domingo, 15 de fevereiro de 2009

Dáti!

Quando a M. não adormece com o biberão, deitamo-la e sentamos-nos no chão ao lado da cama até ela adormecer. É peremptório ter companhia para não desatar num pranto desalmado e nós já nos rendemos às evidências de vez. Mas, a nossa M. não se fica só assim. O normal é fazer trinta por uma linha até acalmar e tentar adormecer. Senta-se, levanta-se, salta agarrada à grade, esfrega a cara no colchão de rabo espetado, dá com as pernas nas grades, espeta as mãos para nos sentir. Enfim, qualquer coisa serve para espantar o sono, não importando o quão exausta já esteja. Quando sou eu a ficar com ela, acabo por me zangar e digo-lhe uns quantos "deita-te!" ríspidos para a impressionar. A reacção é sempre a mesma: mergulha imediatamente e fica sossegada... 2 minutos! Depois, volta ao mesmo. Assim, o meu "deita-te!" ainda sai umas quantas vezes até ela não voltar a levantar-se e devagarinho ir adormecendo. No outro dia, a M. olhou para mim durante o dia no quarto e disse "dáti!". Não percebi e a ama disse-me que tinha estado com aquilo durante o dia, mas ainda não tinha apanhado o que era. A M. voltou ao mesmo, apontando na direcção da cama. Ao fim de umas quantas insistências, percebi. Estava a apontar para a cama e a repetir o que eu lhe digo à noite...