terça-feira, 8 de abril de 2008

Ama - Decisão

Fomos à consulta dos 4 meses. Com o trabalho a espreitar na esquina, a pediatra perguntou-nos como iamos fazer. Explicámos que não tinhamos avó, nem ninguém da família a quem confiar a M., pelo que não havia alternativa ao infantário. Ela insistiu na pergunta, se não conheciamos ninguém de confiança, pois era muito melhor para a M. ficar em casa até aos 2 anos, devido às doenças que iria evitar. Como não conheciamos, virou o disco e disse que não era drama nenhum, que iria com certeza correr tudo bem e que a M. era uma fortalhaça. Mudámos de assunto e este ficou por aqui. O dia seguinte foi terrível para mim. Pensei, matutei, magiquei e inventei. No fim, decidi. O B. chegou a casa à noite e comuniquei-lhe que tinha tomado uma decisão, se ele estivesse de acordo - queria contratar uma ama lá para casa. Por seu lado, a conversa da médica também tinha surtido efeito na sua cabeça - ele também queria o mesmo. Um dos grandes motivos porque nunca ponderámos esta hipótese a sério e com calma foi o facto de financeiramente tal não ser possível. Tendo em conta que existia algo para onde canalizar todos os meses uma parte considerável de dinheiro, à conta da Different Ways, não havia forma de tornar a intenção em algo de concreto. Ao afagar o pouco cabelo da minha filha, a minha decisão passou por desistir do meu sonho mal-nascido, que só me estava a dar dor de cabeça, em prol de algo bem mais precioso - o bem-estar da M. Problema: faltava um mês para eu começar a trabalhar... O B. falou com a amiga enfermeira, que apoiou a ideia de deixar a M. em casa, e assegurou-nos de que em tão pouco tempo era possível perceber se quem nós escolhêssemos tinha valor e era de confiança. Fomos para casa amadurecer a decisão...

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