Era a minha alcunha na 4ª classe, posta pela colega de carteira, que se enervava à brava com a dita (daquelas antigas de madeira, com a mesa ainda ligada ao banco), de cada vez que abanava porque eu não parava quieta. O meu pai conta que para beberem a bica, tinha de pedir uma, para a minha mãe beber enquanto ele me segurava, e depois pedia a segunda para ele, depois de trocar com ela, senão aqui a je já estava na rua ou em cima da mesa. Para perceberem, andei de trela. Cor-de-rosa é certo, mas mesmo assim trela. Tudo à conta de um belo dia de véspera de natal, com 2 anos, ter fugido ao meu pai em pleno Chiado e este só me ter conseguido apanhar no Rossio, à beira da estrada, à espera que um adulto me desse a mão para atravessar para o outro lado (vá lá! Era rebelde, mas com cabeça)... A M. parece ir pelo mesmo caminho. Não pára um segundo. Se está na cadeirinha, está a dar às pernas, a pôr o pé para cima, depois o outro, ou a esbracejar com algum boneco. Se está em cima da cama, vira e revira sem parar. Se está ao nosso colo, quer estar de pé, depois sentada, depois de pé, depois de bruços para apanhar qualquer coisa. Ficamos cansados só de a ver! Parece que sai a mim. A ver vamos se o pai também não se lembra da trela daqui a uns anos...
Há 8 anos
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