Como o meu pai estava para Macau, a minha tia passou o domingo connosco. Fomos buscá-la depois do espectáculo para almoçar e assim que a M. a viu fez-lhe uma festa. Lembra-me eu, que em criança era uma eterna apaixonada por esta tia jovem e solteira que tirava os fins-de-semana para brincar comigo (já na adolescência, com a minha evolução e a sua estagnação, a coisa virou para o torto...). Foi ela que lhe deu o almoço, o que implicou uma muda completa de roupa (a falta de jeito não tem explicação...) e andou com ela na brincadeira a tarde toda. Fomos passear para o Jardim das Conchas (que recomendo pelo espaço, infra-estruturas e verde que tem) e ali estivemos cerca de uma hora, na relva, a ver a M. a lavrar os trevos à sua volta e a tia deitada no chão
ao seu lado a fazê-la rir. É giro de ver as gargalhadas que ela lhe saca com os seus disparates. Ajudou no banho e o jantar também foi ela que deu e no final foi-se embora para a M. ir para a cama. Todo este belo quadro só tem um senão: a minha tia não sabe falar baixo, nem sem algum histerismo à mistura. Penso que esse seja um dos factores motivo da predilecção da minha filha por ela. Aqueles "uhhhss!" e "ohhhhs!" todos divertem-na à grande, mas também a deixam sobre-excitada e extremamente cansada. Já para não falar de mim e do B. que chegamos ao final do dia com a cabeça em água... Depois, à noite, o adormecer é mais complicado e difícil. O que lhe vale é a alegria com que a recebe e brinca com ela.
Há 8 anos
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