... a caminho de Viseu! Já aqui contei como a M. gosta de dançar ao nosso colo, dando a mão para um bailarico ou valsa improvisados. Nas férias, descobri que esta canção em particular surte bastante efeito. Nem de propósito!... De cada vez que começamos a cantarolar a dita, ela começa a abanar-se toda, fazendo sobretudo as delícias do avô materno. É incrível, mas o meu pai até tentou a gracinha com ela. Fui dar com ele, sentado (pois, está claro, para passar mais despercebido!...), com a M. em posição de dança (ele, que era arrastado pela minha mãe aos domingos, às escondidas no quarto da minha avó, para aprender que não tem 4, mas sim 3 pés esquerdos...), a cantar a música (imagine-se!...) e a abanar o tronco, como que a tentar apanhar o ritmo da coisa. E a neta responde, o que ainda dá mais graça à cena!...
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Indo eu, indo eu...
Bailarina ou dançarina?
A M. descobriu a dança há pouco tempo - abana o corpo para a frente e para trás, dá às pernas, encolhendo-as com ritmo, e justifica plenamente a expressão de "abanar o capacete", parecendo que diz que não violentamente com a cabeça. Para a convencermos a entrar para o carro, sem grande luta, pomos a tocar os CD's de música infantil que arranjei e lá se senta ela na cadeirinha sem grandes refilices, a dar às pernas e sorrindo com ar entendido para nós. É de chorar a rir vê-la presa na cadeirinha, quase sem se mexer, com os ombros a subir e a descer, a cabeça a abanar e as pernas a dar a dar. Ora, o tio Pipe toca guitarra, ou melhor, arranha umas coisas. Um dia à noite, experimentou tocar-lhe uns acordes. Não é que a miúda adorou?! Abanou-se toda, deu à cabeça e já participava à sua maneira com sons divertidos. No dia seguinte, para mostrar a gracinha aos avós, que entretanto tinham chegado, o tio decidiu tocar uma espécie de rocalhada, com "Ié! Ié! Iés!"de rock&roll à mistura. Adorou! Mais ainda do que no dia anterior. Desde então, não pode ouvir uma melodia - começa logo a "dançar" sem parar, sempre com um ar de quem sabe lindamente o que está a fazer. Sairá a mim, bailarina até aos 27 (desajeitada, é certo), ou ao pai, dançarino nato, que deixa as senhoras encantadas com o seu tango?
Uca! Uca! Uca! Uuuuuuuuuuu!
Passou uns dias com o tio 'Pipe. Resumem-se a uma palavra: coboiada. Ela é dançar, ela é saltar no ar, ela é voar, ela é rir à gargalhada. A brincadeira preferida é ser agarrada por detrás, ficando sentada na sua mão, enquanto ele anda a trote e grita "Uca! Uca! Uca! Uuuuuuu!". Ela ri-se imenso, abana a cabeça e o corpo e dá às pernas. Como diz o pai, gosta de andar de rabo abanado. Quando pára o comboio, começa a saltar e a desafiá-lo por mais. O tio acaba sempre com os bofes de fora, com dores nos braços, por causa daqueles 9 kg para cima e para baixo. À conta da brincadeira, ficou a fã n.º 1 deste tio babado, que se péla por uma das suas gargalhadas - quando o vê, estica logo o pescoço na sua direcção e começa-se a rir, como que a chamá-lo para ao pé de si. A continuar assim, temos uma amizade duradoura pela frente...

Prima
Depois de um sábado em Coimbra para visitar a tia do B. que teve um AVC (a vida é por vezes mesmo muito injusta...), começámos por ir a Penedono para visitar quem não pode ir ter connosco - a bisavó da M. e a avózinha Z., de 98 anos, ama do B. em pequenino. A prima M., de 2 anos, passa a vida a perguntar pela M. à avó e à mãe. Associa-a à cama de grades que a avó tem no nosso quarto e à praia, por ser normalmente aí que nos encontramos em família. Tem uma loucura por ela desde que nasceu. Ao princípio, fazia-me muita confusão, porque a M. ainda nem se sentava, já a prima andava de roda dela feita louca para lhe fazer festinhas e dar beijinhos. Convenhamos que uma criança de ano e meio não tem muita noção do que faz, muito menos num bebé de um mês ou dois. Depois, independentemente da ranhoca a sair do nariz por causa das contipações, lá vinha ela para ao pé "da bebé". Agora, que até já sabe o seu nome e a M. já gatinha e se defende um bocadinho mais, já não me complica tanto com o sistema. Quando a prima nos viu chegar, foi a histeria total, mas desta vez, de parte a parte. A nossa M. também já a reconhece e fez-lhe uma festa digna da perdição que a prima tem por ela. Brincaram juntas naquela noite no chão da cozinha em casa da avó, que estava radiante por ter as suas três netas juntas a encher a casa (a B. de 7 anos também lá estava). A sua melhor cena foi a certa altura, as duas primas no chão, ao lado uma da outra, a gatinhar a par e passo com uma alegria que só vista. Pareciam mesmo dois gatinhos a correrem ao lado um do outro!
Acabou-se...
... o leite congelado. No dia de ir embora de férias. Arrancámos no sábado de manhã, depois de lhe termos dado uma papa com o último saquinho de leite, datado de fins de Maio, que ainda resistia no congelador. Contabilizando, o meu leite para papa durou até ao dia 23/08, tendo a M. 9 meses e meio. Nada mau! Nas férias, a papa já foi feita com água. A M. já conhecia o sabor, visto que nos fins-de-semana fora, não levávamos o leite, por não ser prático, e, para variar, adora. Um fim que nada mais é do que um prenúncio de um outro que se avizinha...
Cadeirinha para o carro
Mais uma prova em como cresceu mais um bocadinho... Trocámos o ovo pela cadeirinha do grupo 0. A M. já conseguia soltar os braços e virar-se toda para trás, para se meter com o pai que ia a conduzir. Um verdadeiro perigo! Mesmo comigo ao lado, a insisitir em encostá-la, já nada a demovia. Por isso, apesar de a pediatra aconselhar este meio de transporte até o mais tarde possível (estão homologados até aos 13 kg...), tendo a M. quase 9 meses e quase 9 kg (os limites aconselhados pelos fabricantes para se mudar do ovo para a cadeirinha), lá fomos à loja da sra. amiga em Sintra gastar dinheiro. A Proteste fala na Maxi-Cosi e na Römer, marcas que eu já sabia serem as melhores. Para além disso, o sistema com Isofix é o aconselhado. Na loja, foi-nos explicado o como isso é um verdadeiro processo de marketing... A Maxi-Cosi, a Quinny e a Bebé Confort são da mesmíssima empresa, pelo que dão exactamente as mesmas garantias de segurança. Quanto ao Isofix, é apenas aconselhado a quem tem mais do que um carro e passa a vida a mudar a cadeirinha de um para o outro, porque dá a certeza de que fica bem instalada graças ao botão que só fica verde se estiver segura e por ser mais prático. As outras, só de cinto, são tão seguras quanto aquelas, mas é preciso saber instalá-las realmente bem. Achei que o Isofix era dispensável, visto que quem me a iria instalar era o dono da loja e não vou andar a mudar a cadeirinha de carro, mas o pai teimou naquele sistema por sentir mais confiança. Não insisti, achei que não valia a pena. Quanto à marca, ganhei eu. Optei pela da Bebé Confort por ser a única que reclinava tanto, quando o bebé quer dormir, e que se adapta na largura à criança. Ou seja, tem um botão que se roda para abrir mais ou menos os lados, dando mais ou menos espaço a uma criança que vai crescendo até aos seus 18 kg (limite para o grupo 0). Escolhemos vermelha, por causa do tecido (parece ser menos quente), e encomendámos. Chegou na véspera de irmos de férias, pelo que a M. estreou-a no dia de partida. Adorou o facto de ir de frente para a estrada a ver as vistas e demorou a adormecer. De facto, a inclinação é jeitosa, pelo que não vai com a cabeça ao delindão e como ainda é pequenina, ajeitámos a largura ao seu tamanho. Fica bem presa, sem conseguir inventar muito, mas com liberdade de movimentos. A mim, estando eu habituada a vê-la num ovo feito à sua medida, parecia-me que se perdia naquela cadeira grande. Hoje em dia, já me habituei. A outra diferença é que eu já regressei ao meu posto de co-piloto - já não vou atrás, ao seu lado. Não fazem ideia de como isso é uma tortura! Passo a vida virada para trás a apanhar a Lola ou a chucha, atiradas de propósito para o chão... http://www.bebeconfort.com/collection-2008/PT/voiture_iseos_isofix_modulo.htm
De regresso
Infelizmente acabaram-se... Foram umas férias fantásticas, durante as quais vimos crescer a nossa menina a olhos vistos. Um pai amigo perguntava-me há uns dias se não nos tínhamos apercebido muito mais da sua evolução nas férias. É mesmo isso. De facto a percepção de como a sua aprendizagem se vai aperfeiçoando é muito mais refinada. Gozei a família à séria, na praia, com toda a calma do mundo, sem stresses dos horários. Se desse para ir à praia íamos, se não desse, também não fazia mal. É uma das vantagens de estarmos mentalizados de que a praia é só até às 11h e depois das 17h... Não há aquela ideia de que estamos a perder tempo fora dela. A M. fez de tudo nestas férias - praia, piscina do Ruca, campo, serra, dormir na rede, à sombra da palmeira, ao nosso colo, passeios à noite de carrinho, brincar com cães, com a prima, ver gaivotas e até provar gelatina. Cheguei à conclusão de que para serem férias a sério são precisas 3 semanas - a última sabe mesmo, mesmo bem. Deixo nos próximos posts as memórias de 3 semanas memoráveis, que vão com certeza fazer parte do nosso imaginário em anos futuros, quando a nossa filha já for crescida, para recordar com nostalgia e um sorriso no canto do olho.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
É desta!
Amanhã de manhã vamos-nos pôr a andar de férias por 3 semanas! Agora que estão todos a regressar, vamos nós gozar a nossa pipoca 3 semanas inteirinhas, com muita praia, muita sombra debaixo da palmeira e água quentinha do Algarve no final para rematar em beleza. Dia 15 de Setembro, estamos de volta e, com certeza, com muitas histórias para contar!
Até lá!!!
Super-fãs
Ontem, fomos jantar a casa da tia S. e do tio H. A M. fez um sucesso. Os sorrisos, a simpatia e a esperteza dela estavam imparáveis. A S. ficou delirante - filmou, brincou e fartou-se de observar aquele pequenino ser que descobria o mundo da sua casa. No final, à 1h da manhã, estando a M. ainda acordada e bem-disposta, o H. descobriu uma brincadeira nova: bichanar-lhe ao ouvido muito baixinho. Ela adorou. Pedia mais e mais e dava grandes sorrisos de contentamento. Fomos embora, deixando um casal com um sorriso sonhador e de felicidade genuína estampado na cara e a dizer que podíamos seguir que eles ficavam com a encomenda. Para mim, a parte melhor foi ter ouvido o H. a dizer que se ela tiver aquele sorriso quando for crescida estamos tramados e a S. afirmar convictamente que esse mesmo sorriso é da mãe... A M. definitivamente ganhou dois super-fãs. Obrigada, tia S. e tio H.!
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Martinho
Neste preciso momento, o nosso amiguinho vai retirar o stent do rim esquerdo. Como em todas as outras etapas desta sua particularidade, temos a certeza de que vai correr tudo bem e que ainda hoje vai dormir a casa, no meio dos muitos miminhos dos seus pais. Muita força e um grande beijinho da Floquinho!
Pouca meiguice
Entenda-se: a nossa filha é meiguinha, não é é muito dada a isso. Parece que foi buscar essa característica a mim. Se estiver ao nosso colo, não costuma aninhar-se por muito tempo, preferindo antes observar o mundo com atenção do alto do poleiro. Raras são as vezes em que a M. sossega no nosso colo, apenas e tão só com base no argumento do mimo e das festinhas. Prefere recebê-los por entre tropelias e movimentos, com muitos sorrisos de agradecimento pelo meio. Quando chegamos a casa e de manhã ao acordar, costumamos ser prendados com uns miminhos extra - encosta a cabeça ao nosso ombro e deixa-se ficar um bocadinho, mas é sol de pouca dura. Hoje de manhã, como acordou cedo, tentei convencê-la a ficar na nossa cama com o pai - um objectivo de 15-20 minutos, para eu tomar banho antes de lhe dar de mamar. Em vez de aproveitar e aninhar-se, sentou-se, levantou-se, deu às pernas, sempre com a mesma energia do resto do dia, independentemente das horas de madrugada. O B., a certa altura, ainda deitado, abraçou-a juntinho a si e forçou-a a ficar. Surpreendeu-me e deixou. Ali esteve uns minutos, sossegada, no meio daquele peito grande e protector, rodeada por dois braços que subiam e desciam pelas suas costas. Mas não durou muito - o B., com receio que ela se habituasse, pousou-a na cama. Ela, que já estava quase a adormecer, abriu a pestana, pôs-se de gatas e começou a desafiar-me com brincadeira. Acabei por tomar banho depois.
Procura o sim
Hoje de manhã, tentou. Disse-lhe não a uma asneira e ela parou e olhou para a ama. Esta não se descoseu e insistiu no não. Fez isto duas ou três vezes, por vezes no sentido inverso, sendo evidente que se uma de nós dissesse que sim, a asneira seria praticada. Como disse a Lúcia, já tem a escola toda...
Destapada
Não tem remédio... Desde que saiu do berço e passou para a cama de grades, com 6 meses, que não sabe o que é um lençol. Quando a deitamos, está tão transpirada que nem vale a pena tentar. Ao fim de algum tempo, vamos lá tapá-la, ou melhor íamos, porque agora já desistimos de tal proeza. Em minutos, consegue pôr os pés para fora, nem que isso implique ficar toda torta, com a cabeça enfiada nos protectores ou na cabeceira. Já a apanhei por cima dos lençóis direitinhos, como se nunca tivesse sido deitada por debaixo deles... Antes de nos deitarmos, ainda voltamos à carga por causa do fresco da noite, mas não adianta. Invariavelmente, de manhã está destapada. Quero ver no inverno...
Já pede colo
Há já duas semanas que o faz. A imagem que me vai ficar na memória para sempre é aquela bebézona, sentada no chão, de chucha na boca, a olhar para cima com aqueles olhos grandes e pestanudos e aqueles bracinhos rechoncudos esticados para cima. Faz lembrar um cachorrinho fofinho a pedir festinhas.
Por antecipação
Quando a M. fica aborrecida de estar presa, uma das brincadeiras que eu faço é esticar o meu indicador e começar a girá-lo e a abaná-lo, imitando o som de um radar, enquanto o aproximo dela. O som do tut-tut-tut vai acelerando à medida que vai ficando mais perto do ombro, até que o espeto na omoplata para fazer cócegas. As gargalhadas são mais que muitas. Agora, basta eu esticar o dedo e começar a minha ladaínha. A gargalhada fica à porta, já meio engasgada e quase nunca aguenta até o dedo lhe tocar. É de chorar a rir.
Já sabe
Quando a ponho no muda-fraldas e ela não quer, chora. Até aqui nada de novo. Chora, só que a olhar para a porta, à espera do seu salvador. É que por mais do que uma vez, que o B. vem em seu socorro, pegando nela ao colo, para só depois a convencer a mudar a fralda (com a minha ajuda, é claro)... Hoje fez uma mais engraçada. Foi direita às revistas e antes que lhes deitasse a mão eu disse um Não! severo para ela perceber. Ela vai e... olha literalmente para o pai, à espera. Como ele não disse nada, desistiu. Estou tramada!...
Molas
Há duas noites apercebi-me que temos umas molas escondidas no corpo que saiem quando há necessidade. Era 1h30 da manhã, estava em pleno processo de adormecimento, quando ouvi um barulho assustador. A minha mente ainda tentou pensar que poderia ser exagero da minha parte, mas imediatamente a seguir outro som similar saiu do quarto da M. Parecia que lhe estava a faltar o ar. Dei um salto da cama como se tivesse a cauda do Marsupilami e corri para o quarto dela. O B. acordou, não com os sons, mas comigo a saltar e a correr, e sem pensar, saltou atrás de mim. Cheguei ao quarto dela e vi-a a dormir tranquilamente, depois de se ter virado pela enéssima vez. Percebi que os sons tinham sido qualquer engasganço com a chucha que ficou para trás conforme se virou ou algo do género. Com o susto, o B. deitou-se a queixar-se que tinha o coração aos saltos e eu demorei uma hora a adormecer, com o ouvido alerta. Bolas! Assim não vale!
Pasta de zinco
A M. já parece uma enguia no muda-fraldas. Assim que a deitamos, começa a contorcer-se para se virar de barriga para baixo e espreitar para o cesto com as suas coisas. Quer tirar tudo e não tem paciência para esperar enquanto lhe mudamos a fralda. Cada vez mais é um jogo de persuasão que passa por tocar batuque com a caixa das compressas, mostrar-lhe a vaquinha Lola que lá está preparada para a eventualidade, dar-lhe o soro para roer, cantar, dançar, saltar e sei lá mais o quê... No domingo passado, deixei o B. dormir e entretive-a. No acto de mudar a fralda, deixei o boião da pasta de zinco (para pôr numa pequena borbulha do trilhar da fralda que tinha no rabiosque) aberto. No meio dos Não! gorados e das vezes infinitas a virá-la, ela acabou por conseguir ficar de gatas enquanto eu lhe apertava o body. Mas... O boião tinha ficado aberto e a M. sem eu dar conta tinha enfiado a mão toda lá dentro. Era pasta de zinco por todo o lado e dentro da boca. Este creme é excelente, mas tem um grande senão: não sai com água. Eu esqueci-me desse pormenor e segui para a torneira para lhe lavar a mão e a cara. Pior a emenda do que o soneto! A mão dela ficou com pasta ainda mais bem espalhada do que já estava e a minha juntou-se à festa. Agarrei numa toalha e tentei limpar-lhe aquilo tudo. Mas ela não estava pelos ajustes. Pois então aquilo era tão cremoso e agradável ao toque porque raio haveria ela de me deixar tirar aquilo?! Torceu-se, refilou e levou a mão à boca sei lá mais quantas vezes. Estive que tempos a limpar-lhe a língua e o céu da boca com compressas secas, a tentar perceber se ela tinha ingerido muito daquilo por causa das intoxicações. O B. acabou por não dormir com aquela guerra toda, ela ficou com aversão a compressas na boca e ainda hoje sempre que vê o raio do boião começa a logo a tentar alcançá-lo com a mão. E o pior é que já conseguiu mais uma vez, só não chegou foi a tempo de levar a mão à boca - fui mais expedita!...
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Botão do volume avariado
Palra, palra, palra. Sons de variadíssimas formas. Só há uma coisa que não muda: o volume. Chegamos a não nos conseguirmos entender muito bem, nós os adultos cá de casa. Mas quando há silêncio, já estranho...
Ler-lhe livros
Já está mais fácil. Dizem os entendidos que se deve ler aos bebés desde sempre, sendo que a a unanimidade das opiniões defende que partir dos 6 meses permite posteriormente uma maior facilidade em adquirir vocabulário. Como eu adoro ler e o B. também não, ambos fruto da educação que tivemos, e acho a leitura o nosso melhor instrumento para sonhar, imaginar e compreender, enquanto assimilamos todo um conjunto de informação indispensável de alguma forma para o nosso ser, esta é uma das minhas preocupações genuínas - incutir-lhe o prazer pela leitura, abrir-lhe fronteiras para mais tarde ela descobrir sozinha o mundo maravilhoso que é um livro. Dizem também os entendidos que para os recém-nascidos é indiferente o que se lê. É importante sim a torrente de palavras diferentes que eles ouvem e o assimilarem visualmente o acto de ler, por isso, até o jornal ou uma receita de culinária serve. A primeira vez que tentei foi com uma revista da sogra em Quiaios. Tinha a M. 6 meses... Em micro-segundos, a revista ficou desfeita em picadinho e o casamento da herdeira de Cadaval foi para o galheiro... Chegada a casa, tentei com livros próprios - de pano. Os sopapos que deu no livro foram tais que não consegui sequer ver as imagens quanto mais as letras. O livro acabou por voar, tal a violência. Hoje em dia, já se consegue. Comprei uns de pano, outros de plástico e ainda uns de cartão grosso. Comigo o que resulta melhor é o de plástico, da Baby Einstein, com o leãozinho e as coisas que flutuam. Nas primeiras 3 páginas fica sossegada, a última já tem de ser invariavelmente alternada várias vezes com as anteriores. Sei que a ama lhe dê durante o dia a história do Capuchinho Vermelho, especialmente para a acalmar, antes da hora da sesta. Positivo. Nunca lhe dei essa orientação...
Menina dos seus olhos
"Deixa a menina!" e "Minha rica menina!..." são as frases que mais me vêm à ideia quando penso no que sai da boca do B. quando me fala dela...
Unhas
Crescem a uma velocidade parva. Ainda por cima a M. não gosta de as cortar porque isso implica estar sossegada mais do que 2 segundos. Hoje em dia, tem de estar a dormir ou então aproveito de manhã, depois de mamar, porque, por uns breves minutos, ainda está a funcionar a meio gás. Não é fácil e por vezes chego a cortar metade num dia e a outra noutro. Ainda por cima, não as posso cortar à frente do B. Faz-lhe tal impressão que nem as dele consegue cortar - rói quando ninguém o está a ver... Começa logo com o "Pára com isso! Pára com isso!", o "Deixa a menina!" e o "Esssss!" arrepiado de quem está impressionado. Não há pachorra!
Cucu!
Uma das suas brincadeiras preferidas: atiro a Lola para a cara a tapar os olhos e depois de perguntar duas ou três vezes onde está a M. puxo de repente e faço Cucu! Ela farta-se de rir. Agora, quando lhe tapo a cara, seja com o que for, ela deixa ficar, mesmo que ponha mão a segurar. Fica literalmente à espera que eu puxe o boneco para o famigerado Cucu! Quando o boneco cai mal e não tapa bem a cara, vêem-se uns olhinhos brilhantes e sorridentes e uma boca semi-aberta, a rir-se por antecipação do que aí vem...
Dá beijinhos
É o novo truque da M. Quando pedimos, quase sempre, abre a boca, encosta na nossa bochecha e deita a língua de fora. Ficamos lambuzados, mas inchados...
Quando nos beijamos
Já não faz cenas de ciúmes, ou melhor, não são tão perceptíveis. Olha para nós com ar malandro e começa-se a rir. Se estiver ao colo de um de nós, a reacção é bem mais sugestiva. Com o mesmo ar malandro, de quem sabe que vai fazer das suas, solta um ahhhhhh! fininho e agudo, enquanto aproxima a cara para junto da nossa (sobretudo do pai), como quem diz "deixa-te disso e dá-me mas é a mim"... Raio da miúda que parece que já sabe mais do que a sua conta! =)
Maus exemplos
O meu pai esteve cá e mais uma vez conseguimos a façanha de ficar de costas viradas. Discutimos, lavámos roupa suja e acusámos-nos. Lamentável. Mas mais ainda porque não soubemos respeitar a minha filha, já que não soubemos respeitar-nos mutuamente. A discussão, os gritos e o choro foram à sua frente e, no final, fiquei sozinha com ela a não conseguir engolir o choro para dentro. À noite, a M. estava eléctrica, impressionada e foi um castigo adormecer. Prometi a mim mesma não repetir. A custo, dois dias a seguir, exigi e acabei por me recusar a responder, apenas e exclusivamente para não entrar no ciclo vicioso do jogo das acusações e daí saltar os poucos metros para os gritos. Tenho mesmo de aprender...
Brincar com a água
Deixamos. Abrimos a torneira e pomos-lhe as mãos debaixo de água, que ela passa e repassa de um lado para o outro, enquanto a seguramos pelo tronco. Está naquela brincadeira até lhe cortarmos o curso de água que tanto a satisfaz. No outro dia, o B. experimentou outra forma: antes do banho, já só de fralda, sentou-a no rebordo do lavatório e pôs-lhe os pés debaixo de água corrente. Foi vê-la encharcada e feliz, concentrnaod-se ora em molhar as mãos, ora em dar às pernas, com o bónus de poder ver o seu reflexo no espelho, outra coisa que ela adora.
Bem mandada
Depois de comer, é suposto limpar-lhe a boca e os dentes. Vou buscar uma compressa molhada e peço-lhe a boca. Ela fecha-a bem fechada e estica a cabeça. Depois pergunto-lhe pelos dentinhos e ela abre prontamente a boca para eu os esfregar, repetindo a proeza uma outra vez, sem se aborrecer. Linda menina!
Resistência
Resiste como gente grande ao sono: atira a chucha, a vaquinha Lola voa, faz de índia, levanta a mão para dar mais cinco, esfrega incessantemente o olho, põe-se de pé na cama até já não se conseguir arrastar... Ontem foram duas horas disto. E depois parece de propósito: os dias em que o pai não está são piores. De vez em quando, o B. tenta o truque do BabyTV - costuma acalmar e parece que hipnotiza. O canal tem músicas boas e programas giros e didácticos, apesar de em inglês. Às vezes acaba por adormecer a custo com aquilo, mas habituar a minha filha a adormecer em frente à televisão, na cadeira de comer, não é sistema... Penso que tenho de ganhar coragem e deixá-la chorar outra vez uns dias até aprender, mas depois lembro-me das amigas Joana e Palmira que adoptaram o sistema contrário, do mimo e do colo, e não é por isso que o Francisco é terrorista aos 2 anos, nem o Quim é mimado aos 20. Que fazer?
Encontrei uma explicação... EM CONSTANTE MOVIMENTO Os bebés de nove meses estão sempre a mover-se. Ponha um bebé de nove meses em frente a uma cadeira virada ou a um carro e em pouco tempo estará encantado empurrando-o por todos os lados. A motivação para pôr-se de pé e mover-se para a frente é forte. Mas, atenção: quando os bebés experimentam mudanças rápidas no seu desenvolvimento motor, muitas vezes retrocedem nas áreas do sono e de habilidades anteriores nessas áreas. Muitos pais estreantes receiam que os seus filhos não recuperem as habilidades anteriores nessas áreas. Portanto, nesta etapa do desenvolvimento, o seu bebé pode parecer desorganizado por que está a esforçar-se por adquirir muitas habilidades novas.
Não! Não! Não!
Acabou-se a fase de ouro da sua vida e começou a da aprendizagem do cumprimento de ordens. O não já é utilizado cá em casa e cada vez mais. E à conta disso, vamos-nos apercebendo da teimosia que se vai começando a revelar. A M. já percebe bem o conceito do Não. Já por várias vezes que ouve a palavrinha maldita e pára. Depois usa uma técnica quase infalível senão estivermos prevenidos. Ao ouvir o "Não!" pára, olha para nós e após uns segundos que parecem de reflexão, sorri com uns "Hum!" engraçados à mistura. Faço um esforço quase sobre-humano para não me desmanchar ali mesmo e continuar a apregoar o meu "Não!". Se não resulta, chega a gatinhar na nossa direcção o suficiente para não se desviar da sua trajectória inicial e para nos fazer cair num sorriso desarmado. Se nada disso resulta, desiste e segue caminho para outra aventura. Óptimo, dirão vocês, têm uma filha excelente. Hum-hum... Não se deixem enganar. Só funciona assim quando lhe convém. Isto de perceber o "Não!" é só quando lhe interessa, caso contrário parece surda ou nós passamos por paredes mudas e caladas. Ontem, deixei-a brincar com uma revista velha. Rasgou, abanou, destruiu, feliz da vida. Deixei até ao momento em que quis comer papel. Disse-lhe que não e nada. Tirei-lho da boca e nada. Tirei-lho da mão e... voltou à carga. Estivemos nisto bastante tempo. Sempre que ela o levava à boca, eu tirava-lho, dizia que não e punha ao lado, tentando depois distraí-la com outra coisa (dizem os especialistas que esta idade deve ser ensinada, dando alternativas). A M. ignorava e num frenesim, tentava chegar ao papel para o pôr na boca. A certa altura, tirei tudo do seu alcance e pus em cima da mesa com um não mais zangado. Chorou como gente grande. Levantou-se, agarrou-se a mim e deitou a frustração cá para fora. Fui-lhe dizendo que já tinha passado, que NÃO podia ser e dando miminhos ao mesmo tempo. Depois de alguma insistência em me demonstrar o seu descontentamento, achei que já estava pronta para outra e comecei a brincar com o ginásio. Riu-se, mas depois lembrou-se porque estava chateada e continuou a chorar. Só ao fim de algumas tentativas de distração é que lhe passou. Feitiozinho torto, o que se avizinha!...
Dá cá mais cinco
Um dia cheguei a casa e a ama, como sempre, fez uma demonstração do novo truque da nossa pipoca. Desta feita, tinha-lhe ensinado o gesto do "Give me 5!", só que com a expressão "Men!". Tal e qual. A lúcia dizia "Men!" e a M. levantava a mão para que aquela lhe encostasse a sua. Depois de se ter ido embora, fui treinando com a M., mas agora com o "dá cá mais 5!" porque não vou na onda dessas linguagens modernas. Em pouquíssimo tempo tinha a lição estudada. Gostou tanto da brincadeira, que agora, mesmo sem lhe pedir, estende a mão, quando não são as duas, para que nós lhe digamos "5!" enquanto encostamos a nossa mão à dela. É de tal maneira, que já parece da juventude hitleriana: qualquer coisa, levanta a mão. Quando está a comer, quando está no carrinho em passeio, quando está na cama a tentar não adormecer e até quando conhece alguém. Se por acaso uma pessoa lhe sorri na rua e se mete com ela, ela vai e puxa do braço para cima. Depois tenho de explicar o porquê e acabar eu o truque, senão fica desiludida. E esta, hein?!
Deitar para o chão
Já chegou a esta fase... Agita os braços com alguma coisa na mão e... atira para o chão. Depois, com um ar muito interessado, inclina-se toda para olhar e ver a dita, como se estivesse a praticar lançamento de peso e estivesse a medir a distância conseguida daquela vez. Não fosse aquele ar, não tinha piadinha nenhuma. Ainda por cima, a maioria das vezes fá-lo da cadeira de comer, que está encostada ao sofá. Julgam que atira para o nosso lado? Nãããããoooooo... É sempre para o outro lado , para nos obrigar a levantar do sofá e fazer exercício (amiga, não?). Faz isto eu sei lá quantas vezes. Mentira. Até sei. Faz as vezes que nós nos predispusermos a apanhar o desgraçado do boneco ou a chucha e a dar-lho uma e outra vez... Uma vez, fartei-me e sentei-me no chão, ao lado da cadeirinha. Assim, era só apanhar do chão e atirar para cima sem ter de me baixar vezes infindas (aprendi no Baby Blues...). O B. nem queria acreditar...
Piscina
Na quinta da tia velha, como lhe chama carinhosamente o B., também há uma piscina. Levei as Little swimmers e estávamos todos desejosos de ver a estreia da M. dentro de água à séria. Para evitar sonecas prolongadas a meio da tarde e digestões por fazer, besuntei-a de creme protector e antes do seu almoço vesti-lhe a dita fralda e o pai cumpriu o seu dever de voluntário: levá-la para dentro de água. Nós não tínhamos dúvidas nenhumas de que ela ia adorar - a banheira é uma perdição e o mar não mete medo, nem frio. Parou tudo lá em casa. Ninguém nadou, ninguém cozinhou, e quando já não faltava ninguém dos convidados para a almoçarada de volta da piscina, o B. teve ordem de entrada. Confirmaram-se as nossas suspeitas: AMOU. Ria-se, olhava para nós à vez, cheia até cá cima de felicidade, dava às pernas e aos braços, eu sei lá. A Z. arranjou uma bóia amarela das netas e então foi a loucura. O B. pôs-lhe a mão nas pernas e deixou-a fazer força com o tronco. Resumindo, ainda foi três vezes com a cabeça à frente e engoliu três pirolitos. Julgam que se atrapalhou? Nada! Cuspiu a água, fez aqueles sons típicos de quem bebeu à força e continuou a dar a dar às pernas e aos braços. Quando foi a minha vez, confesso que não me aventurei tanto e pus-lhe a mão debaixo do peito, para não tentar a sorte... Saiu quando já estava gelada, coisa que não a incomodou nada, aliás. Para a tirar foi um caso sério: chorou, fez beicinho e queria mais. Durante a hora seguinte não se podia estar junto da piscina senão ela chorava. À conta disso, à tarde, já eram 6h e tinha levantado algum vento, mas não tivemos coragem de não a levar outra vez. Chapinhou outro tanto e depois foi para a banheira de água quente. Definitivamente, em Outubro, vai para a natação para bebés.
Animais
Fomos passar o sábado à quinta da tia Z., em Salvaterra de Magos. Lá, têm um gato, o Miau (nome sugestivo, não?), uma cadela, a Dandy, e uma cabrinha. É uma família que adora animais e os trata quase como gente. Para perceberem, o gato parece um cão: quando a dona o manda rebolar, ele efectivamente rebola!!! A Dandy é uma mimada, muito, muito meiguinha e, sobretudo, muito obediente (J., faz-me lembrar um misto de Tiga e Cookie, com os exageros das duas). Com 15 anos, está velhinha e já não parece a mesma de há 8 anos atrás, quando a conheci, tendo inclusive medo de subir escadas. A M. já tinha visto mais vezes cães e reagiu como boa filha de seus pais - amou. Fica excitada quando vê animais, sobretudo cães. Ao ver o Miau começou a dar às pernas e a querer ir para o chão. Ao princípio ainda teve sorte e fez-lhe umas festas de fugida no dorso, mas depois aquele gato preto lindo pôs-se a milhas, não fosse o diabo tecê-las. A seguir, viu a Dandy... Ficou doida. Franzia o nariz, soprava e fazia força para ir para o chão, com um sorriso gigante naquela carinha. A Dandy deixou-se ficar sentada, muito sossegada, enquanto o B. segurava na M. e ajudava com a mão a fazer festinhas. Mas aquela excitação toda era demais para a velhota, por isso acabou por se desviar. A M. ficou no chão e vai de gatinhar na sua direcção. A partir daí, parecia que estavam a brincar ao gato e rato. A Dandy desviava-se uns metros e sentava-se um pouco mais à frente. A M. gatinhava na sua direcção com imensa excitação. Quando estava quase a chegar ao pé dela, a cadela voltava a levantar-se e avançava só mais um bocadinho. A M. sentava-se, olhava fixamente para ela e depois seguia caminho atrás dela, a rir-se, cheia de satisfação. Ainda conseguiu fazer-lhe mais umas festas, mas com a nossa ajuda, porque a nossa amiga, por ter tantos anos, já tem medo destas aventuras. À noite, estava a M. na cadeirinha na cozinha junto da comida dos animais, quando aquela apareceu para comer. Como se chegou para junto da M., esta literalmente olhou para mim e deu inúmeras gargalhadas à séria, alternando o olhar entre a cadela e eu, como se estivesse um palhaço a fazer-lhe cócegas na barriga... Foi um fartote! Ainda bem que sai a nós e não tem medo - costuma-se dizer que gostar ou não de animais diz muito de uma pessoa e eu, sagitariana de gema, acredito piamente nisso.
Dançar com o pai
Com os anos de experiência nos bailaricos de aldeia e os ensinamentos da mãe, muito jeitosa por sinal, o B. é um bailarino nato. Por vezes agarra em mim e desata a dançar pela casa, mostrando-me bem a minha falta de jeito apesar dos meus anos de ballet (é inacreditável como uma personalidade impede uns passos de quem flutua - não tivesse eu a mania de controlar tudo, sobretudo o que me diz respeito, e nada disso acontecia!...). Agora, também a filha já entra na dança. Pega nela ao colo, dá-lhe a mão e vai dançando enquanto canta - valsa, pop e até danças populares. A M. deixa-se levar com cara de agrado, deixando a sua pequena mãozinha dentro daquela mão grande e quente do pai. Quando o B. pára, dando o mote para o fim da brincadeira, ela não desarma: sem grandes conversas, levanta a mão e fica muito direita, de braço esticado à espera de mais. Só ao fim de várias danças é que começa a rir e a divertir-se - até lá, parece que está apreciar a fluidez daquele gigante de quem ela tanto gosta.
Negou-se a comer
Tinha de haver uma primeira vez! Ao jantar, depois da sopa, com um ar maroto, sorriu, fechou a boca, e sem mais, não quis comer mais nada. Insistimos um pouco, até que se percebeu que não queria mesmo. Achei que seria do novo regime alimentar - está a mamar às 8h, come qualquer coisa a meio da manhã, almoça às 12h30 e come a papa às 15h30. Como é suposto começar a habituar-se aos nossos horários e a sentar-se à nossa mesa, tem de aguentar até às 19h30-20h, por isso, damos-lhe qualquer coisa outra vez a meio da tarde. Nesse dia, tinham sido bolachas Maria, que ela adooora. No dia seguinte, aconteceu outra vez o mesmo. Sem ai, nem ui, fechou a boca a sorrir e negou-se a comer a fruta. Ficámos com a quase certeza que era do snack das 6h, por isso, no dia a seguir não lho dei. Esperou 4h30 para comer e... Repetiu! A sopa marchou como sempre - lindamente - e a banana não, fruta que se tentava dar pelo 3º dia consecutivo sem sucesso. Foi então que o pai percebeu: banana! Não gosta de banana. Não é falta de fome, mas sim o apurar do paladar, que é próprio por esta altura. O B. foi buscar um boião de fruta, e este marchou todo. Raio de coisa para não gostar!...
9 meses
Percentil 50 com 8700 kg e 69 cm. Parece que normalizou e encontrou o seu patamar. Truques que conhece: dá miminhos a pedido, tira e põe a chucha quando quer, seduz qualquer um com uma estratégia muito sua, gatinha pela casa toda, põe-se de pé sozinha, domina a pinça com os dedos, dança à sua maneira e já começa a controlar alguns dos truques da mesa de actividades, como o virar das asas da borboleta ou andar à roda com as abelhas. São as mais importantes, que enumerei à pediatra, que assentiu com um ar entendido, sem mais perguntas. Já passou à fase seguinte da dieta alimentar: introdução das restantes carnes e do peixe, com excepção dos gordos. O borrego, a vitela e a pescada estão aprovados pela crítica para já. Para mim só tem um defeito: está a crescer a olhos vistos e a deixar a primeira infância a correr... Nem imagino as saudades que vou ter desta bebé tão querida e amorosa, que com certeza se irá tornar numa criança de iguais características.
Dançar
A tia comprou-lhe na Chicco uma mesa de actividades fabulosa (recomendo vivamente), que tem duas funções: música e ABC. Conforme se liga o botão para uma ou para a outra obtém-se excelentes resultados. A primeira é evidente, toca "n" músicas diferentes, a segunda tem os números de 1 a 10 e o abecedário cantados. Para além disso, tem 20 primeiras palavras, uma série de sons diferentes conforme se rega a flor, se dá a maçã à lagarta, se vira as asas da borboleta ou se carrega nos botões dos três animais ao centro. Assim que chegámos a casa, ligou-se a dita e sentei a M. à sua frente. Aquilo começou a tocar e a minha filha começou a abanar o tronco para a frente e para trás toda contente. Depois, com o entusiasmo, pôs-se de gatas e começou a dar ao rabo também. Fez as delícias de todos nós e conseguiu pôr-nos aos três a abanar o capacete da mesma forma para a incentivar. Deve ter sido um filme giro de ver...
1ª carolada
A primeira que me doeu a mim, porque já muitas outras se antecederam a esta. Estava a gatinhar, atrapalhou-se com o edredão da avó, caiu para a frente e, pimba! Afocinhou e fez bonc! com a testa no chão. O colo de consolo que lhe dei a seguir serviu para as duas e depois o pai precisou do mesmo remédio. Somos mesmo maçaricos!...
Em pé
É a sua nova posição preferida. Está nisto tempos infindos: levanta-se, agarra-se ao sofá e ali fica cheia de felicidade por ter descoberto uma nova perspectiva das coisas - mais alta. Por vezes, acaba por cair sentada, mas a fralda ajuda a amortecer, por vezes, cuidadosamente olha para baixo e tenta chegar ao chão devagarinho.
Nojentos
Eramos. O tempo usado está correcto. Antes certas coisas eram impensáveis. Agora? Ele é mudar fraldas que deitaram por fora até ao pescoço sem grandes caretas, ele é lamber os dedos sujos de comida já lambuzada, ele é achar graça à cara toda lambuzada, não interessa de quê desde que seja consequência de um miminho, e ele é até apanhar bolinhas secas de coco que escaparam para fora da fralda. Tanta evolução da sociedade e dos seus parâmetros e exigências éticos e estéticos, para depois uma pessoa se tornar pai e dar nisto... =)
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Às cavalitas
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Vai ser alpinista
Gatinha por todo o lado. Se ficar sozinha por momentos, lá se começa a ouvir ao longe as mãos a baterem no chão na nossa direcção até aparecer uma cara risonha de boneco na boca à porta da divisão onde estivermos. Agora, já se quer levantar e tentar andar. A sua diversão no fim-de-semana de 8 de Agosto foi pedir-nos ajuda para se levantar, olhando-nos fixamente e fazendo força com os pés, para, apoiada em nós, dar passos de gigante para a frente. É uma exagerada! É cada passo que nem dá para acreditar. Depois, caminhava em direcção a qualquer tipo de obstáculo e chegada lá, punha o pé para cima, apoiava nalguma saliência e seguia em frente até trepar tudo até ao cimo. Foi assim com o sofá e com o móvel da sala, os únicos móveis a que tinha acesso directo. Trepava por ali acima quase na vertical, segura por nós, e chegada ao cimo esticava-se toda, com um ar de vitória, como que a pôr a bandeira na sua nova conquista. Se calhar sai a mim - com 15 anos o meu entretém nas férias de verão em Viseu era trepar aos holofotes do estádio do Fontelo, na altura sem guarda nenhuma, e ficar lá em cima ao pé dos passarinhos a ver as pessoas pequeninas, pequeninas a passar lá em baixo, embalada pelo vento que ia abanando a estrutura. Uma coisa é certa: ao pai não sai porque este sofre de vertigens...
Sábados
Parece de propósito! Todos os dias acorda por volta das 8h da manhã, quando não é preciso tirá-la da cama a dormir (cada vez menos é preciso isso pois o seu pequenino cérebro já organizou o seu despertador para aquela hora). Mas... Ao sábado, dia em que podemos dormir até mais tarde, a madame acha giro acordar entre as 7h e as 7h30!... Ainda por cima, quando conto isto a alguém, tudo me vem com a mesma teoria: é assim mesmo, a gente miúda sabe quando é sábado e nesse dia faz questão de acordar mais cedo. Eu não era assim! Eu chorava ao domingo de manhã porque quando acordava, lá para as 11h, já tinham dado os desenhos animados que eu queria ver... Mais valia!...
Pinça
Já a domina quase a 100%, já lá vão umas 3 semanas. Se vê alguma coisa no chão, especialmente aquilo que não interessa nada que ela detecte, dirige-se rapidamente para ela a gatinhar (já quase parece a Vanessa Fernandes!), senta-se ao lado e com um ar concentradíssimo estica o indicador e o polegar e toca de apanhar. Já só falta a parte do a seguir: segurar depois de agarrar. É gratificante vê-la evoluir desta forma - "dentro do prazo" como dizia uma amiga.
Gemidos a comer
Enquanto come faz força com os pés para se levantar, dá aos braços e aos dedos das mãos e geme. Uns sons engraçados, de quem está a saborear a comida com uma satisfação plena e a dizer-nos que está a gostar. É engraçado.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
De que árvore caímos
Nogueira (a paixão) - 24/10 a 11/11- Implacável, é uma pessoa
estranha e cheia de contrastes, de reacções inesperadas, sendo agressiva quando necessário. Tem uma ambição sem limites e é pouco flexível, não se comprometendo quando não conhece. Não é egoísta, é amorosa, nobre, de horizontes amplos e espontânea. É uma companhia pouco comum, que nem sempre agrada, mas é admirável, com um génio estratégico, muito zelosa e apaixonada.
Figueira (a sensibilidade) - 12/12 a 21/12 - Um pouco volátil socialmente, gosta de ociosidade e da preguiça. Muito forte, é uma pessoa voluntariosa, independente, que não permite as contradicções ou discussões, ama a vida, a sua família, as crianças e os animais. Tem sentido de humor, é tímida, mas um pouco extrovertida. Tem um talento prático e inteligência. Pessoa muito sensual e atractiva ao sexo oposto, geralmente com umas costas de grande elegância e porte.
A do pai
Freixo (a ambição) - 25/05 a 13/06 - É impulsivo, ambicioso e exigente, não se importando com as críticas. Pode ser egoísta. É inteligente e cheio de talentos. Gosta de jogar com o destino. É excepcionalmente atractivo, vigoroso e impulsivo. É digno de confiança, sendo um amante fiel e prudente, assumindo as suas relações muito seriamente, apesar de deixar por vezes o cérebro controlar o coração.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Há dias assim!
A M. aprendeu dois novos truques este fim-de-semana: dar turrinhas e miminhos. É só pedir e ela com um ar espertalhaço e de quem sabe o que vai fazer, chega-se a nós - ou com a testa ou com o corpo todo. Sabe tão bem!!! Ontem, o B. pediu-lhe várias vezes as duas coisas alternadamente e ela não se enganou vez nenhuma. Depois, brincou às escondidas com ela: abraçava-a por forma a que não me visse, eu perguntava por ela, ele largava-a para ela espreitar e sorrir-me. Ao fim de uns tempos naquilo, vendo a filha a fazer aqueles truques todos tão bem, o B. virou-se para mim e comentou "há dias que ela parece mais inteligente do que outros, não achas?"...
Transpira
Imenso! Pés inclusive. Em minutos fica com a testa e o cocuruto da cabeça perlados de gotículas de suor. É uma chatice! Então a mamar à noite, fica alagada, ao ponto de escorrerem-me pelo braço gotinhas do seu suor. Não há vez que não vá para cama com a roupa molhada, nem vez que não saia do carro encharcada por causa do calor que tem com o ovo. Podias ter ido buscar coisa melhor ao teu avô A....
Para não ficar augada...
Espanto-me ainda hoje com a data de crendices do antigamente que perduraram, apesar desta nossa sociedade supostamente avançada. Com o crescer da M. vão-me ensinando as correspondentes. É a mãe que não pode pôr o dedo na boca da criança para ver se o dente está a nascer, senão já não cresce. É a criança que não pode passar por entre as nossas pernas porque senão dá azar... E agora a criança não pode ficar "augada" com a comida quando demonstra que quer provar, senão não medra... É... A M. é pouco comilona... Não pode ver nada. Seja o que for, começa a chegar-se, olhando fixamente, como uma ave de rapina pronta para atacar, e a demonstrar com o corpo e a respiração que quer provar. Pão, iogurtes, papa, sopa, fruta e bolachas são um verdadeiro desespero - já conhece, por isso SABE que quer. O resto, é por instinto. Se nós levamos à boca, então deve ser bom, não interessa o quê. Na semana passada foi gelado. Fomos tomar café com a minha tia e tanto ela como eu comemos um Magnum. A M., ao colo do pai, ia balançando violentamente as pernas, enquanto atirava o corpo para a frente e fazia de burrinha velha. De tal maneira, que incomodou. A minha tia escondeu-se atrás do cortinado a comer à pressa o seu gelado e eu, por entre gargalhadas, devorei o meu também. Não teve gracinha nenhuma pois adoro saborear a comida. Gelados então... O pai já não sabia o que fazer mais e foi-se esconder com ela para o corredor, mas... Sempre com a teoria do augar a pairar no ar. Às tantas, já eram os dois a implicar comigo para lhe dar a provar um bocadinho, senão a "menina ainda fica augada"! É... Acabei por ceder, não por isso, mas por achar aquilo uma verdadeira tortura. Encostei o gelado à boca dela e molhei-lhe os lábios - só visto, contado ninguém acredita! Provou com a língua e parecia que os olhos iam saltar das suas órbitas! Abanava-se toda, respirava francamente com força e não largava do seu campo de visão o meu gelado. Provou mais duas vezes e depois engoli-o para acabar com aquilo. Não é que já tenho de comer às escondidas da madame?!
De bruços
A resistência ao sono é tal que normalmente adormece de bruços. Por vezes, canso-a no sofá. Deito-me ao longo daquele para ela não cair e deixo-a à vontade - faz sei lá quantas piscinas para trás e para a frente como se estivesse a treinar para o arrastanço olímpico. Na cama senta-se, afocinha, senta-se, afocinha, abana a cabeça ferozmente, esfrega o olho violentamente, refila, arrasta-se até à outra ponta da cama, tenta sentar-se, já só consegue levantar o rabo, volta a fazer mais um esforço, e... acaba por ficar assim, de bruços, derreada com todo aquele esforço inglório para não adormecer. Ontem, adormeceu de joelhos, com a cabeça enfiada no protector da cama... Depois, só temos de ir lá ajeitá-la e fazer-lhe uma festa na cabeça para deitar um último suspiro cá para fora e deixar-se ficar até de manhã, nada serenamente, pois a agitação durante o sono é mais do que muita. É que nem a dormir pára quieta!!!


