O meu pai está a desempenhar cada vez mais o seu papel de Avô, ou seja, o de mimar, mimar, mimar. Ele e a minha tia foram um dia lá a casa e, para não variar, levaram a M. à rua para passear. Perto de nossa casa há uma papelaria, que entre muitas outras coisas, vende bolas. Umas bolas pequenas, mesmo a jeito da mão de um bebé de 18 meses, de várias cores e desenhos e que saltam q.b.. Escuso de voltar a explicar o quanto a nossa filha adora bolas. Diz quem viu, que se colou à montra da loja e com a cara e as mãos escarrapachadas no vidro, ia repetindo incessantemente - "Bola! Bola! Bola!". A titi não resisitiu e entrou. Comprou não uma, mas duas bolas para gáudio da petiz. Quando cheguei a casa, veio à porta exibir a sua nova aquisição, enquanto se ouvia o meu pai a resmungar: "Pois. Não podias ter comprado só uma. Tinham de ser logo duas! Habitua-a, habitua-a e depois me dirás...". Ouvi o sr. coronel falar e achei normal - essa era a sua função de pai, certo? No dia seguinte... Cheguei a casa e tinhamos avô outra vez. Desta feita, a M. apareceu à porta com, não duas, mas três bolas! A ama por entre sorrisos lá me explicou que desta vez tinha sido o avô, que escondido na sala, não se dignava dar-me a honra da sua presença. Sorri e entrei. Meti-me com ele. "Mais uma?!". "Ela não largava a montra e não se calava com as bolas!..." "Hum... Então a teoria é bonita, mas é só para a tia?..." "Oh! Pfffff!....", fez ele, enquanto encolhia os ombros e me virava as costas. Sem comentários... :)
Há 8 anos
1 comentário:
Ai os avós, todos iguais ;)
Dão sermões mas são os primeiros a estragar os netos de mimos :)
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