segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Um repente

Este fim-de-semana fomos lá acima fazer a última visita sem a M. Estivemos com as sobrinhas, com a sra. Z. e com alguns amigos. Quando nos despedimos foi um "até para o ano" que espantou tudo e toda a gente. Lá tivemos de explicar que no próximo mês e meio não é lá muito inteligente andar a fazer 400 km para lá e outros tantos para cá e que depois de nascer não vou levar a miúda a passear em pleno inverno para a terra onde o frio foi inventado e muito menos irei eu com 3 semanas de puerpéreo meter-me em aventuras. Algumas mulheres diziam que sim com a cabeça, mas os olhos diziam "que mariquinhas!...". Não me ralei. Este ano, o Natal e o fim de ano vão ser para curtir a família em casa. Quem quiser que apareça. O caminho tem dois sentidos! Tanto dá para o ir como para o vir, por isso... Quando vinhamos a caminho de Lisboa, às 10h da noite para fugir ao trânsito, tive de repente a percepção que quando lá voltar já serei mãe. Sentimento muito estranho... Tenho repentes destes de vez em quando que me fazem entrar num misto de pânico e surpresa. Ao descer a serra e ver aquelas luzinhas ao longe ao longo do vale, vieram-me não sei quantas reminiscências à ideia - fiquei nostálgica. Ainda por cima fizemos o regresso por Trancoso, percorrendo por isso o caminho que fizemos no dia em que nos conhecemos e outra vez uma semana depois quando começámos a namorar. Quem diria que 8 anos depois iria estar a passar ali com uma M. a calcar-me a costela direita, tirando-me quase o ar. Enfim, regressámos a casa depois de 4 horas de caminho e estes sentimentos ficaram outra vez amolecidos e recalcados, até à próxima vez que me surgir outra situação que me faça aperceber o que me está a acontecer. Até lá vou vivendo o dia-a-dia com uma ideia meio ténue do ir ser mãe, que de dia para dia se está a tornar maior. Que surpresas me espererão? A ver vamos...

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