Desta vez, o instrumento convidado era a flauta. Com músicas ao tom do Kusturica, fomos assistindo ao espectáculo pacificamente. Sempre achei que a M. iria disparar palco afora assim que soubesse gatinhar, mas afinal enganei-me. Fica o tempo todo em pé, encostada a nós, neste caso o pai, e assiste a tudo com um ar muito atento. Neste concerto, teve a sorte de ficar ao pé de uma das cantoras, que se foi metendo com ela o tempo todo, proporcionando-lhe um espectáculo mais inter-activo. Até a levou a ver de perto a flauta e mais uma vez se provou que não é nada anti-social: foi sem refilar e nem questionou o facto de ir num colo desconhecido. A flauta a tocar à sua frente teve por consequência um ar muito sério e que nos diverte bastante - faz-me lembrar um boxer com as bochechas realçadas e o lábio inferior a fazer um ligeiro beicinho. O momento esteticamente mais bonito - a bailarina a dançar em pontas com umas bolas luminosas nas mãos - é aquele em que ela mais se fixa. Fica de boca aberta e quase que parece que nem pestaneja... Mais um sucesso, mais uma experiência.
Há 8 anos
1 comentário:
Parece que a estou a ver :-)
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