quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Animais

Fomos passar o sábado à quinta da tia Z., em Salvaterra de Magos. Lá, têm um gato, o Miau (nome sugestivo, não?), uma cadela, a Dandy, e uma cabrinha. É uma família que adora animais e os trata quase como gente. Para perceberem, o gato parece um cão: quando a dona o manda rebolar, ele efectivamente rebola!!! A Dandy é uma mimada, muito, muito meiguinha e, sobretudo, muito obediente (J., faz-me lembrar um misto de Tiga e Cookie, com os exageros das duas). Com 15 anos, está velhinha e já não parece a mesma de há 8 anos atrás, quando a conheci, tendo inclusive medo de subir escadas. A M. já tinha visto mais vezes cães e reagiu como boa filha de seus pais - amou. Fica excitada quando vê animais, sobretudo cães. Ao ver o Miau começou a dar às pernas e a querer ir para o chão. Ao princípio ainda teve sorte e fez-lhe umas festas de fugida no dorso, mas depois aquele gato preto lindo pôs-se a milhas, não fosse o diabo tecê-las. A seguir, viu a Dandy... Ficou doida. Franzia o nariz, soprava e fazia força para ir para o chão, com um sorriso gigante naquela carinha. A Dandy deixou-se ficar sentada, muito sossegada, enquanto o B. segurava na M. e ajudava com a mão a fazer festinhas. Mas aquela excitação toda era demais para a velhota, por isso acabou por se desviar. A M. ficou no chão e vai de gatinhar na sua direcção. A partir daí, parecia que estavam a brincar ao gato e rato. A Dandy desviava-se uns metros e sentava-se um pouco mais à frente. A M. gatinhava na sua direcção com imensa excitação. Quando estava quase a chegar ao pé dela, a cadela voltava a levantar-se e avançava só mais um bocadinho. A M. sentava-se, olhava fixamente para ela e depois seguia caminho atrás dela, a rir-se, cheia de satisfação. Ainda conseguiu fazer-lhe mais umas festas, mas com a nossa ajuda, porque a nossa amiga, por ter tantos anos, já tem medo destas aventuras. À noite, estava a M. na cadeirinha na cozinha junto da comida dos animais, quando aquela apareceu para comer. Como se chegou para junto da M., esta literalmente olhou para mim e deu inúmeras gargalhadas à séria, alternando o olhar entre a cadela e eu, como se estivesse um palhaço a fazer-lhe cócegas na barriga... Foi um fartote! Ainda bem que sai a nós e não tem medo - costuma-se dizer que gostar ou não de animais diz muito de uma pessoa e eu, sagitariana de gema, acredito piamente nisso.

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