A M. descobriu a dança há pouco tempo - abana o corpo para a frente e para trás, dá às pernas, encolhendo-as com ritmo, e justifica plenamente a expressão de "abanar o capacete", parecendo que diz que não violentamente com a cabeça. Para a convencermos a entrar para o carro, sem grande luta, pomos a tocar os CD's de música infantil que arranjei e lá se senta ela na cadeirinha sem grandes refilices, a dar às pernas e sorrindo com ar entendido para nós. É de chorar a rir vê-la presa na cadeirinha, quase sem se mexer, com os ombros a subir e a descer, a cabeça a abanar e as pernas a dar a dar. Ora, o tio Pipe toca guitarra, ou melhor, arranha umas coisas. Um dia à noite, experimentou tocar-lhe uns acordes. Não é que a miúda adorou?! Abanou-se toda, deu à cabeça e já participava à sua maneira com sons divertidos. No dia seguinte, para mostrar a gracinha aos avós, que entretanto tinham chegado, o tio decidiu tocar uma espécie de rocalhada, com "Ié! Ié! Iés!"de rock&roll à mistura. Adorou! Mais ainda do que no dia anterior. Desde então, não pode ouvir uma melodia - começa logo a "dançar" sem parar, sempre com um ar de quem sabe lindamente o que está a fazer. Sairá a mim, bailarina até aos 27 (desajeitada, é certo), ou ao pai, dançarino nato, que deixa as senhoras encantadas com o seu tango?
Há 8 anos
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