - "não comas isso! É caca!". Agora, passa a vida a repeti-la, super-divertida e com voz de caso.
É mesmo uma fase...
Depois daquele biberão à meia-noite, acordámos às 4h00. O chá e o colo do pai calaram-na ao fim de uma hora... Às 7h30 estava a pé... Na noite seguinte, repetiu-se a cena: cerca de 3 horas depois de adormecer, senta-se na cama a chorar e só se cala connosco ao fim de um bom bocado. Eram 2h30, por isso, o B. optou por não lhe dar o leite - um pouco de chá apenas. Acordei às 6h00 para lhe dar o biberão e pô-la novamente na cama. Achei que ia dormir até mais tarde, mas não às 7h15 estava outra vez a chorar... Minutos antes de tocar o despertador... Queremos dormir!!! Vou fazer um piquete à porta do seu quarto! Vou fazer greve de mimos! Vou-lhe racionar a comida! Agora a sério... Quando é que isto acaba?... Quem és tu e o que fizeste à minha doce filha que adormecia às 21h00 e acordava de manhã bem-disposta? :´(
domingo, 26 de outubro de 2008
Falai no mal!!!
Bolas! Esta noite já começou a dança. Estava eu a escrever o último post e ouvi-a a chorar no quarto. Fui lá e tentei acalmá-la na cama. Não consegui, o choro era igual ao da noite passada. Tirei-a da cama e, com ela ao colo, fui-lhe falando baixinho, mas não consegui acalmá-la. Como eu hoje ainda estava acordada, percebi que o choro, nada normal, que parece de medo ou de incómodo, foi todo ele de olhos fechados e com tentativas de adormecer pelo meio. Acabei por lhe dar o biberão de leite, na esperança (pequena, devo dizer) que fosse fome. Para mim, são pesadelos ou então a constipação que não deixa dormir em condições. Veremos o resto da noite. Amanhã vos direi. E com isto me vou, tentar dormir menos aos solavancos... Até amanhã!
sábado, 25 de outubro de 2008
Más noites
Gabei-a tanto! Vangloriei-me perante tantos pais que se queixavam por não dormir noites inteiras!... A M. já não dorme seguido. Por volta da meia-noite e meia, normalmente quando já estou quase, quase a adormecer, chora por causa da chucha. Por vezes, encontra-a e volta a deitar-se sozinha, por vezes também não. Depois, é conforme. Esta noite acordou às 2h30 a chorar e tive de me levantar para a acalmar. Tirei-a da cama, embalei-a um bocadinho e acabou por se ficar outra vez. Às 3h30, voltámos ao mesmo, mas desta vez sem conseguirmos acalmá-la. De tal modo, que tive de me levantar também, pois o B. já não sabia o que fazer. Depois de um biberão de chá, sentei-me com ela no sofá, ainda a chorar, e ali ficámos meia-hora, com ela enroscada em mim até quase adormecer. Quando estava no quase, quase, chorou outra vez e deixou cair a chucha. Levei-a para o quarto e deitei-a, afagando-lhe a cabeça. Acabou por dormir. Adivinhem a que horas acordou? 7h15!!! Fome não é, com certeza, tendo em conta o que ela come antes de dormir e o facto de não repetir estes episódios todos os dias, que são sempre a horas diferentes. Dor? O B. tem a teoria de que são muitos gases - ela de facto acaba por se aliviar bastante quando pegamos nela, mas acho um pouco rebuscada para razão. Medo? Do quê? Manha? Não a levo para a nossa cama e só a tiro da sua nos dias em que não consegue acalmar. Para além disso, ela própria me pede para se deitar em pouco tempo. Mas que se passa?! Queremos dormir!!!
Constipou-se
É a primeira deste Inverno. E acho que foi o avô que lha pegou (trouxe uma carraspana de todo o tamanho da China). Ou foi isso, ou foi ontem à noite ao sair do carro sem casaco para entrar no prédio. Nada de especial, só umas ranhocas e uns espirros. pelo menos para já...
Voz grossa
A M. não gosta de mudar a fralda como, imagino, todos os bebés da sua idade, salvo raras excepções. Hoje, o B. tentou uma técnica diferente para a demover das suas tentativas de imitação de enguia. Pôs cara séria e engrossou a voz, dizendo num tom firme para estar quieta. Ela ficou muito séria a olhar para ele, sem saber de onde tinha vindo aquilo. Resultou. Já da minha parte, não chego lá - já tentei e ela basicamente ignora-me (já não me tem respeito nenhum...). Mas... Aquela carinha séria e sem se mexer, derreteu-o num instante. Em minutos, mudou o timbre para um mais suave e a fazer um esforço para não destruir totalmente o efeito obtido, ainda disse "não pode ser, não, não", enquanto lhe dava um beijinho na barriga. Ela esboçou logo um sorriso, mas vá lá, aguentou-se o tempo suficiente para pôr uma fralda limpa. Já o vestir foi em pé, como de costume, a tentar sair dali.
Vai ser bonito, vai!...
Ontem, fomos ao Corte Inglês ver roupa. O B. quer oferecer à filha um casaco bom e quentinho pelos anos e achou que ali, com as marcas que tinha, encontrava alguma coisa. Vimos um lindo da Laranjinha que vai ter de esperar mais uns tempos, pois o 12 está-lhe justo e o 18 muito grande. Que venha primeiro o frio a sério e depois logo se vê. Depois, passámos pela secção de brinquedos. Havia uma exposição no meio do chão de bonecos gigantes da Noukies, nomeadamente de uma Lola gigante. A M. delirou. Foi para o chão e agarrava-se ao focinho da vaca a fazer miminhos. A seguir olhava para o lado e fazia o mesmo a outro amiguinho da marca e do mesmo tamanho. Não sabia para que lado olhar. Estava doida! Andava de um lado para o outro a apontar para todos e a olhar para mim com os olhos cheios. Ao fim de um bocado, lá a convenci a fazer tchau e seguimos para o elevador. Não é que apontou para uma data de coisas coloridas e com bom aspecto de brincar pelo caminho. Dava gritinhos e atirava-se toda para a frente e tudo! O comentário do B. ao entrar para o elevador foi elucidativo para o senhor que estava ao nosso lado - "vais ser bonita, vais!..."
Prendas do chinês
É típico. O meu pai foi a Macau, Xangai, Hong Kong e Pequim por duas semanas em passeio. Para mim, pedi-lhe uma máquina de filmar que já ficava como presente de anos. Vá-se lá saber como, sem perceber patavina do assunto, com a ajuda dos amigos, trouxe exactamente aquilo que lhe tinha pedido. Muito obrigada, pai! Para a neta, o que trouxe? Um kispo, uma T-shirt, uma boneca e uma bola de apertar com as mãos, daquelas que se moldam conforme a pressão. O kispo foi comprado junto com um suposto conjunto de saia e camisola, que por aldrabice do chinês foram pagos, mas não embrulhados. Só deu conta cá... Primeira asneira. É um casaco branco, com capucho e de um material estranho, que lembra muito aqueles que se vendem nos nossos chineses. Segunda asneira. A T-shirt tem dois pandas e é a correspondente àquelas com o galo de Barcelos, que se vendem nas lojas de turismo. Tendo em conta que chegou o frio, não a vai vestir. Terceira asneira. A boneca... Não é chinesa, nem típica dos orientes. É uma imitação barata da Tuxa, deitada no chão e que com pilhas esganiça uma música, acende umas luzes vermelhas a fazer de brincos e abana as pernas. A ama disse logo que a filha tinha uma igual e que não prestavam para nada... Quarta asneira. Quanto à bola, parece daquelas que os indianos vendem no meio da rua e cheira a vaselina ou óleo de massagens, pelo que a M. nem lhe tocou. Quinta asneira. Depois da atitude destrutiva, fica a construtiva. O kispo ainda o vai vestir, pois não é assim tão mau. A T-shirt, por coincidência é grande, por isso para o ano ainda serve. A boneca, apesar de horrível, fez as delícias da M. Já da bola não teço comentários... Obrigada pai na mesma, apesar de não teres acertado em nada para a tua neta. O que conta é a intenção, e tendo em conta a personagem que se aventurou nas compras, foi o máximo!!! Mas não deixam de ser compras do chinês... :)