quarta-feira, 9 de abril de 2008

Ama - Escolha

Foi dificil escolher. A Damiana era mais simpática e afável, parecia despachada e tinha excelentes referências. Para além disso, mora perto e à porta do metro. O senão era ter um português muito incorrecto e tinha uma apresentação que encaixava menos naquilo que nós imaginamos como ama de uma criança da nossa classe social (não consigo dizer isto sem parecer elitista... Não tenho nada contra seja quem for, mas temos sempre exigências maiores ou menores a nível de maneiras e saber estar. Para tentar explicar, quando perguntei do colo disse que achava muito bem e que os africanos até andavam com os bébés a tiracolo para não ficarem sozinhos). A Lúcia era mais correcta a falar e nas maneiras (penso que o termo é que é mais "fina" ou "limada"), é filha da Sra. Maria, que eu conheço há anos e de quem gosto bastante, e tem 3 filhos, por isso domina bem a situação. Aliás, na entrevista fez-me perguntas pertinentes acerca dos hábitos e necessidades da M. O senão é que é casada e tem o apoio financeiro do marido, por isso precisa menos, tem 3 filhos, aumentando a probabilidade de faltar por doença, mora mais longe, pareceu mais calada e parada e pediu mais € 50, valor já difícil para nós. Depois de muito falarmos e fazermos contas, liguei para a Damiana. Chegámos à conclusão de que teria mais dificuldade em arranjar emprego, precisava mais de algo certo, e acima de tudo tinha criado uma maior empatia com o seu dinamismo e sorriso rasgado e permanente. Disse que me ligava às 18h a confirmar - ia a outra entrevista primeiro. Adoraram-na também e ofereceram mais 100€, valor incomportável para nós... Chorei outra vez. O B. olhou para mim e depois da frase "entre mortos e feridos alguém há-de escapar" ligou para a Lúcia. Propôs-lhe menos € 50 e ela aceitou. Ao que ele respondeu: "então amanhã por volta das 8h apareça"...

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