sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Registos de fim-de-semana

Pinhões

A M. descobriu que adora esse fruto seco. Em casa do meu pai, em Santa Cruz, há um pinheiro manso por cima do seu relvado. Ele gosta de andar à cata dos ditos e ensinou a M. a fazê-lo. É vê-los a olhar atentos para o chão à procura de "manhões", de balde da praia na mão. Uma dessas vezes, o avô decidiu dar-lhos a provar. Sentou-se na mesa da cozinha, com ela ao colo, e com o martelo, foi partindo um a um, para ela comer. Parecia uma trituradora. Mas giro, foi vê-los entretidos naquela brincadeira, com o avô a falar normalmente com ela, explicando as coisas e ela muito atenta, a esperar pelo próximo "manhão", para meter à boca. Agora, sempre que lá vai, vai até à porta da garagem e pede o martelo, como quem diz, "quero comer pinhões!".

'óspiros

A Pi orgulha-se de ter ensinado 2 nomes de fruta à M., pelo que entendi que deveria ficar registado. "Kiwi" e "'óspiro". Obrigada, tia! ;)

Mordomias

Cheguei à conclusão que devia aproveitar enquanto tenho a mordomia de ter uma empregada a tempo inteiro em casa que faz tudo. Passei a dar ordem para dar banho à filha e a deixar o jantar totalmente feito e começámos a ir passear para o jardim quando chegamos a casa do trabalho. Se não conseguimos chegar a tempo para isso, jantamos cedo e vamos depois a um jardim perto do metro em Telheiras. Ainda são 2 horas de jardim agora no verão. A M. adora ir ao "dim" e pede-nos sempre para ir dar "pão aos patos". Isto porque vamos ao jardim do Campo Grande, quando temos menos tempo, por ser mais pequeno, ou à Quinta das Conchas, um jardim gigante no Lumiar, que eu recomendo. Ambos têm lago com patos. Levamos pão seco ou, se não houver, as bolachas Maria dela servem para o efeito (são peixes finos, o que pensam?!). Parte do pão ou das bolachas não chega a cair na água - são para a "M'ena", que as leva à boca num ápice. Ela própria parte e reparte. Se formos ao jardim maior, ainda tem direito ao escorrega amarelo e ao vermelho e a brincar com o balde e a pá na gravilha que lá há. É uma festa. A última vez, conseguiu pôr o pai a pescar primeiro a pá e depois a bola de dentro da água e eu quase apanhei um banho de um balde que foi enchido à revelia e despejado no ar, quase por cima da cabeça dela... São fins de tardes fantásticos, com muitos sorrisos e pequenada à mistura.

Grande/Pequeno

Já distingue lindamente a diferença entre um e outro. Nos livros, constata logo a diferença entre o desenho grande, em primeiro plano, e um igualzinho pequeno, por estar em perspectiva. Ainda tentei explicar que a diferença de tamanho tinha a haver com a distância, mas desisti depressa, quando a vi a olhar para mim com ar de estranheza, como se eu estivesse a falar chinês. Esquecemos-nos facilmente que a nossa filha tem a idade que tem...

Sestas

Não dorme, ou melhor, quase não dorme. Tal e qual como eu, a M. não gosta de perder tempo a dormir. Dá a sensação que ela acha que não está a aproveitar aquele tempo com algo de útil. A ama vê-se e deseja-se para a convencer a dormir e regra geral, só consegue uma sesta a fugir, entre meia a uma hora de manhã. Depois, é non-stop até à noite, sendo a hora de deitar, as 22h00. Nas férias e ao fim-de-semana, com a ajuda do embalar do carro, conseguimos adormecê-la com uma voltinha para ir "passear", depois do almoço, que por causa da agitação e do cansaço a esta associado, por vezes se estica até 2 horas de sesta. De resto, nada feito. Em casa, durante o dia, já desistimos de tentar tal façanha, pelo que não sei como vai ser no Inverno... Adormecer por si é excepção, mas tivemos uma, um fim-de-semana de praia com direito a almoço fora. Quando demos por ela, estava a dormir em cima da mesa do restaurante, rendendo-se à exaustão. Até deu dó... :)

Queijo fresco

Adora! Passa a vida a abrir a porta do frigorífico e a pedir o "quejo".

Nadou sozinha

A natação teve uma evolução: em Junho, já conseguiu nadar sozinha com o respectivo esparguete! Ainda por cima, calhou nesse mesmo dia levar a máquina fotográfica, pelo que ficou o registo para a posteridade.

Gasta-me o nome...

Está numa fase de incluir em quase todas as frases a palavra "mãe", geralmente num tom interpelativo, tipo "mãeiii". E repete. E repete. "A M'ena quê aga, mãe! Mãeiii! Mãeiii!", "É nôte, mãe! A 'ua, mãe! A 'stê, mãe!" (estrela). É de tal maneira, que chega a enganar-se e dirigindo-se ao pai ou à tia, diz "mãe". Assim não, filha! Gastas-me o nome!!!

O 'Tá

Adora o sofá. Se puder, faz tudo no sofá fofinho - mudar a fralda, comer, ler livros. Basicamente, não tem muita sorte e por isso mesmo passa a vida a tentar: "aqui! No 'tá!". E se nós nos sentarmos ao lado, melhor...

Puxa!

Corresponde a "anda". Agarra-nos na mão e, enquanto tenta puxar, grita "puxa, mãe, puxa!". Agora já acrescenta "umigo!"...

Bu'iacha

Mais um sinal do fim do bebé: já não são babis, mas cada vez mais "bu'iachas".

Anita

Sobreviveram alguns livros da minha infância. Um deles é a Anita a Cavalo que faz as delícias da M. Já quase que consigo ler o livro sem olhar para ele... :S Ela já sabe que a Anita vai para casa do tio Filipe aprender equitação, que a sua Pi do coração é "paxida" com a Anita, que o cavalo "cacanho" se chama "isca" (faísca) e o "xinjento" "'ucão" (vulcão), que eles comem "paia" e que há lá um rato, que o "Pantuta" (Pantufa) conhece um "cau pequeno" que é um pónei (perfeito na dicção) e outras coisas mais. Depois, para quem conhece os livros de então, no lado de dentro da capa há uns desenhos de vários animais. Da primeira vez, ela adorou o jogo que inventei: eu perguntava onde estava um dos animais e ela tinha de descobri-lo e apontar. Agora, temos sempre de passar por esse ritual no final da leitura. E eu que adorava Anitas!...

Doix avôx!!!

A M. distingue lindamente os dois avôs. Sabe quem é o avô A'bêto e o avô Jão e diferencia-os bem. É giro é ela passar a vida a comunicar-nos que tem "doix avôx!". Ainda por cima, quando o meu pai vai para a terra e deixa de aparecer diariamente lá em casa à tarde, a Lúcia ensinou-lhe que o avô foi lá para cima. Então vê-se a M. a explicar, com o dedo espetado para o tecto, que "o avô A'bêto foi pa xima!"

Frases completas

Aos 21 meses, a M. começou a construir frases interinhas! Após uma fase em que falhavam os verbos ou alguma palavra menos conhecida, em que titubeava. Ela quase parecia gaga, por querer dizer alguma coisa e como não conseguia, repetia várias vezes a mesma palavra ou sílaba (o B. passa-se comigo quando eu digo isto a brincar). Agora, começou a perceber-se. Uma das primeiras frases foi engraçada. Eu e o B. estávamos na cozinha e ele beijou-me. Nisto, passa a M. por nós e, atestando um facto, afirmou com toda a constatação possível: "O pai 'eijinho à mãe". A partir daí, foi um instantinho para utilizar até os artigos definidos. Agora, já há muitos "a M'ena quê tomati", "O pai f' às concas (foi às compras)" e afins. É engraçado como já entendemos quase tudo o que ela pretende. E depois... Fazemos brilharete na natação. É que ela é a mais nova e é a que fala melhor, para não dizer que há um que nem diz ainda quase nenhuma palavra inteligível e tem mais 1 mês!... É ver as mães a gabarem-nos a filha, com olhos de inveja... ;)

Mãe! Pinta!

O vocabulário foi evoluindo também nesta matéria. Enquanto aponta para a gaveta onde os blocos de cera e os lápis de cor estão guardados, começava por pedir as "bolas", o desenho mais solicitado, para me explicar que queria desenhar, ou melhor, que queria que eu desenhasse para ela. Passou para os "pátis", tentativa gorada de dizer "lápis", passando a exigir os lápis de cor em vez dos blocos de cera, que eu com tanto carinho lhe comprei. Dão-lhe mais gozo usar... Depois, percebeu que os desenhos que lhe fazemos podem ser pintados. Assim, começou a pedir o "pinta" para fazer o mesmo pedido. Finalmente, descobriu a palavra certa. Por isso, hoje em dia, leva-nos pela mão até à gaveta, abre-a, põe-se na pontinha dos pés, toda esticadinha, enquanto vai apalpando às cegas o conteúdo daquela, enquanto pede incessantemente - "desenios, mãe!". Tudo isto para dizer que os lápis não são uma forma de controlar a nossa irrequieta pipoca, pois os desenhos são maioritariamente para serem feitos por nós, para ela depois riscalhar, "pintando" com muita arte aquilo que nós fizemos. Ou seja, temos de estar sentados ao lado dela e a seu mando desenhar uma bola, uma pêra, um pato, uma flor, eu sei lá... Isto se depois não receber uma ordem a dizer "pinta, mãe!". É claro que nós a incentivamos ao "do it yourself", mas sempre connosco ao lado. Há que ver as vantagens: adquiri uma apetência que não tinha... A colega de sala já me topou e goza com os treinos quando estou ao telefone a desenhar distraidamente florzinhas. :)

Não cai!

A M. é muito cuidadosa em determinadas situações, por vezes até demais. Devido a uma escorregadela, descobriu que o chão de mosaico molhado é muito escorregadio. Ficou cheia de medo de cair, não importa onde. Se estiver em pé de alguma coisa e eu lhe disser para ter cuidado, ela repete logo "Cai" com um ar muito entendido, enquanto acena com a cabeça para cima e para baixo, agarrando-se a nós com firmeza. Se o chão da casa-de-banho estiver molhado, começa logo a olhar para o chão, a andar meia marreca e meia aflita, confirma-me que o "schão tá moiado! Cuidado! Cai!", pondo-se a andar dali para fora. Já se estiver sentada, olha para mim com uma cara de sabida, explicando-me que "não cai!"...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Traumatismo craniano

  • A vigilância após o traumatismo craniano não termina no hospital. A criança deverá ser acompanhada em casa, por um adulto responsável durante as primeiras 24 a 48 horas a seguir ao traumatismo craniano, estando atento aos seguintes sinais/sintomas:
  • - cefaleias intensas/fortes dores de cabeça;
  • - alteração na sensibilidade dos membros (falta de força);
  • - vómitos compulsivos (mais de 4 ou 5 vezes pelo menos);
  • - visão de duas imagens;
  • - agitação ou comportamento diferente do habitual;
  • - alteração da consciência ou sonolência excessiva;
  • - convulsões;
  • - emissão de líquido claro anormal pelo nariz ou ouvidos.
  • Explicou-me a pediatra que pancadas secas na farte frontal da cabeça, mesmo fazendo galos gigantes no segundo a seguir à pantufada, dificilmente provocarão um traumatismo craniano, pois é uma zona muito, mas mesmo muito dura. Já a parte parietal (os lados da testa) é muito frágil. Se acontecer uma cabeçada mais forte, esperar, não pelo galo, mas sobretudo pelos primeiros 4 sintomas que estão acima descritos. Quanto ao ficarem muito parados e com pouca reacção, é preciso saber distinguir o que é reacção à dor e o que é alteração da consciência. Isto porque por vezes a dor é tão forte, que podemos ter uma reacção vagal, que pode incluir ficar sem forças, suar, ficar com a temperatura baixa (suores frios) ou com a visão meia enublada, deixar de ouvir normalmente, ficar tonto e por vezes chegar a desmaiar. É uma reacção nada grave, que por vezes acontece associada a qualquer dor intensa, que passa rapidamente se nos deitarmos, de preferência com as pernas mais elevadas.

Vómitos

  • O QUE É O VÓMITO? O vómito define-se como expulsão esforçada, voluntária ou involuntária, do conteúdo gástrico, pela boca. Habitualmente é precedido de náuseas e acompanhado de palidez, aumento da frequência cardíaca, “suores frios” e prostração. Independentemente da causa, vómitos persistentes podem desencadear a desidratação.

  • COMO AVALIAR A DESIDRATAÇÃO?
  • Para reconhecer se a criança está a ficar desidratada deverá ter em atenção a presença dos seguintes aspectos/sinais:
  • - Irritabilidade ou prostração;
  • - Sede mais acentuada que a normal para a criança;
  • - Olhos encovados;
  • - Mucosas (língua, lábios …) pouco húmidas ou secas;
  • - Presença de prega cutânea;
  • Pinçar o abdómen da criança e observar o retorno da pele, quanto mais lento maior a prega cutânea.
  • Se observar estes sinais e/ou se os vómitos persistirem contacte o médico.
  • O risco de desidratação é mais elevado quando a criança:
  • · Faz aleitamento artificial (uma vez que o aleitamento materno confere factores de resistência à infecção ao contrário do aleitamento artificial);
  • · Tem idade inferior a 12 meses;
  • · Está mal nutrida;
  • · Tem um número de vómitos igual ou superior a 3 por dia;
  • · Tem um número de dejecções igual ou superior a 6 por dia.

  • A prevenção da desidratação pode e deve ser iniciada pelos pais e pelos prestadores de cuidados às crianças, logo que se instalem os primeiros sinais de doença.

  • COMO TRATAR OS VÓMITOS?
  • Nas crianças, o uso de antieméticos não está indicado, salvo em situações muito excepcionais e com indicação médica, uma vez que não é eficaz e pode ter efeitos secundários graves. O tratamento dos vómitos passa pela prevenção e correcção da desidratação e realimentação. Assim, os pais deverão fazer uma pausa alimentar, após o vómito, durante um período de uma hora (reiniciando pausa sempre que tenha um novo vómito). Após a pausa alimentar, oferecer um pacote de açúcar ou uma bolacha Maria com doce. Passada mais meia hora, iniciar muito lentamente a rehidratação oral, dando uma colher de sopa de cinco em cinco minutos durante uma hora de uma das seguintes formas: aleitamento materno, solutos polielectrolíticos e glicosados (ex.: acessíveis nas farmácias sem prescrição médica: Miltina, Dioralyte ou Redrate) ou água chalada (chá preto fraco açucarado, que se faz fervendo 1 litro de água durante 10 minutos, ao qual se junta uma saqueta de chá preto durante alguns segundos, 4 colheres de sopa rasas de açúcar e 1 colher de café rasa de sal). Depois, iniciar gradualmente uma dieta ligeira e pobre em gorduras, em pequenas quantidades não forçando a criança a comer.
  • Se amamenta o seu filho, continue a fazê-lo como habitualmente.
  • Se os vómitos persistirem, sobretudo em crianças pequenas, apesar de cumpridas as indicações acima referidas contacte o médico.

  • QUANDO IR AO MÉDICO?
  • É importante saber que por si só os vómitos não são sinónimo de gravidade. Os pais devem recorrer ao médico se verificarem as seguintes situações:
  • · Criança com idade inferior a 3 meses;
  • · Mau estado geral;
  • · Agravamento dos sinais de desidratação;
  • · Vómitos recorrentes mesmo em pausa alimentar ;
  • · Intolerância da criança à hidratação oral e realimentação (por manter vómitos, ingestão insuficiente ou recusa alimentar);
  • · Vómitos com sangue;
  • · Diminuição da quantidade de micções e volume das mesmas .
  • De forma a transmitir uma informação mais detalhada os pais devem, ainda, ter em atenção os seguintes aspectos:
  • · Circunstâncias em que ocorre o vómito e relação com refeições (ex.: desencadeado por tosse; em jacto; induzido – “puxar o vómito”);
  • · Qualidade do vómito (ex.: alimentar; bilioso, com secreções, sangue vivo ou digerido);
  • · Se os vómitos ocorrem com dor de cabeça associada, de madrugada ou ao levantar da cama;
  • · Número e frequência dos vómitos;
  • · Sintomas associados: febre, diarreia, dor abdominal, cefaleias, convulsões, dores de ouvidos, dores de garganta, tosse, dispneia, disúria…;
  • · Medicação que está a fazer (antibióticos, analgésicos, anti-epiléticos);
  • · Possibilidade de intoxicação;
  • · Novos hábitos alimentares (diluição dos biberões; quantidade excessiva de nutrientes e eventual introdução do novos alimentos na dieta);
  • · Factores psicológicos (perdas ou mudanças recentes, relação com os pais, ansiedade nas refeições).

Diarreia

O QUE É A DIARREIA?
A diarreia define-se como o aumento da frequência das dejecções e diminuição da consistência das fezes. Habitualmente é uma doença aguda, que dura em regra 3 a 5 dias. Devido ao aumento da excreção de líquidos pode conduzir a desidratação e desnutrição, sobretudo nos lactentes. É importante os pais saberem reconhecer os sinais de desidratação para decidirem como e onde tratar.
COMO AVALIAR A DESIDRATAÇÃO?
Para reconhecer se a criança está a ficar desidratada deverá ter em atenção a presença dos seguintes aspectos/sinais:
- Irritabilidade ou pouca reactiva;
- Sede mais acentuada que a normal para a criança;
- Olhos encovados;
- Mucosas (língua, lábios …) pouco húmidas ou secas;
- Presença de prega cutânea (observar o retorno da pele, pinçando o abdómen da criança. Quanto mais lento, maior a prega cutânea).
Se observar estes sinais ou se a diarreia persistir contacte o médico.
O risco de desidratação é mais elevado quando:
. a criança tem idade inferior a 12 meses;
. tem um número de dejecções igual ou superior a 6 por dia;
. tem um número de vómitos igual ou superior a 2 por dia (uma vez que é comum estarem associados à diarreia);
. está mal nutrida;
. faz aleitamento artificial (uma vez que o aleitamento materno confere factores de resistência à infecção ao contrário do aleitamento artificial).
COMO TRATAR A DIARREIA?
O tratamento da diarreia passa pela prevenção e correcção da desidratação e realimentação. Assim, os pais deverão: 1. Dar soros de hidratação oral ou chá preto fraco açucarado em pequenas quantidades e várias vezes ao dia, sem insistir; 2. Introduzir gradualmente a dieta aconselhada em pequenas quantidades.
1. REHIDRATAÇÃO ORAL
A rehidratação oral pode ser feita das seguintes formas (pequenas quantidades de 10-10 min.):- Aleitamento Materna;- Solutos polielectolíticos e glicosados (acessíveis nas farmácias sem prescrição médica) – Dioralyte, Redrate, Miltina solução de rehidratação oral, por ex.;- Solutos caseiros de rehidratação: Água chalada, água de arroz ou água de cenoura.
2. DIETA ACONSELHADA EM CASO DE DIARREIA
· Dos 0 aos 4 meses
- Se amamenta o seu filho, continue a fazê-lo como habitualmente, senão reintroduzir o seu leite habitual ou ... se diarreia arrastada (mais de 3 dias) oferecer leite sem lactose (por exemplo: S26, HN 25 ou AL110), preparado com água;
- Água de arroz.
· A partir dos 4 meses
- Se amamenta o seu filho, continue a fazê-lo como habitualmente, senão fazer leite em água de arroz;
- Caldo de cenoura;
- Arroz branco ou com cenoura (não lavar o arroz);
- Papas não lácteas (por exemplo: Nutribén/Milupa/Nestum de arroz), preparada com água fervida e açúcar;
- Iogurte natural (1 por dia);
- Banana madura e maçã ou pêra cozida;
- Bolacha Maria, tostas ou pão torrado com compota;
- Carnes brancas (perú ou frango) ou peixes magros (pescada ou peixe espada) grelhados ou cozidos.
MODO DE PREPARAÇÃO DOS SOLUTOS CASEIROS
Água chalada: ferver 1 litro de água durante 10 minutos, colocar uma saqueta de chá preto durante alguns segundos, dissolver 4 colheres de sopa rasas de açúcar e dissolver 1 colher de café rasa de sal.
Água de arroz: ferver 2 colheres de sopa de arroz, sem lavar, em 1 litro de água, colocar 1 colher de café rasa de sal, deixar ferver até a água ficar reduzida a metade, coar o arroz e juntar à água que restou 0,5 litros de água fervida
Caldo de Cenoura: cozer 500 gramas de cenouras em bocados pequenos, colocar 1 colher de café rasa de sal, deixar ferver até a água ficar reduzida a metade, triturar com a varinha mágica e juntar água fervida até perfazer 1 litro.
NÃO DAR: hortaliças e legumes; fruta crua (excepto a banana); fritos e gorduras; leite e derivados (excepto o iogurte); sumos de fruta e refrigerantes.
QUANDO IR AO MÉDICO?
Se a diarreia persistir, sobretudo em crianças pequenas, apesar de cumpridas as indicações acima referidas contacte o médico.
Para além disso, os pais devem recorrer ao médico se verificarem as seguintes situações: se verificar agravamento dos sinais de desidratação; intolerância da criança à hidratação oral e realimentação (por presença de vómitos, ingestão insuficiente ou recusa alimentar); idade inferior a 3 meses; mau estado geral ou diminuição da quantidade de micções e volume das mesmas.