terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A meio da noite

Quando a M. acorda a meio da noite, porque aponta para fora do quarto e não descansa enquanto não o consegue, costumamos levá-la para o sofá. Aí, depois do biberão do chá, acaba por se encostar ao nosso peito e relaxar até adormecer. A semana passada, trocou-nos as voltas. Acordou e eu fui lá. Como de costume, apontou para a porta. Levei-a para a sala e tentei sentar-me no sofá. Mas, desta vez, não me deixou. Chorava e resistia, contorcendo-se ao meu colo. Chá, nem vê-lo, até chapadas dava no biberão... Levei-a para a janela da cozinha para ver se os carros de antigamente a acalmavam. Resultou. Ali ficou, ao meu colo, a ver os poucos carros a passarem no Eixo N/S. De cada vez que passava um, eu sussurrava-lhe quase ao ouvido "olha mais um! Este vai para o trabalho" ou "uma mota que vem da festa". Eu sei lá. Sempre que não passava nenhum, primeiro fazia o gesto do "não há" e depois franzia a testa e começava a querer zangar-se, mas felizmente aparecia outro e mais outro. Como 11 kg já pesam e a minha coluna já não é grande amiga de brincadeiras, acabei por ter de me sentar. Voltei para o sofá. Foi um berreiro tal que acordou o B. Este levantou-se e revezou-me. Ao fim de uma hora e tal, conseguiu a proeza de a adormecer e tentou aproveitar a hora que faltava até acordar. Foi uma verdadeira luta para não adormecer... Porque será?

1 comentário:

Mamã disse...

Sei lá!!! A Margarida fez-nos isso duas vezes. Foi em dias alternados e depois passou-lhe. Pesadelos? Insónias? Whatever, desde que não seja por sistema!!! :-)