No dia seguinte, fomos ter com os nossos amigos a um restaurante conhecido dos locais e ao que parece muito bom em peixinho grelhado - o Chico Zé. O dono aproveitou a tasca do pai e aumentou o espaço, tornando-se popular graças à qualidade e aos preços baixos (actualmente, já não são assim tão baixos). Para além disso, correu o Algarve à procura de velharias e decorou o espaço exterior como se de uma quinta com caminhos para percorrer se tratasse. Fomos ver os animais que estavam ao dispor das visitas dos clientes mais assíduos - um burro, dois cavalos, galinhas e uma pavoa com as suas crias. A M., qual sua mãe, ignorou os galináceos (bicho estúpido, esse!). Achou graça à pavoa e respectivos rebentos, mas não lhes deu grande importância. Agora o burro e os cavalos... Muito bem tratados, tinham um porte extraordinário. Ao colo do B., que fez muitas festas à égua mansinha, mansinha, enquanto lhe explicava o que era, a M. olhava muito atenta, sem grandes manifestações. Estava hipnotizada por aquele animal fantástico, lindo de morrer e com uns olhos castanhos que pareciam falar. Acho que um misto de pasmo e admiração é a melhor descrição. Fiz um esforço para não lhe mexer, antecipando um colo necessário para o pai lavar as mãos, que tresandavam a estábulo. É que como sagitariana que sou, seria contra-natura não ser uma apaixonada por estes animais. Quando viemos embora, a sua única reacção foi ficar a olhar para trás até perder de vista os estábulos, percebendo-se que queria mais daqueles amigos simpáticos. Boa, filha! Fico contente.
Há 8 anos
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