A única coisa de boa que teve a cena da noite passada, foi isso mesmo - ela ter-se enroscado em mim e ali ter ficado. Soube-me tão bem! Foi a segunda vez que ela fez isso. A primeira foi quando teve aquelas febres malucas por causa do exantema súbito.
sábado, 25 de outubro de 2008
Más noites
Gabei-a tanto! Vangloriei-me perante tantos pais que se queixavam por não dormir noites inteiras!... A M. já não dorme seguido. Por volta da meia-noite e meia, normalmente quando já estou quase, quase a adormecer, chora por causa da chucha. Por vezes, encontra-a e volta a deitar-se sozinha, por vezes também não. Depois, é conforme. Esta noite acordou às 2h30 a chorar e tive de me levantar para a acalmar. Tirei-a da cama, embalei-a um bocadinho e acabou por se ficar outra vez. Às 3h30, voltámos ao mesmo, mas desta vez sem conseguirmos acalmá-la. De tal modo, que tive de me levantar também, pois o B. já não sabia o que fazer. Depois de um biberão de chá, sentei-me com ela no sofá, ainda a chorar, e ali ficámos meia-hora, com ela enroscada em mim até quase adormecer. Quando estava no quase, quase, chorou outra vez e deixou cair a chucha. Levei-a para o quarto e deitei-a, afagando-lhe a cabeça. Acabou por dormir. Adivinhem a que horas acordou? 7h15!!! Fome não é, com certeza, tendo em conta o que ela come antes de dormir e o facto de não repetir estes episódios todos os dias, que são sempre a horas diferentes. Dor? O B. tem a teoria de que são muitos gases - ela de facto acaba por se aliviar bastante quando pegamos nela, mas acho um pouco rebuscada para razão. Medo? Do quê? Manha? Não a levo para a nossa cama e só a tiro da sua nos dias em que não consegue acalmar. Para além disso, ela própria me pede para se deitar em pouco tempo. Mas que se passa?! Queremos dormir!!!
Constipou-se
É a primeira deste Inverno. E acho que foi o avô que lha pegou (trouxe uma carraspana de todo o tamanho da China). Ou foi isso, ou foi ontem à noite ao sair do carro sem casaco para entrar no prédio. Nada de especial, só umas ranhocas e uns espirros. pelo menos para já...
Voz grossa
A M. não gosta de mudar a fralda como, imagino, todos os bebés da sua idade, salvo raras excepções. Hoje, o B. tentou uma técnica diferente para a demover das suas tentativas de imitação de enguia. Pôs cara séria e engrossou a voz, dizendo num tom firme para estar quieta. Ela ficou muito séria a olhar para ele, sem saber de onde tinha vindo aquilo. Resultou. Já da minha parte, não chego lá - já tentei e ela basicamente ignora-me (já não me tem respeito nenhum...). Mas... Aquela carinha séria e sem se mexer, derreteu-o num instante. Em minutos, mudou o timbre para um mais suave e a fazer um esforço para não destruir totalmente o efeito obtido, ainda disse "não pode ser, não, não", enquanto lhe dava um beijinho na barriga. Ela esboçou logo um sorriso, mas vá lá, aguentou-se o tempo suficiente para pôr uma fralda limpa. Já o vestir foi em pé, como de costume, a tentar sair dali.
Vai ser bonito, vai!...
Ontem, fomos ao Corte Inglês ver roupa. O B. quer oferecer à filha um casaco bom e quentinho pelos anos e achou que ali, com as marcas que tinha, encontrava alguma coisa. Vimos um lindo da Laranjinha que vai ter de esperar mais uns tempos, pois o 12 está-lhe justo e o 18 muito grande. Que venha primeiro o frio a sério e depois logo se vê. Depois, passámos pela secção de brinquedos. Havia uma exposição no meio do chão de bonecos gigantes da Noukies, nomeadamente de uma Lola gigante. A M. delirou. Foi para o chão e agarrava-se ao focinho da vaca a fazer miminhos. A seguir olhava para o lado e fazia o mesmo a outro amiguinho da marca e do mesmo tamanho. Não sabia para que lado olhar. Estava doida! Andava de um lado para o outro a apontar para todos e a olhar para mim com os olhos cheios. Ao fim de um bocado, lá a convenci a fazer tchau e seguimos para o elevador. Não é que apontou para uma data de coisas coloridas e com bom aspecto de brincar pelo caminho. Dava gritinhos e atirava-se toda para a frente e tudo! O comentário do B. ao entrar para o elevador foi elucidativo para o senhor que estava ao nosso lado - "vais ser bonita, vais!..."
Prendas do chinês
É típico. O meu pai foi a Macau, Xangai, Hong Kong e Pequim por duas semanas em passeio. Para mim, pedi-lhe uma máquina de filmar que já ficava como presente de anos. Vá-se lá saber como, sem perceber patavina do assunto, com a ajuda dos amigos, trouxe exactamente aquilo que lhe tinha pedido. Muito obrigada, pai! Para a neta, o que trouxe? Um kispo, uma T-shirt, uma boneca e uma bola de apertar com as mãos, daquelas que se moldam conforme a pressão. O kispo foi comprado junto com um suposto conjunto de saia e camisola, que por aldrabice do chinês foram pagos, mas não embrulhados. Só deu conta cá... Primeira asneira. É um casaco branco, com capucho e de um material estranho, que lembra muito aqueles que se vendem nos nossos chineses. Segunda asneira. A T-shirt tem dois pandas e é a correspondente àquelas com o galo de Barcelos, que se vendem nas lojas de turismo. Tendo em conta que chegou o frio, não a vai vestir. Terceira asneira. A boneca... Não é chinesa, nem típica dos orientes. É uma imitação barata da Tuxa, deitada no chão e que com pilhas esganiça uma música, acende umas luzes vermelhas a fazer de brincos e abana as pernas. A ama disse logo que a filha tinha uma igual e que não prestavam para nada... Quarta asneira. Quanto à bola, parece daquelas que os indianos vendem no meio da rua e cheira a vaselina ou óleo de massagens, pelo que a M. nem lhe tocou. Quinta asneira. Depois da atitude destrutiva, fica a construtiva. O kispo ainda o vai vestir, pois não é assim tão mau. A T-shirt, por coincidência é grande, por isso para o ano ainda serve. A boneca, apesar de horrível, fez as delícias da M. Já da bola não teço comentários... Obrigada pai na mesma, apesar de não teres acertado em nada para a tua neta. O que conta é a intenção, e tendo em conta a personagem que se aventurou nas compras, foi o máximo!!! Mas não deixam de ser compras do chinês... :)
Roupa de Inverno
Imaginem...
Imaginem-me a tentar apanhá-la para a tentar secar em condições depois do banho. Imaginem-na a gatinhar velozmente cama afora, toda contente, com os seus dadás e a toalha ainda enfiada na cabeça. Imaginem-me a saltar para cima da cama, agarrá-la pelos pés ou pela cintura e tentar puxá-la. Imaginem a guerra que é vesti-la todos os dias depois da banhoca... Ufa!
Molas da roupa
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Ladaínha
Parece que sabe
O avô paterno da M., sendo da terra das castanhas, tem vários soutos lá para cima. Por isso, todos os anos temos imensas para assar, cozer, comer cruas ou mesmo piladas (já ressequidas). É uma realidade que pertence à minha existência de sempre e chega a ser ritual. Os amigos já sabem que têm direito a pelo menos provar aquelas castanhas pequeninas, mas docinhas e que tanto gostam, tendo mesmo encomendas de vários quilos todos os anos. Ora, a M. tem o Dicionário por imagens dos bebés sobre a natureza. Uma das imagens é precisamente uma castanha. Já aqui contei que ela adora folhear os livros e que aponta para as imagens para nós dizermos o nome. Pois pode estar cheia
de speed e querer só passar as páginas, sem dar tempo de dizer nada ou mesmo ver alguma coisa, mas aquela página tem paragem obrigatória. Ninguém lhe ensinou nada, nem fez um maior realce àquele fruto seco, mas ela adora-o. Pára sempre, aponta e olha para mim a pedir o nome. E se voltar atrás, é ali que faz o stop. Nem a flor, nem o arco-íris, nem mesmo o sol, têm a mesma sorte. Pode ser coincidência, mas não deixa de ser engraçado...
O meu cabelo
Descobriu-o no outro dia. Tinha-o apanhado em rabo de cavalo, mas havia umas pontas caídas que penderam sobre a sua cara quando lhe dei um beijinho. Agarrou na madeixa e com muito jeitinho (para meu espanto) tentou perceber o que era. Estava fascinada. Como estava a gostar, comecei a fazer-lhe cócegas nas bochecha com a dita. Desmanchou-se a rir à gargalhada, o que teve por consequência a brincadeira ter-se prolongado até ficarmos ambas cansadas. Agora, quando me apanha a jeito, tenta agarrar, mas a meiguice é que parece ter-se ficado por ali - é cada puxão se não tenho cuidado!...
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Está crescida, a minha menina!
Hoje de manhã, o B. deu-lhe o biberão de leite do pequeno-almoço. Ou melhor, deu-lhe colo... A M. tirou-lhe o biberão das mãos, segurou-o e foi conversando com ele enquanto mamava. Até à última gota!
10h00
Domingo, segunda e terça - três dias a acordar a esta fantástica hora! Ao acordar, parece que exclamou sempre pai e mãe, à nossa procura. Esperancei-me que fosse para se manter. Mas não. Hoje as 7h40 do costume voltaram... Pelo menos já percebi onde está o truque: não tem a ver com comer, mas sim com o número de horas que dorme. Mesmo sem o biberão da meia-noite (que a pediatra proibiu...), se adormecer perto das 23h estica-se até à nossa hora desejada. Como ontem adormeceu às 8h30, as suas onze horas de sono de beleza estavam mais do que completas de madrugada. São de facto verdadeiros relógios!
Tentativas monosilábicas
Já vai falando. Ou melhor, tenta! "Nã" é não, "Cãinnn" é cão (ou zebra, o que me faz acreditar que qualquer animal preenche o requisito), "Pãinn" é pão (eu estava a fazer torradas e ela gemia aos meus pés a pedir, ao que me fiz de desentendida e fui perguntando o que queria, se era pão - tantas vezes tentou que exasperou e saiu-se com esta, que agora repete quando quer comer...), uma "Cuca" (expressão da Beira que se usa em vez do conhecido Cucu! que a minha tia ensinou), "Papéiii" é papinha (com direitos de autor da ama).
Sair do banho
É um drama... Tem de se deixar a princesa reinar uns minutos largos na água, ficando com os dedos dos pés meios encarquilhados para depois se conseguir tirá-la de dentro da banheira. O normal é esticar-se tipo enguia escorregadia - temos de fazer um esforço enorme para não a deixar cair - seguindo-se a técnica do dar às pernas freneticamente no ar, até que não obtendo sucesso, passa ao choro e ao não permitir a toalha. O pai faz-lhe umas graçolas em frente ao espelho, ela levanta o capucho da toalha para espreitar, ri-se e acaba por esquecer a água.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Um dia hei-de...
...saltar e correr pelas ruas a pisar folhas secas, ao som do seu quebrar, com a minha filha.
Tia
Concertos para bebés
Desta vez, o instrumento convidado era a flauta. Com músicas ao tom do Kusturica, fomos assistindo ao espectáculo pacificamente. Sempre achei que a M. iria disparar palco afora assim que soubesse gatinhar, mas afinal enganei-me. Fica o tempo todo em pé, encostada a nós, neste caso o pai, e assiste a tudo com um ar muito atento. Neste concerto, teve a sorte de ficar ao pé de uma das cantoras, que se foi metendo com ela o tempo todo, proporcionando-lhe um espectáculo mais inter-activo. Até a levou a ver de perto a flauta e mais uma vez se provou que não é nada anti-social: foi sem refilar e nem questionou o facto de ir num colo desconhecido. A flauta a tocar à sua frente teve por consequência um ar muito sério e que nos diverte bastante - faz-me lembrar um boxer com as bochechas realçadas e o lábio inferior a fazer um ligeiro beicinho. O momento esteticamente mais bonito - a bailarina a dançar em pontas com umas bolas luminosas nas mãos - é aquele em que ela mais se fixa. Fica de boca aberta e quase que parece que nem pestaneja... Mais um sucesso, mais uma experiência.
Então e o despertador?
Este domingo era o Concerto para bebés deste mês e nós, como de costume, tínhamos bilhetes para ir ao espectáculo das 10h00. Como a M. acorda todos os dias entre as 7h30 e as 8h00, independentemente da hora de deitar ou do biberão da meia-noite, nem me preocupei em pôr despertador - ela desempenha bem esse papel... No dia anterior, fim-de-semana, acordei às 7h40... Fui-me deitar descansada e ferrei a dormir. Acordei com os seus "dadás" baixinhos e bem-dispostos que vinham do seu quarto. Levantei calmamente a cabeça para espreitar as horas e... 9h58!!! Saltei da cama, fiz o B. saltar da cama e depressa concluímos que àquele concerto já não iriamos. O que nos valeu foi eu trabalhar lá e por isso assistimos ao das 11h30... É mesmo do contra!