Curiosamente, apesar das manhas que anda a ganhar com a amiga ama, à noite, se for preciso, adormece sozinha no berço. Deixo-a com a vaca entre as mãos e a chucha na boca, e ela vai afagando o boneco cada vez mais devagar, até dar as mãos a Orfeu e ficar a dormir até de manhã. Linda menina!
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Quase que se vira!
Há cerca de duas semanas que a M. já se põe de lado na perfeição. Dá balanço e ali vai ela a caminho de se virar. Mas depois o braço fica ali a empatar. Ainda não descobriu como se faz para ultrapassar esse pequeno grande obstáculo, mas está quase, quase... No tapete, mostro-lhe como se faz e ela delira quando se vê de barriga para baixo. Já não falta muito. Está um perigo!...
Birras de sono
A culpa é da querida ama. No fim-de-semana anterior fez duas brutais a seguir à sopa do almoço. Descobri porquê na semana a seguir, porque fiquei em casa doente com uma faringite. A Lúcia depois da sopa, pega na menina e, ou no sofá, ou à janela, embala a madame, a cantarolar até ela adormecer. Durante a semana, ao ver, disse-lhe que não queria que o fizesse por sistema, a não ser que estivesse aflita dos dentes ou outros quejandos. A resposta foi um silêncio, acompanhado de um sorriso. Escuso de dizer que só à terceira vez é que percebeu que não era mesmo para fazer daquilo sistema... Fiquei a saber que pelo menos mimo a minha filha recebe e muito.
Já dá o corpo ao manifesto
É só esticarmos as mãos para a sua cintura. É vê-la a arquear as costas para ir mais depressa para o colo!
Sempre de babete
Ou babeiro, como lhe chama a minha madrinha madeirense. É que quase não há fotos sem o dito, à conta do bolsar e agora da baba em excesso... Já começo a dizer que não quero saber e que se sujar, muda-se - já não sou eu que lavo e passo! ;)
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Burradas da ama...
É claro que tinha de as haver... Por engano, deu de sopa à M. os nossos legumes estufados e temperadinhos à maneira. A pediatra, depois de confirmar que não havia vómitos, nem diarreias, ainda comentou que lhe devia ter sabido que nem ginjas... No esterelizador só se podem pôr 90 ml para a coisa fazer efeito, facto que lhe foi explicado. Já lhe expliquei o que eram os ditos 90 ml, mas a criatura sempre a dizer que sim, deixa sempre a coisa com mais água dentro. Não percebo se erra na quantidade, ou se se esquece de o esvaziar de cada vez... Para além disso, pôs o saca-macacos (aspirador nasal) no esterelizador, sem o lavar. Quando lhe disse que não era preciso, respondeu que tinha caído no chão. Portantos, não lavou os macacos que tirou do nariz da M., mas achou que precisava de os esterelizar... Pensando bem, do mal o menos: quer dizer que para a boca não vai nada que tenha caído no chão. Pensamento positivo!!!
terça-feira, 15 de abril de 2008
Vinho do Porto
Felizmente, apesar de o meu pai não conseguir ver estas coisas, há quem o veja, mesmo que à distância. Hoje, deram-me os parabéns por este meu blog e pela forma como me tenho vindo a revelar nesta minha nova função de ser mãe. Mas o melhor elogio que me podiam ter feito foi ao nosso núcleo familiar - eu e o B. somos como o vinho do Porto: com o tempo só melhoramos. Isto veio de uma fã incondicional do B., mesmo nos tempos mais escuros e dificeis, quando eu aparecia zangada. Não há nada como uma família de amigos, que já nos conhece há muitos anos, e que funciona como algo de coeso, quente e seguro, que tem por principal papel ser a nossa terapia do riso. Obrigada, Palmira, por esse calor permanente e eterno que eu sei encontrar sempre no mesmo sítio. Um beijo grande.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Mundo
conheço 7% do mundo...
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Uma amiga tinha no seu blog. A título de curiosidade fui lá e acabei por copiar para aqui. Não sei se fique contente com o resultado, se triste. Na proporção, e tendo em conta a idade, não está mal, mas ainda falta tanta coisa para conhecer!...
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Mimalhice
Desde que comecei a trabalhar, depois de me perdoar por a ter deixado, a M. entra num processo de mimalhice pura. Ao nosso colo, encosta a cabeça à nossa, ficando bochecha com bochecha, sem se mexer. Fica assim tempos infindos. Ou então, namora o pai, e renamora, com uns olhos que mal pestanejam de carneiro mal-morto. É claro que nós cedemos a esta mimalha pequenina - é a sua recompensa de tal abandono...
Deu-lhe uma branca!
A M. estava meia ranhosa, com alguma tosse e espirros. Deve ser dente, somado ao facto de ter estado em contacto com a prima doente, mas nada de extraordinário. O pai decidiu pôr-lhe um Ben-U-Ron para passar bem a noite. Não é a primeira vez que o faz. Pois desta vez ficou parado, sem perceber onde enfiava o supositório. Tive de ser eu, porque ele estava muito aflito a achar que se ia enganar no buraco... Disse que lhe deu uma branca de repente. Tal branca!!!
Tentativas de basquete
Tira e põe a chucha vezes sem conta - por vezes acerta, outras também não. É todo um processo de múltiplas tentativas, giro de se ver. Parece que está a treinar, tal como um jogador de basquete treina várias vezes seguidas o encestar da bola. Comparação do pai.
Adormecer
Há um truque só meu que nunca falha, seja ao colo, na espreguiçadeira ou no berço: passar devagarinho o polegar pelas sobrancelhas e no 3º olho - o ponto entre as sobrancelhas - em direcção ao nariz. Os olhos começam a fechar devagarinho, e apesar de resistirem um bocadinho, acabam por ficar firmemente fechados. Para além disso, a minha mão por vezes parece mágica. Quando está quase, quase lá, mas o arroto não quer deixar e ela esperneia um bocadinho ou quando a levo para a cama e sente que algo se está a passar, encosto a mão à bochecha e faço festinhas com o polegar. Parece magia: acalma logo e fica-se. Se quando tiro a mão, esperneia outra vez, basta voltar a pôr a mão na mesma posição e adormece de vez.
Os seus cognomes
Eu chamo-lhe macaca ou macaquita, por causa da forma macaca como se ri. Estou a ver se gosto de Nocas, derivado rebuscado do nome. O pai adoptou de vez em quando Floco, graças às amigas de barriga. O avô materno gosta de bochechas, bochechuda e cachopa. O avô paterno de risonhita. No meio disto tudo, responde a todos da mesma forma cusca, desde que o tom seja o apelativo.
5 meses
Está grande... Na consulta dos 5 meses pesou 7,660 kg. Tem uma diferença de 200-300g do Vicente, o buzinão risonho, amigo de barriga, que nasceu no mesmo dia que ela. Já quase não cabe no berço, nem na alcofa de viagem. Como dizia o outro: "já só te falta um bocadinho assim!". Ou seja, esse bocadinho é o que falta para dar o grito de Ipiranga e seguir para o seu quarto e a sua cama de grades... Vai-nos fazer diferença, uma boa e outra má. A boa porque o terceiro elemento, como diz a amiga enfermeira, sai do quarto (apesar de ela nem se sentir depois de ferrada a dormir). A má porque de madrugada, lá por volta das 5h30/6h, quase que acorda à conta dos puns que querem sair (raio de hora que ela escolheu para tal) e só não abre a pestana porque lhe ponho a chucha antes disso. Agora é só isso e virar-me para o outro lado. Depois implica levantar...
Miminho de mãe
Costuma adormecer na mama - não é grande hábito, mas não há muito a fazer - não a vou acordar de propósito para poder adormecer na cama sozinha, certo?... No outro dia não conseguiu por causa do malvado arroto. Arrotou e continuou irrequieta. Peguei nela e pu-la ao ombro para ajudar a arrotar mais, enquanto cantarolava o "Manel tinha uma bola" baixinho e lhe afagava a nuca para a acalmar. Ao fim de 5 min senti uma respiração compassada ao ouvido. Espreitei. Dormia tranquilamente. Cheguei à conclusão de que só precisava daquele miminho para adormecer. Senti-me a maior, especialmente porque quando a fui deitar e disse ao pai que era o miminho de mãe que estava a faltar, ele ofereceu-me um olhar quente e cheio.
Vai fazer dele gato sapato
Já faz... Agora chama-me para a pôr na espreguiçadeira para não chorar com ele... Só tem 5 meses e basta um olhar de pestana mais cabisbaixa e consegue o que quer. Nem imagino com 15 anos...
Paixão pelo pai
É uma loucura quando o pai chega a casa. Começa com um sorriso de orelha a orelha decorado com um "ah!" de felicidade. Depois vai para o seu colo e começa a macacada. É um pouco de tudo: desde conversa, a sons engraçados, a cócegas, a "tétés" de brincar às escondidas e a aviõezinhos. Ele fica cansado de tanto saltar, pular e falar. Ela ri-se, gargalha, fica histérica com guinchinhos muito engraçados e chega a rir-se por antecipação quando vê a mão dele a aproximar-se. Ele retribui com um ar apaixonado e muitos "oh filha!" e "oh meu amor!". É bonito de se ver. Qualquer outra coisa não sabe tão bem ver e assisto de primeira plateia a esta paixão assolapada e correspondida.