Amiga de barriga, nasceu no mesmo ano da M. no meu dia de anos e é mais conhecida por Pocahontas, alcunha que lhe foi posta quase à nascença por ter tantas semelhanças com aquela personagem da Disney. As suas características: morenaça, com uma cabeleira farta, que nos seus escassos 10 meses já foi cortado três vezes, de uma alegria contagiante e muito, muito querida. Um pormenor: a sua primeira gargalhada foi dada comigo... :) As mães ficaram amigas e ainda por cima temos a sorte de sermos quase vizinhas. Juntas são do mais engraçado que há. Já se reconhecem perfeitamente e fazem sempre uma festa uma à outra. Ontem, a M. teve o privilégio de receber beijinhos e miminhos da sua amiguinha, que é uma verdadeira mimocas, na aula de ginástica, à qual também aderiu. Como disse a mãe F. e muito bem, temos de fazer por cultivar esta amizade, para que perdure e para que um dia possam partilhar de memórias conjuntas de há muitos anos. São estas amizades que geralmente ficam para sempre e que resistem até às circunstâncias da vida. Para além disso, os seus pais são pessoas que merecem o nosso respeito e confiança, e é também uma amizade que gostaria e faço questão de cultivar. Ainda bem que ainda se conseguem fazer amigos assim!...
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
A sua amiga
A Lúcia. A ama da M. é a sua grande amiga. Deixa-lhe cortar as unhas, adormece ao seu colo, diz-lhe adeus quando vai embora, está sempre de volta das suas saias lá por casa. Agora com a constipação, deixa-lhe pôr soro no nariz com uma pintarola só vista. Nem precisa de subterfúgios. É só tapar uma narina com um dedo enquanto espreme o frasco para a outra e depois repetir do outro lado. Sem choros, sem refilices, sem guerras. A última: agora, quando a vê ir embora, chora!
Pequeno-almoço na cama
Como não queria que a M. acordasse tão cedo, tinha pedido à ama para não fazer barulho quando chegou. Mas mesmo assim a M. acordou, pelo que a ama tentou uma estratégia nova. Fez o biberão e foi-lho levar à cama, onde ela estava muito sossegada de olho aberto. A M. segurou nele como já é costume e por isso a ama veio-se embora, fechando a porta atrás de si. A M. mamou tudinho, pousou o biberão e com um embalo da sua amiga, que entretanto voltou a aparecer, adormeceu outra vez até às 10h00. Desconfio que se tivesse sido eu a entrar no quarto o resultado teria sido bem diferente...
7 horas de sono
Foi o que ela dormiu na noite anterior. Durante o dia, não fez qualquer tipo de sesta. Quando cheguei a casa, estava a ama a tentar adormecê-la, mas não conseguiu. Peguei nela e fui buscar o B. ao trabalho para tentar a técnica do adormecer com o ronron do motor. Ainda dei umas voltas extra na rotunda das Olaias, mas não resultou. Foi à ginástica e os olhos de sono deram lugar à excitação normal daquelas aulas. No regresso a casa... Adormeceu e ferrou até às 21h30, hora em que chorou para jantar. Depois disso, só adormeceu à meia-noite, para acordar à 1h00 e obrigar-me a ficar no quarto com ela até à 1h50. Às 2h20 acordei outra vez, com um choro que não chegou a exigir a minha presença. Adivinhem a que horas acordou hoje de manhã? Às 8h00... Ou seja, outras 7 horas de sono... Ou seja, em 48 horas, dormiu 16. Tendo em conta que os bebés da idade dela devem fazer um amédia de 12-14 horas por dia...
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Já segura na colher
Já há muito que enquanto lhe dou a comida, ela segura numa colher para se ir habituando à ideia. Faz dela batuque, leva à boca e atira ao chão. De há uns tempos para cá que lhe vou mostrando para que serve efectivamente aquele instrumento. Ponho-lhe comida na colher, dou-lha para a mão e sem largar esta, levo-lhe a colher à boca. Esta semana experimentei ajudá-la a comer. Dou-lhe primeiro parte da refeição - a sopa (que como é mais líquida não daria bons resultados) e o princípio do segundo prato. Quando acho que ela já está meia satisfeita, a colher passa para a mão dela e começamos o treino. Sempre com a mão dela na minha, apanhamos um bocadinho de comida e levamos à boca. Depois repetimos e repetimos até acabar o prato. Com a fruta faço o mesmo. E não é que ela gosta? Devo aliás dizer que, se eu não tiver cuidado, ela come mais depressa do que se for eu a dar. Passo a vida a dizer "devagarinho, M.". Não tarda, não me deixa segurar na mão e depois vai ser uma chuva de arroz e outros produtos afins!...
Cambalhotas
Aprendeu na semana passada no The Little Gym. Abre as pernas, põe as mãos no chão e espera que nós lhe demos a volta. Para a frente e depois para trás. Como quem foi às aulas de ginástica foi o pai, eu demorei a perceber a sua intenção. Via-a na posição, mas não associava. Só depois é que me lembrei de a ter visto assim na aula. Experimentei para a frente e ela divertida, depois de aterrar, levantou as pernas a desafiou-me com os olhos. O pai chegou e explicou que a seguir era para trás (não dei conta na aula que também tinham feito assim). Depois da primeira, não quis mais nada. Foi um forrobodó vê-la para a frente e para trás, deliciada com tanta ginástica! Ah! E é mais umas das maneiras que arranjou para não adormecer - para além das outras inúmeras formas de se mexer, põe-se na cama assim vezes sem conta, à espera não sei do quê... :)
Pesadelos e esticões
Disse-me ontem a tia S. (a nossa amiga psicóloga de serviço) que esta fase é normal. Parece que os bebés com um ano começam a ter os chamados pesadelos - reproduzem imagens que absorveram durante o dia e assustam-se pois o seu pequenino cérebro ainda não consegue interpretar o que é e o que se está a passar. Já estava a tentar imaginar o que andava a fazer para que a minha filha tivesse pesadelos, mas a tia S. descansou-me. Não estou a fazer nada - as imagens que ela reproduz podem ser a cara de alguém, um carro ou mesmo um animal que ela tenha visto e assimilado como informação visual. O problema não está no tipo de imagem, mas sim no facto de visualizar coisas a dormir e não saber nem como, nem porquê, o que assusta. Para além disso, é por esta altura ou um pouco mais tarde que eles começam a sentir aqueles esticões que damos quando estamos quase a adormecer, como se o corpo se estivesse a desligar. E quando não se sabe o que isso é, também assusta. Pode ser outro dos motivos. De facto, analisando bem o choro, parece mais de medo do que outra coisa. Chega a chorar já estando ao nosso colo há um bom bocado e de olhos fechados, como se estivesse ainda meia a dormir. Ou é isso, ou é manha...
Dormiu!
Esta noite não chorou. Estava de tal forma de rastos que não deve ter tido forças para isso. Ontem, depois de uma noite de sete horas intervaladas com dois choros, dormiu meia-hora durante todo o dia. Assim, depois de muita resistência pacífica (abanava a cabeça, ria-se para nós, basicamente fez trinta por uma linha para não se render ao João Pestana), adormeceu às 21h30. Durante a noite, acordou duas vezes, mas apenas choramingou, aterrando outra vez, sem ter de me levantar. Acordou às 9h00, sem sequer ter dado conta que nós saímos. Já deu para descansar mais um bocadinho, apesar de ter acordado aquelas duas vezes.
Um dia hei-de...
... ir com a minha filha à Estufa Fria, com pão de três dias no bolso, só para delirarmos com os patos e cisnes a lutar pelo sustento com os peixinhos vermelhos, tal como me levaram a mim em pequena. E talvez comprar doces na velhinha do meu imaginário que por lá parava se ela ainda lá estiver...
De olhos postos no ar
É como a M. passa a vida quando anda na rua. Topa pássaros bem lá no alto e aponta, aponta, aponta com os seus gritinhos divertidos a fazer de banda sonora. Pombas então são motivo de muita alegria. Até parece que já leu o Fernão Capelo Gaivota. Depois, quando levantam voo, põe aquela cara que tão bem faz, de mãozinha levantada, com a palma da mão para fora, e um "ahhhh!", no mesmo tom que eu uso para o meu "não haaaá!!!!". Até já nos põe a nós a correr atrás delas, com ela ao colo, para as ver fugir... É um excelente relembrar do meu imaginário. :)
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Mais uma palavra
Desta feita, foi porque o pai a tentou demover de levar algo à boca - "não comas isso! É caca!". Agora, passa a vida a repeti-la, super-divertida e com voz de caso.
É mesmo uma fase...
Depois daquele biberão à meia-noite, acordámos às 4h00. O chá e o colo do pai calaram-na ao fim de uma hora... Às 7h30 estava a pé... Na noite seguinte, repetiu-se a cena: cerca de 3 horas depois de adormecer, senta-se na cama a chorar e só se cala connosco ao fim de um bom bocado. Eram 2h30, por isso, o B. optou por não lhe dar o leite - um pouco de chá apenas. Acordei às 6h00 para lhe dar o biberão e pô-la novamente na cama. Achei que ia dormir até mais tarde, mas não às 7h15 estava outra vez a chorar... Minutos antes de tocar o despertador... Queremos dormir!!! Vou fazer um piquete à porta do seu quarto! Vou fazer greve de mimos! Vou-lhe racionar a comida! Agora a sério... Quando é que isto acaba?... Quem és tu e o que fizeste à minha doce filha que adormecia às 21h00 e acordava de manhã bem-disposta? :´(
domingo, 26 de outubro de 2008
Falai no mal!!!
Bolas! Esta noite já começou a dança. Estava eu a escrever o último post e ouvi-a a chorar no quarto. Fui lá e tentei acalmá-la na cama. Não consegui, o choro era igual ao da noite passada. Tirei-a da cama e, com ela ao colo, fui-lhe falando baixinho, mas não consegui acalmá-la. Como eu hoje ainda estava acordada, percebi que o choro, nada normal, que parece de medo ou de incómodo, foi todo ele de olhos fechados e com tentativas de adormecer pelo meio. Acabei por lhe dar o biberão de leite, na esperança (pequena, devo dizer) que fosse fome. Para mim, são pesadelos ou então a constipação que não deixa dormir em condições. Veremos o resto da noite. Amanhã vos direi. E com isto me vou, tentar dormir menos aos solavancos... Até amanhã!
sábado, 25 de outubro de 2008
Más noites
Gabei-a tanto! Vangloriei-me perante tantos pais que se queixavam por não dormir noites inteiras!... A M. já não dorme seguido. Por volta da meia-noite e meia, normalmente quando já estou quase, quase a adormecer, chora por causa da chucha. Por vezes, encontra-a e volta a deitar-se sozinha, por vezes também não. Depois, é conforme. Esta noite acordou às 2h30 a chorar e tive de me levantar para a acalmar. Tirei-a da cama, embalei-a um bocadinho e acabou por se ficar outra vez. Às 3h30, voltámos ao mesmo, mas desta vez sem conseguirmos acalmá-la. De tal modo, que tive de me levantar também, pois o B. já não sabia o que fazer. Depois de um biberão de chá, sentei-me com ela no sofá, ainda a chorar, e ali ficámos meia-hora, com ela enroscada em mim até quase adormecer. Quando estava no quase, quase, chorou outra vez e deixou cair a chucha. Levei-a para o quarto e deitei-a, afagando-lhe a cabeça. Acabou por dormir. Adivinhem a que horas acordou? 7h15!!! Fome não é, com certeza, tendo em conta o que ela come antes de dormir e o facto de não repetir estes episódios todos os dias, que são sempre a horas diferentes. Dor? O B. tem a teoria de que são muitos gases - ela de facto acaba por se aliviar bastante quando pegamos nela, mas acho um pouco rebuscada para razão. Medo? Do quê? Manha? Não a levo para a nossa cama e só a tiro da sua nos dias em que não consegue acalmar. Para além disso, ela própria me pede para se deitar em pouco tempo. Mas que se passa?! Queremos dormir!!!
Constipou-se
É a primeira deste Inverno. E acho que foi o avô que lha pegou (trouxe uma carraspana de todo o tamanho da China). Ou foi isso, ou foi ontem à noite ao sair do carro sem casaco para entrar no prédio. Nada de especial, só umas ranhocas e uns espirros. pelo menos para já...
Voz grossa
A M. não gosta de mudar a fralda como, imagino, todos os bebés da sua idade, salvo raras excepções. Hoje, o B. tentou uma técnica diferente para a demover das suas tentativas de imitação de enguia. Pôs cara séria e engrossou a voz, dizendo num tom firme para estar quieta. Ela ficou muito séria a olhar para ele, sem saber de onde tinha vindo aquilo. Resultou. Já da minha parte, não chego lá - já tentei e ela basicamente ignora-me (já não me tem respeito nenhum...). Mas... Aquela carinha séria e sem se mexer, derreteu-o num instante. Em minutos, mudou o timbre para um mais suave e a fazer um esforço para não destruir totalmente o efeito obtido, ainda disse "não pode ser, não, não", enquanto lhe dava um beijinho na barriga. Ela esboçou logo um sorriso, mas vá lá, aguentou-se o tempo suficiente para pôr uma fralda limpa. Já o vestir foi em pé, como de costume, a tentar sair dali.
Vai ser bonito, vai!...
Ontem, fomos ao Corte Inglês ver roupa. O B. quer oferecer à filha um casaco bom e quentinho pelos anos e achou que ali, com as marcas que tinha, encontrava alguma coisa. Vimos um lindo da Laranjinha que vai ter de esperar mais uns tempos, pois o 12 está-lhe justo e o 18 muito grande. Que venha primeiro o frio a sério e depois logo se vê. Depois, passámos pela secção de brinquedos. Havia uma exposição no meio do chão de bonecos gigantes da Noukies, nomeadamente de uma Lola gigante. A M. delirou. Foi para o chão e agarrava-se ao focinho da vaca a fazer miminhos. A seguir olhava para o lado e fazia o mesmo a outro amiguinho da marca e do mesmo tamanho. Não sabia para que lado olhar. Estava doida! Andava de um lado para o outro a apontar para todos e a olhar para mim com os olhos cheios. Ao fim de um bocado, lá a convenci a fazer tchau e seguimos para o elevador. Não é que apontou para uma data de coisas coloridas e com bom aspecto de brincar pelo caminho. Dava gritinhos e atirava-se toda para a frente e tudo! O comentário do B. ao entrar para o elevador foi elucidativo para o senhor que estava ao nosso lado - "vais ser bonita, vais!..."
Prendas do chinês
É típico. O meu pai foi a Macau, Xangai, Hong Kong e Pequim por duas semanas em passeio. Para mim, pedi-lhe uma máquina de filmar que já ficava como presente de anos. Vá-se lá saber como, sem perceber patavina do assunto, com a ajuda dos amigos, trouxe exactamente aquilo que lhe tinha pedido. Muito obrigada, pai! Para a neta, o que trouxe? Um kispo, uma T-shirt, uma boneca e uma bola de apertar com as mãos, daquelas que se moldam conforme a pressão. O kispo foi comprado junto com um suposto conjunto de saia e camisola, que por aldrabice do chinês foram pagos, mas não embrulhados. Só deu conta cá... Primeira asneira. É um casaco branco, com capucho e de um material estranho, que lembra muito aqueles que se vendem nos nossos chineses. Segunda asneira. A T-shirt tem dois pandas e é a correspondente àquelas com o galo de Barcelos, que se vendem nas lojas de turismo. Tendo em conta que chegou o frio, não a vai vestir. Terceira asneira. A boneca... Não é chinesa, nem típica dos orientes. É uma imitação barata da Tuxa, deitada no chão e que com pilhas esganiça uma música, acende umas luzes vermelhas a fazer de brincos e abana as pernas. A ama disse logo que a filha tinha uma igual e que não prestavam para nada... Quarta asneira. Quanto à bola, parece daquelas que os indianos vendem no meio da rua e cheira a vaselina ou óleo de massagens, pelo que a M. nem lhe tocou. Quinta asneira. Depois da atitude destrutiva, fica a construtiva. O kispo ainda o vai vestir, pois não é assim tão mau. A T-shirt, por coincidência é grande, por isso para o ano ainda serve. A boneca, apesar de horrível, fez as delícias da M. Já da bola não teço comentários... Obrigada pai na mesma, apesar de não teres acertado em nada para a tua neta. O que conta é a intenção, e tendo em conta a personagem que se aventurou nas compras, foi o máximo!!! Mas não deixam de ser compras do chinês... :)
Roupa de Inverno
Imaginem...
Imaginem-me a tentar apanhá-la para a tentar secar em condições depois do banho. Imaginem-na a gatinhar velozmente cama afora, toda contente, com os seus dadás e a toalha ainda enfiada na cabeça. Imaginem-me a saltar para cima da cama, agarrá-la pelos pés ou pela cintura e tentar puxá-la. Imaginem a guerra que é vesti-la todos os dias depois da banhoca... Ufa!
Molas da roupa
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Ladaínha
Parece que sabe
O avô paterno da M., sendo da terra das castanhas, tem vários soutos lá para cima. Por isso, todos os anos temos imensas para assar, cozer, comer cruas ou mesmo piladas (já ressequidas). É uma realidade que pertence à minha existência de sempre e chega a ser ritual. Os amigos já sabem que têm direito a pelo menos provar aquelas castanhas pequeninas, mas docinhas e que tanto gostam, tendo mesmo encomendas de vários quilos todos os anos. Ora, a M. tem o Dicionário por imagens dos bebés sobre a natureza. Uma das imagens é precisamente uma castanha. Já aqui contei que ela adora folhear os livros e que aponta para as imagens para nós dizermos o nome. Pois pode estar cheia
de speed e querer só passar as páginas, sem dar tempo de dizer nada ou mesmo ver alguma coisa, mas aquela página tem paragem obrigatória. Ninguém lhe ensinou nada, nem fez um maior realce àquele fruto seco, mas ela adora-o. Pára sempre, aponta e olha para mim a pedir o nome. E se voltar atrás, é ali que faz o stop. Nem a flor, nem o arco-íris, nem mesmo o sol, têm a mesma sorte. Pode ser coincidência, mas não deixa de ser engraçado...
O meu cabelo
Descobriu-o no outro dia. Tinha-o apanhado em rabo de cavalo, mas havia umas pontas caídas que penderam sobre a sua cara quando lhe dei um beijinho. Agarrou na madeixa e com muito jeitinho (para meu espanto) tentou perceber o que era. Estava fascinada. Como estava a gostar, comecei a fazer-lhe cócegas nas bochecha com a dita. Desmanchou-se a rir à gargalhada, o que teve por consequência a brincadeira ter-se prolongado até ficarmos ambas cansadas. Agora, quando me apanha a jeito, tenta agarrar, mas a meiguice é que parece ter-se ficado por ali - é cada puxão se não tenho cuidado!...
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Está crescida, a minha menina!
Hoje de manhã, o B. deu-lhe o biberão de leite do pequeno-almoço. Ou melhor, deu-lhe colo... A M. tirou-lhe o biberão das mãos, segurou-o e foi conversando com ele enquanto mamava. Até à última gota!
10h00
Domingo, segunda e terça - três dias a acordar a esta fantástica hora! Ao acordar, parece que exclamou sempre pai e mãe, à nossa procura. Esperancei-me que fosse para se manter. Mas não. Hoje as 7h40 do costume voltaram... Pelo menos já percebi onde está o truque: não tem a ver com comer, mas sim com o número de horas que dorme. Mesmo sem o biberão da meia-noite (que a pediatra proibiu...), se adormecer perto das 23h estica-se até à nossa hora desejada. Como ontem adormeceu às 8h30, as suas onze horas de sono de beleza estavam mais do que completas de madrugada. São de facto verdadeiros relógios!
Tentativas monosilábicas
Já vai falando. Ou melhor, tenta! "Nã" é não, "Cãinnn" é cão (ou zebra, o que me faz acreditar que qualquer animal preenche o requisito), "Pãinn" é pão (eu estava a fazer torradas e ela gemia aos meus pés a pedir, ao que me fiz de desentendida e fui perguntando o que queria, se era pão - tantas vezes tentou que exasperou e saiu-se com esta, que agora repete quando quer comer...), uma "Cuca" (expressão da Beira que se usa em vez do conhecido Cucu! que a minha tia ensinou), "Papéiii" é papinha (com direitos de autor da ama).
Sair do banho
É um drama... Tem de se deixar a princesa reinar uns minutos largos na água, ficando com os dedos dos pés meios encarquilhados para depois se conseguir tirá-la de dentro da banheira. O normal é esticar-se tipo enguia escorregadia - temos de fazer um esforço enorme para não a deixar cair - seguindo-se a técnica do dar às pernas freneticamente no ar, até que não obtendo sucesso, passa ao choro e ao não permitir a toalha. O pai faz-lhe umas graçolas em frente ao espelho, ela levanta o capucho da toalha para espreitar, ri-se e acaba por esquecer a água.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Um dia hei-de...
...saltar e correr pelas ruas a pisar folhas secas, ao som do seu quebrar, com a minha filha.
Tia
Concertos para bebés
Desta vez, o instrumento convidado era a flauta. Com músicas ao tom do Kusturica, fomos assistindo ao espectáculo pacificamente. Sempre achei que a M. iria disparar palco afora assim que soubesse gatinhar, mas afinal enganei-me. Fica o tempo todo em pé, encostada a nós, neste caso o pai, e assiste a tudo com um ar muito atento. Neste concerto, teve a sorte de ficar ao pé de uma das cantoras, que se foi metendo com ela o tempo todo, proporcionando-lhe um espectáculo mais inter-activo. Até a levou a ver de perto a flauta e mais uma vez se provou que não é nada anti-social: foi sem refilar e nem questionou o facto de ir num colo desconhecido. A flauta a tocar à sua frente teve por consequência um ar muito sério e que nos diverte bastante - faz-me lembrar um boxer com as bochechas realçadas e o lábio inferior a fazer um ligeiro beicinho. O momento esteticamente mais bonito - a bailarina a dançar em pontas com umas bolas luminosas nas mãos - é aquele em que ela mais se fixa. Fica de boca aberta e quase que parece que nem pestaneja... Mais um sucesso, mais uma experiência.
Então e o despertador?
Este domingo era o Concerto para bebés deste mês e nós, como de costume, tínhamos bilhetes para ir ao espectáculo das 10h00. Como a M. acorda todos os dias entre as 7h30 e as 8h00, independentemente da hora de deitar ou do biberão da meia-noite, nem me preocupei em pôr despertador - ela desempenha bem esse papel... No dia anterior, fim-de-semana, acordei às 7h40... Fui-me deitar descansada e ferrei a dormir. Acordei com os seus "dadás" baixinhos e bem-dispostos que vinham do seu quarto. Levantei calmamente a cabeça para espreitar as horas e... 9h58!!! Saltei da cama, fiz o B. saltar da cama e depressa concluímos que àquele concerto já não iriamos. O que nos valeu foi eu trabalhar lá e por isso assistimos ao das 11h30... É mesmo do contra!
domingo, 19 de outubro de 2008
Cebola
Este fim-de-semana, viu cebola descascada em cima da banca da cozinha e começou com a técnica costumeira de pedir para comer. Tentei demovê-la distraindo-a, mas não tive sucesso. Como insistia, decidi fazer o contrário - dar a provar para perceber que não presta... Hum-hum... Encostei-a à boca a medo, para não haver uma reacção exagerada. Lambeu os lábios e apontou outra vez. Voltei a molhar só os lábios. Voltou a pedir. Então, tirei um bocadinho com a unha e pu-lo na boca. Depois de saborear - era tão pequeno que não deu para mais - pediu mais. Optei por lhe dar a cebola para a boca. Deu uma trinca ainda simpática. Franzi o sobrolho impressionada, à espera de algo mau. Nope... Gostou e quis mais! Não é que agora a miúda não pode ver cebola que pede logo?!
Nova pediatra
Não satisfeitos com a que tínhamos, por falta de disponibilidade (consultas com Multicare só às 2ªs e 5ªs) e alguma falta de sensibilidade para pais de primeira água também (aos telefonemas, raros por não gostarmos de aborrecer por dá cá aquela palha, e por isso só feitos em circunstâncias em que a preocupação aumentava, tal como a sua primeira febre de 39,5º, respondia sempre que não nos preocupássemos e esperar mais um tempo, sem mais), procurámos outro profissional que nos desse a sensação de um maior apoio. Afinal, como disse a amiga F., é alguém com quem teremos de contar até aos 18 anos... Por indicação de uma colega do B., marcámos consulta para a Dra. Margarida Lobo Antunes, médica que dá consultas todos os dias, excepto às 4ªs (dia em que está de banco de urgência, por isso vai dar ao mesmo), no Hospital dos Lusíadas. Fui só eu com a M. no final da crise de gastrenterite. Após uma consulta de quase uma hora, descobri uma médica com imenso profissionalismo, muita atenção aos pormenores e muito directa, sem grandes mimalhices. Questionou-me sobre bastantes coisas, examinou a fundo a M. e pareceu-me mais sensível a questões parvas de pais inexperientes. No final, deu-me um recado para o B.: para pôr óculos quando olhasse para a filha, pois ela de magra não tem nada (depois da gastrenterite, dizia tristemente que ela tinha perdido a sua barriguinha de bebé...). Está boa e recomenda-se, ficando o conselho de um maior cuidado nas quantidades de comida, por exageradas. Depois disso, falei com a amiga enfermeira, um excelente barómetro para estas coisas, que me deu excelentes referências da médica, definindo-ma tal e qual como eu a tinha achado. Acho que desta acertámos...
Já está boa
No sábado já não havia redutos da doença - o apetite voltou em força e regressámos à velha história do já chega. A nossa preocupação terminou e agora é vê-la comer com gosto outra vez...
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Pontinha, pontinha!
A aula de ioga já produz efeitos. Em casa, vou repetindo os exercícios que ainda me lembro, sendo um deles este: deitada ou sentada no nosso colo, pegamos nos pés dela e cantando, acompanhamos com os pés "Pontinha, pontinha! Calcanharito! Sola com sola! E abriu!". Farta-se de rir, especialmente na parte de esfregar as solas uma na outra. Aproveitei para o fazer no muda-fraldas para a conseguir manter sossegada uns minutos. E resulta! Agora é ela que segura nos pés e bate um no outro, sorrindo para mim, à espera que eu cante e faça os pormenores. Bem qua a professora de ioga nos tinha avisado que eles fixavam este a mudar a fralda.
Ontem
A diarreia já se despediu e os vómitos também. Almoçou sopa e maçã cozida, lanchou papa e jantou outra vez sopa e pêra à dentada. Apesar de não comer nas quantidades desejadas está no bom caminho. Mesmo assim, percebe-se que continua mal-disposta, pois certas coisas ainda a agoniam, recusando-as, para além do que demora o dobro do tempo a comer, distraindo-se, fechando a boca ou querendo o livro ou a colher. Foi para a cama cansadíssima da noite anterior, que não recuperou durante o dia e à meia-noite o pai deu-lhe um biberão de leite, com um reforço de duas colheres de papa que foi todo.
Conversa
Já tenta repetir alguns dos sons que ouve sairem da nossa boca. Assim, até agora já se aventurou no mamã (que chama a tudo o que quer - não importa se sou eu, o pai, a ama, a bolacha ou o biberão...), no papá (bem menos fácil de sair), no já 'tá, na papa, no pato, nas botas e na titi. Isto para não falar no xarabiá que se ouve o dia inteiro e que já tem algum significado para ela (para nós é chinês...). É divertido vê-la nestas experiências de língua e sobretudo ficamos doidos quando ela consegue dizer o que nós já estamos a repetir há horas...
Meu rico pai!
O B. está com problemas de costas, ao ponto de lhe darem guinadas por dá cá aquela palha. Ontem, isso aconteceu. De repente, torceu-se com dores, sentou-se no chão quase sem conseguir respirar e sem conseguir mexer o braço direito. Eu pousei a M. no chão e pondo-lhe as costas direitas com os joelhos, puxei o braço para cima. Não sei se foi o gesto, se a cara de dor do pai, se tudo junto, só sei que de repente a M. desatou a chorar. Um choro de assustada que foi difícil de parar, mesmo com muitos miminhos. O pai até se esqueceu da dor para pegar nela ao colo, tal era a sua aflição. Quando finalmente acalmou, com umas graçolas que lhe fizemos, ainda esteve um bocado a confirmar que estava tudo bem - o B. no chão do nosso quarto e ela a tentar espreitar para o checkar. Não sei se, não fosse o banho nos entretantos, ela não voltaria ao mesmo...
Televisão
A única que tem autorização para ver é a Baby Tv, muito com o intuito de a acalmar. Dos inúmeros programas que aquele canal passa, há uns que ela adora - Pitch&Potch. Quando toca a música deles, olha para nós de sorriso na cara, abana-se para a frente e para trás e abana a cabeça, rindo-se imenso. Fazem as suas delícias. Para além disso, todos aqueles que mostram animais têm uma consequência imediata: aponta e chama a nossa atenção, como que a perguntar como se chamam. Continuamos a verificar a sua adoração por bichos de toda a espécie, o que para mim é muito bom sinal. http://www.babytvchannel.com/view_program.aspx?l=4&i=7&si=7&p=33
O sono fugiu
À noite, a M. adormeceu às 21h30, como é normal, sem grande coisa no estômago. Aquilo que lhe demos ao jantar saiu inteirinho pela boca para dentro do bolso do seu babete - pareceu um tiro certeiro... O B. adormeceu cansado no sofá e eu aguentei-me acordada à espera da meia-noite para lhe dar um biberão, para lhe confortar a barriguinha até de manhã. Mudei-lhe a fralda, tirei-a da cama e tentei dar-lhe o leite. Recusou peremptoriamente. Como já estava desperta, tentei dar-lhe o resto do chá que ela tinha bebido antes de dormir. Ao fim de um bocado, lá a consegui convencer que era de noite e adormeceu outra vez. Deitei-me e estive a ouvi-la durante cerca de meia-hora na cama para trás e para a frente. Quando eu já estava quase a passar para a terra de Orfeu, a M. começa a chorar. O B. levantou-se e tirou-a da cama, avisando-o eu de que não queria leite e que a fralda já estava mudada. Instantes depois, ouvi-a no chão a gatinhar e o pai a perguntar-lhe para onde tinha ido o sono, ao que ela contente respondia com muitos "dadás!"... Acabei por passar pelas brasas, mas sempre com um ouvido cá e outro lá. Duas horas depois, estava o B. desesperado a tentar adormecê-la. Pô-la na cama e tentou, em plena escuridão (esquecendo-se que assim ela não o via) a técnica do agora vamos ver quem se cansa primeiro. Ela entrou em pânico e desatou num berreiro atroz. Até fazia impressão... Soluçava sem parar, até que não aguentei mais e fui lá. Tirei-a da cama, e estive uma série de tempo com ela ao colo a acalmá-la. Respirei fundo, inspirando e expirando, falei-lhe baixinho ao ouvido, até que já só se ouvia um soluço muito de vez em quando. Acabou por me pedir cama, como de costume, e eu deitei-a. Ficou-se de rabo para o ar, enquanto eu ficava ao lado da cama. De repente, apercebeu-se de toda a técnica para a adormecer, sentou-se na cama e chorou! Voltei a tirá-la para recomeçar tudo de novo, mas o B. chegou com um biberão de chá e conseguiu o feito de pôr a nossa filha a dormir às 4h00 da manhã. Às 6h30, acordou outra vez a chorar. Desta feita, tentei novamente o leite, que agora marchou, com o estômago a rosnar enquanto aquele caía - estava vazio... Deitei-a na cama, deitei-me na cama ao lado e a agitação era tal que só conseguiu adormecer com a minha mão dentro da cama a tocar-lhe... Fiquei ali até ouvir o nosso despertador às 7h15, levantei-me e tapei-a, achando que ia esticar até meio da manhã. Afinal, às 8h15 estava acordada outra vez... Só de manhã é que fiz clique... O chá que estava no biberão que eu lhe dei à 1h00 era chá preto, remédio receitado para os vómitos... A miúda bebeu um excelente estimulante que a pôs a gatinhar toda feliz corredor afora, noite dentro. E por causa do chá preto, passámos nós uma noite quase em branco...
Já escolhe
Para sobremesa não sabia o que lhe dar, por isso optei por lhe dar liberdade de escolha a ver se tinha resposta. Mostrei-lhe o iogurte e uma banana, cada um em sua mão. Ela mostrou boa cara aos dois, olhou para um, olhou para outro e apontou para a banana enquanto fazia estalinhos com a boca, o seu som característico para comer. Assim, torna-se mais fácil!
Sesta de quatro horas
Na terça, depois de uma manhã quase sem comer, dormiu quatro horas seguidinhas, como já não fazia desde bebezinha. Fechei os estores até cima e encostei a porta e foi esse o resultado. Estava tão sossegada que me fez lá ir vê-la mais do que uma vez para ver se estava tudo bem, como no princípio... Assim, só almoçou às 4h da tarde e já conseguiu tolerar um pouco mais de creme de cenoura e 2/3 de uma banana. Às 18h, dei-lhe um iogurte que ela comeu com vontade. Fiquei a achar que já estava melhor. Afinal, o jantar saiu todo outra vez...
Enganou-se...
Na aula de ginástica, a M. já se sente completamente à vontade. Pedi ao B. para tentar ir ele sempre que puder porque eu não tenho tanta força e a minha tendinite não me permite muitas aventuras. Ele foi à da semana passada e portaram-se os dois lindamente. No final da aula, a M. andava a gatinhar ao sabor do vento, acompanhada pelo sua amiga Pocahontas, quando sentiu necessidade de retornar à sua base de segurança - o colo do pai. Assim, lá foi ela, no seu gatinhar a olhar para o chão em direcção às pernas masculinas de sua eleição. Apoiou-se, levantou-se e... era o pai, mas não o dela! A cara foi de "Upppsss! Já me enganei", mas diz a F. que não se desmontou. Com um ar meio desconfiado, de quem diz "não era bem isto que eu queria, mas está bem...", mas de quem não dá o braço a torcer, deixou-se ficar - até porque o pai estava mesmo ao lado...
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Mas será que nunca mais acaba?!!!
Parei de amamentar há 1 semana e meia. Porque me estava a fazer mal, sobretudo a nível imunitário e hormonal. No dia 4 de Setembro, comecei a ter hemorragias, que presumi ser o período e só pararam quando parei de amamentar e de tomar a pílula da amamentação, ou seja mais de um mês depois (faz-me lembrar os meus tempos de adolescência em que, por não ter mãe que me levasse ao ginecologista, tinha períodos de três em três meses e que duravam três a quatro semanas sem exagero com hemorragias brutais, que me faziam passar vergonha...). De acordo com o meu médico, os meus ovários já estavam a trabalhar à parva, a 200 à hora... Pois... Parou na semana a seguir, mas agora estou com uma coisa manhosa, castanha e que não se parece com nada... Acho que é desta que o Benfica veio para chatear, mas não há meio de sair dos balneários!!! Ainda por cima, o leite ainda não secou! A fonte continua! Chiça penico, que estou farta! É ou não desperdício?!
Minha ou tua?
Quando falo com o B. a propósito da M. costumo referir-me à "tua filha", hábito que adquiri há já muito. Contrariamente, só ontem, me apercebi de que o B. quando me pergunta por ela, diz a "minha filha". Ou seja, ao que parece, eu não sou tida nem achada na parte da posse, mas por ambos!... O que vale é que é só da boca para fora, pois no resto, ela é a Nossa filha...
Ama doente
As suspeitas de ontem confirmaram-se. Foi-se embora agoniada, com cólicas, depois de 6 idas à casa-de-banho (desgraçada tinha uma viagem de uma hora pela frente até casa...). Hoje faltou. Desconfio que o vírus a apanhou mais a ela do que a mim, pelo que parece-me que a falta vai-se manter amanhã... Cá em casa, só se safou o pai B. (por enquanto!...). Bem que disse a tia enfermeira que tem famílias inteiras doentes - até os avós que foram visitar os meninos foram apanhados... Cuidem-se, eles andam aí!!!
Creme de cenoura
Ontem tentei um creme com uma batata, duas cenouras e uma cebola quase inteira, esmagado com água de arroz e rigorosamente mais nada. Até agora, foi a única sopa que comeu... Já fiz mais para hoje...
Até aos pés...
Depois do vómito da manhã, passou o dia muito bem, apenas com o senão da falta de apetite. Não houve um cocó o dia inteirinho, de tal forma que achei que a diarreia estava a passar e que se calhar até já estava a ficar presa dos intestinos com tanta água de arroz, maçã cozida, papa de arroz, creme de cenoura, eu sei lá... Decidi parar com a água de arroz, mas... Ontem à noite não foi até ao pescoço, mas sim até à outra extremidade do seu pequenino corpo - os pés. Tinha acabado de tomar banho, vestida de lavado e acabadinha de petiscar qualquer coisa parecido com um jantar, quando vimos uma mancha descomunal pela perna do babygrow abaixo. Foi outra vez para dentro da banheira e logo a seguir a estar novamente vestida, voltou a borrar-se toda. Desisti e fui ao Colombo às 22h00 comprar mais babygrows para desenrascar, assim como o HN25 da Milupa para diarreias agudas e Nestum de arroz por sugestão da amiga enfermeira.
Virou mais famosa ainda!!!
http://www.barrigasxxl.blogspot.com/
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Livros
Desde que me lembro que sou uma apaixonada por livros. São um mundo por descobrir, com aventuras e estórias que preenchem o nosso imaginário. Em pequenina, gostava ao ponto de o meu pai me perguntar se não me esquecia do livro antes de sair de casa em vez de se queria ir à casa-de-banho. É que enquanto tivesse livro para ler, ficava num canto esquecida, sem aborrecer ninguém. Assim, que acabava de o ler (devorava-os), começava a puxar pela manga e a perguntar quando é que íamos embora... Mais tarde, o meu pai comprava-me uma BD do tio Patinhas e eu vinha a ler pelo caminho, enquanto ele me punha a mão no ombro para não ir de encontro a nada. É uma paixão que nem o curso de direito me tirou (apesar do prognóstico de uma professora de filosofia...). Hoje em dia, já não tenho assim tanto tempo, mas continuo a gostar de ler um bom livro. O B. é o oposto. Não tem paciência para começar e acabar um livro, mesmo tendo vontade de o fazer. Ambos somos reflexos da educação que tivemos: enquanto que os meus pais fomentavam à brava a leitura e levavam-me todos os anos à feira do livro para eu escolher uns quantos livros (como boa sagitariana que sou, durante uns anos eram sempre sobre animais...), os pais do B., por falta de noção e de tempo, nunca o fizeram. Para mim, a leitura é fundamental para todos, mas sobretudo para as crianças. Para além de treinar a língua portuguesa, para que esta não se transforme num caldeirão de experiências mal-sucedidas, também desenvolve a imaginação, a criatividade e oferece um mundo sem fim de cultura, não importa qual o livro (ainda me lembro que aprendi o que era um remoinho de água e Veneza com um tio Patinhas...). Assim, e como de pequenino se torce o pepino, já ando de volta da M. com este meu projecto - é assim que vejo esta minha intenção. Tem alguns de cartão, outros de pano e ainda de plástico, mas os seus preferidos são os da colecção "Dicionário por imagens dos bebés". São de facto giros. Com aminha ajuda, ela folheia-os às mil maravilhas e aponta para algumas das imagens que lhe chamam mais a atenção. Já está familiarizada com eles ao ponto de ir buscá-los onde estão guardados e trazer-mos contente para os ver ao meu colo. A tia também já participa nesta minha epopeia, comprando alguns. Veremos quais os frutos que daqui retirará daqui a uns anos...
Decoração - candeeiro
O candeeiro era para ser da mesma senhora. Aliás, o que eu escolhi originalmente era mesmo dela. Mas nas minhas pesquisas na net, descobri um site com coisas giras de decoração e outras interessantes por serem didácticas, criado por um pai que se preocupava em arranjar coisas com interesse para os filhos e que à conta disso, acabou por criar um negócio (www.pititi.com). No meio das coisas que eles têm, tinham um candeeiro engraçado por um quarto do preço. Nada que se compare, mas mesmo assim engraçado. É uma lanterna de papel branco com a Princesse Marguerite, uma colecção muito mimosa para meninas. Um dia mais tarde, compro à senhora do quadro o que vi e namorei a condizer com este. Seja como for, não é para me gabar, mas com paciência, está a ficar um verdadeiro quarto de princesa...
Decoração - quadro
Decoração - cortinado
Carrossel
Justiça equitativa
A M. tem uma noção de justiça quase perfeita. Agora, quando dá beijinhos a um de nós, tem de dar sempre a seguir ao outro. Distribui sempre de igual forma a mesma coisa. De tal maneira, que o pai já se faz ao beijinho sem sinais de que ele aí vem... E só se deu mal uma vez!
Vómitos
Hoje de manhã, a M. recusou o leite, mal o provando. Não lhe conseguimos dar sumo, soro, água, nada. Desisti e deixei-a a brincar no chão comigo. Meia-hora depois percebi o porquê. Vomitou tudo - foram três esguichos que incluiram o jantar de ontem. Até fez impressão. Mais uma vez, não chorou e ficou muito séria a olhar para mim sem perceber o que se estava a passar. Por isso, enquanto eu era atendida pelo nosso médico, o B. levou-a às urgências do Hospital. A pediatra confirmou que era normal e que devíamos continuar com o bom trabalho. Muita água, chá preto diluído com açucar ou os sumos de maçã ou pêra que estávamos a fazer e não insistir com a comida. A regra agora é: ignorar as regras. Não há horários, nem medidas, nem tipos de comida obrigatórios. Come quando quiser, o que gostar e até querer, sem forçar. Para não nos preocuparmos com o apetite, que passando a doença ele regressa. Com um prognóstico de pelo menos mais três dias assim, descansou-nos - não há qualquer sinal de desidratação da nossa pipoca e só lá voltar se vomitar e depois de passado o tempo necessário, voltar a vomitar sem segurar os líquidos que lhe dermos entretanto. Nunca mais é sábado!!!
Fim-de-semana doente
Desmarcámos os encontros sociais e passámos o fim-de-semana de volta da filha sem fome e da roupa borrada. Por dia, foram à vontade 6 ou 7 mudas de roupa - não há fralda que segure tamanhas diarreias. Descobri que a melhor forma de tirar nódoas destas é pôr logo, logo água a ferver para tirar o borrão e depois esfregar com Fairy. Sai tudo limpinho, depois é só lavar com o detergente dela para evitar alergias desnecessárias - bem basta!!! Não teve febre nenhuma e ontem à tarde, tivemos a última demonstração de pintura à pistola, até ver. No entanto, a falta de apetite é mais que muita e continua. Felizmente, a boa-disposição mantém-se - continuou a brincar e a rir-se das nossas palhaçadas e sobretudo sem choros. Aqui a mãe, como não podia deixar de ser, teve de compartilhar a dor com a filha - como doença viral que é, passou para mim... O domingo foi passado entre a casa-de-banho e o sofá e à noite não fui capaz de dar assistência ao B. - foi ele que tratou da filha até se deitar. Já percebo a sua falta de apetite: a fome até chega a apertar, mas assim que se começa a comer, a agonia começa a subir, a subir... E não se consegue comer mais nada por muitas horas a seguir... Até beber custa... O meu almoço e jantar foram canja de galinha - que de acordo com o nosso querido médico é de facto curativa pois tem propriedades imunitárias - e mais nada. Fui ao médico hoje que me receitou Omeprazol para o estômago, UL 250 para a diarreia e sobretudo muito descanso. Fico em casa até amanhã. Avisou que a doença passa por via oral ou fecal, por isso, a ver vamos se o pai também não adere à permanência forçada em casa...
Pai mágico
Tem sido uma guerra convencê-la a comer. Sopa nem vê-la, papa de arroz só com açucar e mesmo assim quase nada, fruta cozida também é difícil. A única coisa que marcha mais ou menos bem são os boiões de fruta. Fica a olhar para nós com um ar muito sério e uns olhos quase divertidos e fecha a boca sem qualquer possibilidade de recurso. O B. desfaz-se na cozinha para a sua princesa - coze arroz de propósito para fazer água de arroz para o leite e a papa, que guarda em caixas, prepara chá com açucar para ela beber e inventou uma sobremesa de maçã e pêra cozidas com bolacha Maria que foi bastante do seu agrado. Mesmo assim, tem sido complicado e o mais importante tem de ser salvaguardado - a desidratação... Foi então que o B. se lembrou: a máquina das sopas da M. coze tudo a vapor, ficando a água no fundo do recipiente separada dos alimentos. Ora se se cozer maçãs ou pêras, o sumo que fica é perfeitamente bebível. Experimentámos. Resultou! O soro comprado na farmácia não quer, mas o suminho de pêra, e especialmente de maçã vão com uma grande pintarola! O que não vale ter um pai mágico, M.!...
domingo, 12 de outubro de 2008
Surpresa
Papá e Titi
Hoje, à hora de almoço, fez finalmente o gostinho ao pai e disse nitidamente papá para ele ouvir. Eu já tinha ouvido no carro há dois dias, mas iamos sozinhas e não consegui que ela repetisse aquela proeza. Deve ter tirado o dia para a fala, pois à tarde, estando cá a tia (que ela aliás recebe com umas boas-vindas muito sorridentes) e ajudando-me a mudar-lhe a fralda pela enéssima vez, foi-lhe repetindo "ti-a". A M. acabou por lhe responder "ti". Como teve sorte, passou à tentativa do "titi". Não é que a piquena o disse?! E repetiu, o que fez com que a tia fosse embora a dizer vezes sem conta "titi, titi", depois de me ter dado o recado que eu tinha de insistir durante a semana para ela não se esquecer. Imagino que esta semana os seus colegas de trabalho não vão ouvir mais nada... :)
Até ao pescoço
A M. acordou esta manhã às 6h00 (é a segunda noite seguida) a chorar. Dei-lhe o biberão de leite com água de arroz, embalei-a e deitei-a outra vez. Adormeceu calmamente e fez mais um sono até às 9h00. Quando voltou a acordar, pedi ao B. para ir, para me compensar o madrugar, ao que ele acedeu prontamente (até porque às 2h00 fui eu que lhe dei o chá...). Cinco minutos depois chamou-me a pedir ajuda: à conta da diarreia, a M. tinha cocó literalmente até ao pescoço... Despi-a e demos-lhe banho. Mal comeu a sopa ao almoço, ao lanche comeu meia papa de arroz (a qual tive de aldrabar com um bocadinho de açucar, senão não ia nada, por não saber a nada - é mesmo horrível...) e o jantar resumiu-se a um boião de fruta, não aceitando mais nada. Felizmente, o suplemento energético que a pediatra sugeriu não é do seu agrado e por isso, temos compensado e hidratado com o muito chá que nos recomendaram nas urgências. Não dormiu nada o dia inteiro até às 18h30. Sempre que estava quase lá, fazia outra descarga, tornando-se necessário mudar-lhe a roupa. Acho que hoje foi o dia que mais banhos tomou. Acabou por adormecer na cadeira de comer, comigo a cantar "O Manel tinha uma bola", derreada de cansaço. Nem uma hora dormiu com mais uma descarga que nos obrigou a mudar a roupa da cama inclusive... Foram sete mudas de roupa hoje, quase tudo o que ela tem, que já teve de ser lavado para recomeçar o ciclo esta noite... O que vale é que continua bem-disposta e a querer brincar, senão acho que o B. morria do coração e eu ficava muito, muito triste...
sábado, 11 de outubro de 2008
Beijos
O B. hoje beijou-me à sua frente, estando ela ao meu colo. A sua reacção foi rir-se e querer dar beijinhos também - distribuiu um a cada um. O B. insistiu em beijar-me. Ela repetiu. O B. também. Ela empurrou com a mão e só me beijou a mim. O B. tirou-a do meu colo para o dele e voltou a fazer o mesmo. Ela voltou a empurrar e quis o meu colo para me dar um beijo a mim. E tungas! 1-0 para a mãe! ;)
Gastrenterite
Hoje de madrugada, a M. acordou agitada. Achámos que era da chucha e demos-lhe o biberão de leite das 8h00 para ver se ela acalmava e dormia mais um bocado. Não mamou tudo e minutos depois, ao colo do pai, vomitou. Mudou-se-lhe a roupa, o B. acalmou-a ao colo e sem qualquer refilanço deitou-a na cama - estava podre... Ele nem teve tempo de se deitar em condições. A M. vomitou outra vez, desta feita, molhando cama e tudo. Toca de levantar, fazer a cama de lavado e mudar-lhe a roupa outra vez. O B. à terceira não caiu e ficou com ela no sofá meia direita ao colo para não vomitar outra vez. Dormiram assim mais 45 minutos até à hora de acordar. Ele deitou-a e arranjámos-nos para sair. Quando a ama chegou, acordou e vomitou outra vez, já quase sem nada no estômago. Demos-lhe chá morno e saímos com uma preocupação em cima dos ombros e de plantão. Ao longo do dia, aos nossos milhentos telefonemas, a ama foi dizendo que estava tudo bem, que tinha comido tudo e que não tinha voltado a vomitar. Afinal, quando cheguei, descobri que esteve chochinha todo o dia, não sendo o furacão M. de todos os dias, apesar de não chorar, nem vomitar (a ama não disse nada para não nos preocupar, estando nós no trabalho). Para além disso, estava a ficar com diarreia (tinha acabado de a fazer quando cheguei). Ao telefone, a sua pediatra mais uma vez desdramatizou e apenas disse para lhe comprar um suplemento de energia na farmácia (temos mesmo de encontrar outra). Levámo-la ao médico das urgências. Este foi um querido e explicou que metade da população pediátrica de Lisboa está com este vírus. Cortar nos verdes, continuar com a alimentação normal, apostando mais no arroz e na banana, assim como a maçã e a pêra cozidas, papa de arroz ou de cenoura com água da fervura de arroz e preparar o leite com menos uma medida de pó para a mesma água de sempre, para os intestinos regularizarem. Não pode comer, nem beber uma hora depois de um episódio de vómito, nem comer nas três horas seguintes, compensando-se com chá preto com açucar às colheres. Ultra-Levur para a diarreia se não passar daqui a três dias e a indicação para estarmos muito atentos aos sintomas de desidratação - olheiras profundas e falta de saliva à volta da boca - que deve ser imediatamente vista por um médico. À noite, não quis comer (marchou uma banana, parte de uma maçã cozida e duas bolachas) e estava muito mais calma, até mesmo mais mimocas. Mesmo assim, bem-disposta e a querer brincar - menos mal. Adormeceu na cama sem choros, depois de muitos miminhos ao meu colo. As melhoras, filha!
Ficou com o avô
A ama teve de faltar pela última vez. Pedi ao meu pai para ficar com ela. Prontificou-se logo e às 8h30 em ponto já cá estava. Teve o cuidado de bater à porta, em vez de tocar a campainha, não fosse a cachopa estar a dormir, e não me deixou acordá-la para lhe mudar a fralda - "cá me desenrasco depois". Deixei as indicações todas da comida, expliquei os lados da fralda e fui-me embora. Foi o dia em que acordou às 10h, com uma fralda cheia de cocó, que o meu pai mudou sem agonias. Disse que só se viu atrapalhado com o fecho da fralda - não via os adesivos de lado... Quando liguei, a M. estava no parque, disse ele "há imenso tempo" e a única coisa que ele fazia eram "motetes" (caretas) de vez em quando. Deu-lhe o almoço, e em vez do boião que eu achei mais fácil de dominar, optou por uma banana. Quando a ama chegou, estavam os dois na sala a brincar, com muita coisa espalhada pelo chão e um rabo e roupa borrados porque a fralda se abriu sem querer. Conta a ama que a M. não quis ir para o seu colo quando chegou, pois só queria o avô. Pudera! Deixou-a fazer tudo o que queria... Quanto ao meu pai, a M. fez a sua alegria naquele dia. À noite, fartou-se de falar ao telefone, a contar divertido a aventura e dizendo que só não a levou à rua a passear porque não sabia onde estava a roupa... :)
Biberão da noite
Há meses que a M. já não precisa de leite à noite. Começou a adormecer a seguir ao jantar, não acordando mais senão de manhã. Como mamava, não havia razão para biberões antes de ir para a cama. Agora que já está a biberão exclusivo, estamos a tentar que ela deixe de acordar tão cedo (acordar às 7h30 ao fim-de-semana não está com nada!), dando-lhe leite à noite. Na primeira manhã a seguir à experiência, acordou às 8h na mesma, mas depois ficou-se a dormir com a ama mais um bocado. Na segunda manhã, acordou à hora do costume e nem sequer dormiu a seguir. À terceira, acordou, mas o pai adormeceu-a logo a seguir e acordou às 10h00! Era bom que ela voltasse aos seus velhos horários de recém-nascida, quando eu não tinha de sair de casa (abençoada licença!) acordando por volta dessa hora. A ver vamos se temos sorte...
E do fado!
No dia seguinte, estava a dar uma reportagem sobre a Amália, e como é óbvio, passaram algumas canções dela. A M. estava na sua cadeira de comer amarrada, mas não foi isso que a impediu de abanar o corpo ao som daquela música tão portuguesa, olhando para nós com ar satisfeito. Que gostos tão díspares, filha!
Ao som dos Sheik
Domingo à noite, televisão ligada na RTP1 com a Catarina Furtado e o seu novo programa "A minha geração", cujo tema eram os anos 60. O B. e eu estávamos a brincar com a M. de costas viradas para a caixinha mágica, enquanto a famosa apresentadora anunciava os próximos convidados - os Sheik, banda de música da época com o Fernando Mendes e o Paulo de Carvalho. De repente, a M. desliga o botão da nossa brincadeira, vira-nos costas, gatinha até à mesinha de apoio, e em pé começa a abanar-se, vidrada na TV. Ficámos os dois pasmos a ver a nossa filha a dançar à grande com aqueles senhores a tocar música dos anos 60. Não é que a miúda gosta daquela música?!
Miminhos à Lola
Quando lhe damos A vaquinha Lola, pega nela, inclina a cabeça e encosta-a à cara em gesto de miminho. Dantes era só quando estava com sono e sentada. Agora, varia o momento, já não sendo preciso o sono para acontecer e chega a deitar-se no chão com a vaca por baixo. A única coisa que se mantém é o objecto do mimo - a sua amiga Lola. Fica tão querida!
Mau Maria!
Tanto dei na cabeça do B. que as crianças ganham a manha da cama dos pais num ápice que ele cumpre à risca: não tenta levá-la para a nossa cama - até porque eu começo logo a dizer que não quando ele entra no nosso quarto, seja qual for a sua intenção. Mas... Já foram duas as noites nestas últimas semanas em que a M. acordou a meio a chorar. O pai vai logo ver o que se passa e acaba por tirá-la da cama para a acalmar. Da primeira vez, cheio de sono, deitou-se no sofá com ela e ali ficaram os dois uma hora e meia a dormir. Já eu estava na cama enervada, à espera de deixar de a ouvir para lhe ir dizer para a deitar, na certeza que o inevitável acontecesse. Acabei por me levantar e acordá-lo para a ir deitar, ficando eles os dois a dormir a sono solto e eu de pestana aberta, irritada por isso ter acontecido. Da segunda vez, como lhe preguei o sermão do sofá, foi para a cama de visitas que ainda está no quarto dela, ali ficando até ela adormecer... Assim, não há quem aguente!!!
Escorregar para trás
Desde que descobriu tal efeito no ginásio onde experimentou o ioga para bebés, que de vez em quando a vemos esticada no chão, de barriga para baixo, a empurrar com as mãos para escorregar para trás. O pior é que ainda não percebeu que no tapete o efeito de deslizar não é o mesmo e por isso, de vez em quando, empanca no respectivo, ficando a olhar para trás com um ar de quem não consegue perceber onde está o gato...
Que vergonha!
Estávamos na Zara a ver roupa para ela e o B. decidiu começar a dançar ao som da música à sua frente. Esta teve a reacção de pôr as mãos em cima da cabeça e puxar o couro cabeludo para baixo. O pai, na brincadeira, imitou-a dizendo "ai, que vergonha!". É que parecia mesmo! Dava mesmo o ar de uma filha encavacada pela figura do seu cota em público! Ora, o gesto de imitação do B. teve por consequência a M. ter descoberto o seu novo truque. Agora, se lhe perguntarmos pela vergonha, ela automaticamente leva as mãos à cabeça e faz um ar comprometido. É de chorar a rir!
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Pic-pic
Bolas de sabão
Mais uma vez, graças à Dodot, percebi que bolas de sabão eram muito apreciadas pelos bebés e que tinham a sua função pedagógica. Por isso, há cerca de três meses, rapinei um frasquinho daquelas à sogra, que o tinha comprado em Quiaios para as outras netas mais crescidas e lá o esqueceu e comecei a brincar com a M. Começou por ficar sentada com um ar muito sério a olhar para aquelas coisas estranhas que pairavam à sua frente. Ao fim de uns dias, começou a rir-se e a apontar para elas. Agora, passa o tempo de braço levantado, gatinhando de um lado para o outro, a tentar apanhá-las e fazendo muitas exclamações pelo meio. E confirma-se a sua utilidade, pois no The Little Gym, a aula acaba sempre com imensas bolas de sabão e a M. alinha com os outros bebés na brincadeira de as apanhar com a nossa ajuda. Quanto a mim, ignoro o facto de estar a molhar e eventualmente manchar o tapete da sala, e regresso aos meus tempos de menina, quando adorava tirar as tampas das canetas para fazer bolas de sabão e divirto-me à grande!
Desmame - tentativa n.º 3
Fui ao alergologista, à consulta pré-vacinas. Depois de algumas perguntas, chegou à conclusão de que para além de alergia ao pólen das gramíneas, tenho rinite vascular, sendo necessário fazer um teste respiratório de hidrogéneo, o que para tal, terei de tomar antibiótico duas semanas antes. Ora, isso é incompatível com a amamentação... O médico percebeu o dilema e no final da consulta e de muitas explicações, resolveu a coisa de forma simples: escreveu num papel tudo aquilo que eu tinha de fazer por ordem cronológica - o antibiótico, a análise ao sangue, o teste respiratório e a medicação a tomar. No topo da lista, estava: deixar de amamentar. Entregou-me o papel e avisou-me que a vacina tinha de ser encomendada em Outubro, pelo que tinha de fazer aquilo tudo em breve. O resto era comigo. Ao chegar a casa, o B. avisou-me: eu tinha prometido que era naquele fim-de-semana que parava e agora é que tinha mesmo de ser. Assim, na sexta-feira passada, de manhã, fiz muitas festinhas na cabeça da minha filha enquanto lhe dava de mamar pela última vez. Combinei com o B. que no dia seguinte era ele que se levantava e lhe dava o biberão, enquanto eu ficava na cama. E assim foi. Escuso de dizer que não dormi nada depois que ela acordou, e ia ouvindo o pai a levantá-la, aquecer a água, dar-lhe o biberão e mudar-lhe a fralda. A certa altura, ao ouvir-me no quarto, apareceu-me lá e eu, pensando que se queria lá deitar com ela, dei-lhe uma corrida em pêlo. Ainda me correram duas lágrimas, ao brincar com ela depois, mas a presença da filha não me permitiu mais exteriorizações. Passei o resto do dia insuportável, com uma neura de todo o tamanho e zangada com o meu marido. No domingo, o dia correu melhor, pois tivemos piquenique nos Francisquinhos e estivemos com amigos de barriga. Segunda-feira, tentámos entrar numa nova rotina, com um biberão para dar. Mas eu sabia que tinha de ser, que ela já não precisava mais de mim nesse sentido e que tenho de começar a pensar em mim. No dia 3 de Outubro, com quase 11 meses, foi mais uma etapa que passou, só que custa...
Como estamos a adormecer
Depois daquele problema todo para adormecer, faço aqui o balanço do agora. Regularizou - o normal era ir para cama ao meu colo, eu acalmá-la um pouco e ela rapidamente pedir para ir para a sua cama para dormir. Depois, era só eu ficar ao lado da cama, com a cabeça ao nível do colchão, para não haver tentações de se levantar, até ela adormecer. A partir de certa altura, bastava eu sair do quarto sem que ela desse conta e ficava-se sozinha, sem mais confusão. No entanto, houve um dia que o pai tentou deitá-la - convém estarmos os dois treinados de igual modo. Esqueceu-se da parte de a acalmar primeiro ao colo e ela já ia sobre-excitada por nos termos distraído com a hora. Correu mal. Chorou desalmadamente, quis sair da cama e só eu é que consegui acalmá-la ao colo. Demorei uma eternidade para conseguir que ela se calasse, outra para a conseguir deitar e ainda outra até ela adormecer. Foi outro ponto de viragem. Desde esse dia que já não é tão fácil deitá-la. Já chora outra vez, ao colo também, a apontar para a porta, como que a dizer que quer sair do quarto. E agora é muito mais difícil de conseguir sair do quarto: controla-me imenso - até com o pé. O meu pai, quando soube, só comentou: "Ohoho! Estás tramada! Isso é do pior!". É que quando eu era pequenina, era o meu pai que tinha a exclusividade de me deitar (a minha mãe só reivindicou esse título anos mais tarde com a obrigatoriedade do beijinho de boa noite na cama). Diz ele que eu demorava imenso tempo a adormecer, precisamente porque o controlava também. Ele não podia sair de ao pé de mim, chegando eu ao cúmulo de espetar a mão e o pé por fora das grades só para o sentir. E se não desse com ele, estava o caldo entornado! Ele conta que chegou a sair do quarto de gatas para eu não dar pelas sombras em movimento, havendo até algumas vezes que já à porta do quarto, ouvia um "papá? Estás aí?" baixinho. E tocava de voltar atrás enquanto confirmava resignado a sua presença. Pois... A parte de sair de gatas já acontece. Vamos ver se não evoluimos para uma cena igualzinha à da mãe, está bem, filha?
Acordar
Tem um excelente acordar. Costuma estar na posição de rabo empinado e se não está põe-se a jeito assim para se levantar. Sempre bem-disposta, raramente chora e senta-se na cama a palrar sozinha, sem grandes alaridos. Depois quando vamos buscá-la, seja quem for, oferece-nos logo um sorriso rasgado de felicidade por nos ver. Assim vale a pena acordar, filha!
Monossílabos
No entanto, já nos apercebemos de algumas tentativas monossilábicas, graças ao nosso esforço repetitivo. Quando lhe lavo as mãos, repito vezes sem conta "a mão!". Da última vez, sairam várias vezes "a mâ!" com um ar de quem está a perceber tudo. Faz o mesmo com o não: chega ao objecto proibido, olha para mim, espera pelo meu "não, não!" e antes de mexer diz "nâ!" com ar entendido. Estou feita!
É quase isso!
A M. só diz mamã. É uma palavra que serve para mim e para o pai, que coitado, não acha muita graça à brincadeira. No outro dia, sentada ao meu colo a palrar, viu o pai passar, aponta e diz "pei! pei! ptttttte!". Está quase, quase!...
Provar o chão
Como gosta de comer tudo, achou por bem que o chão também devia ser saboroso. Agora, dá-lhe para ali - deita-se de barriga para baixo, abre a boca gigante e prova o chão. É claro que chãos há muitos, por isso há que provar o de madeira do corredor, o tapete da sala, o azulejo da cozinha e pois está claro, last but not the least, o tapete da cozinha, que até tem altinhos...
Estalinhos com a língua
Já faz e com muito jeito por sinal. É um som do qual ela gosta muito. Tanto, que por vezes está que tempos com aquilo.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Boneca Mafalda
A minha tia teimava que já era altura de ela ter uma boneca - tem alguns bonecos, mas só peluches de animais (todinhos oferecidos) ou brinquedos didácticos. Assim, como não percebe nada do assunto e não se movimenta lá muito bem pela cidade, encomendou-me a dita em seu nome - "compra uma coisa gira", disse ela. Lembrei-me logo da que tinha visto na loja de Sintra da Taf Toys. Lá fui, no dia seguinte, comprar mais um brinquedo para a M., desta feita por € 16 - uma boneca de pano, com a saia forrada com papel amachucado, uns caracóis giros e um lenço na cabeça. O que me atraiu na boneca? O colorido e a particularidade de ao batermos palmas com as suas mãos ela tocar alternadamente quatro músicas muito engraçadas. Foi um sucesso - a M. adorou e a minha tia também. Esta baptizou-a de Mafalda (foi buscar a lembrança da Mafaldinha que eu tanto lia em miúda, muitas vezes sem perceber a piada política que estava por detrás daqueles desenhos sul-americanos). O doce da boneca está no facto de a M. encostar a Mafalda à cara, fazendo um miminho toda ternurenta quando toca a música calminha das quatro que ela tem.
Não há!
Sempre que acaba a comida ou que eu quero que algo desapareça da sua vista, ganhei o hábito de virar a palma da mão para cima e com ar de espanto dizer "Não há!". Tantas vezes o fiz, que ela aprendeu. Agora, seja porque o pai saiu da sala, seja porque a papa acabou ou seja porque não pode mexer e eu desapareço com o objecto das tentações, é ela que o faz a torto e a direito, faltando só o "não" para ficar perfeito - vira a mão igualzinha a mim e com um ar de espanto faz "Ahhh!". Giro, giro são a expressão e o tom que ela usa para o fazer - parece mesmo que me estou a ver ao espelho...
Tomate
Uma destas noites, estando eu a preparar o jantar e estando a M. sentada na sua cadeira de comer na cozinha, sempre a pedir comida, apesar de já ter jantado, experimentei dar-lhe um bocadinho de tomate a provar. Fez uma careta de todo o tamanho, saboreou, voltou a fazer careta, engoliu e... fez estalinhos com a boca a pedir mais! Dei mais um quadradinho e a cena repetiu-se! Chorei a rir com a expressão...
Tirar a chucha
Disse-nos a amiga F. que o dentista recomendou o retirar da chucha a partir do momento em que nascem os dentes, por causa das má-formações. Faz todo o sentido, por isso, disse à ama para gradualmente e sem grandes alaridos não lha dar sempre por dá cá aquela palha, para tornar o processo em algo pouco sofrido (eu perdi a minha aos dois anos graças à minha querida avó que, ao ver a chucha cair da minha boca para o chão da janela do 3º andar, aproveitou logo a deixa para me dizer que aquela tinha caído em cima de caca de cão. Depois foi todo um processo de me enojar sempre que eu falava nela. Consta que ainda chorei cerca de três dias, mas depois passou-me). Ela não sente muito a sua falta durante o dia - se não a tiver e sobretudo se não a vir, está tudo bem, nem se lembra. Temos é de ir contrariando o dedo na boca que de vez em quando lá vai parar. Já à noite e para adormecer a conversa é outra. A chucha é o seu comprimido para dormir, juntamente com a vaquinha Lola. E já acorda por causa dela, ao ponto de ter várias na cama para as ir perdendo e encontrando.
Mais dois dentes!
Estão a nascer de cada lado dos de cima. Agora, quando se ri, vêm-se dois ratinhos brancos bem crescidos em baixo e outros quatro a espreitar das gengivas. E o melhor foi que não houve qualquer sintoma - nem demos por ela. Felizmente!
Duche
A M. adora um bom duche. Levar com água na cara não a atrapalha e estica-se toda para conseguir chegar com a cabeça. Isto fez com que a professora de natação ficasse espantada com a facilidade com que ela levou com a água que aquela lhe atirou, como forma de a habituar aos salpicos do chapinhar e como incentivo para avançar - parece que para os outros bebés é uma espécie de castigo do qual querem fugir. A nossa já está mais à frente!...
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Natação - primeiro dia
Natação - escolha
Não havendo contra-indicação da pediatra, a ideia era ter começado aos 6 meses, mas a amiga enfermeira desaconselhou e sugeriu esperarmos pelos 8, por causa dos problemas de pele. Como não eram 2 meses que faziam a diferença, esperámos. Depois meteram-se o verão e as férias, por isso, a primeira coisa que fizemos na semana de regresso de férias foi inscrevê-la para Outubro, portanto para começar quase com 10 meses. Depois de alguma investigação, tínhamos três hipóteses tidas por outros como muito boas: a Piscina das Docas, a cidade universitária e o Megacraque. Começámos por espreitar a primeira. Não gostámos. Nem percebemos o porquê de tanto alarido em torno do espaço, ainda por cima mais caro do que os outros todos. Trata-se de uma piscina pequena, instalada num dos edifícios junto às docas de Alcântara, perto da PSP, com vista para a rua, com uns balneários pequenos e sobretudo com os azulejos em torno meios pretos da água. Aquela falta de privacidade, de espaço e confusão, aliadas ao preto do chão, afugentou-nos (atenção! O preto também não era nada do outro mundo, mas...). Ainda marcámos uma aula experimental, mas muito, muito pouco convencidos. Depois fomos ao Megacraque, mesmo ao pé de casa (vamos a pé para lá), onde as aulas são dadas no spa. Como fomos num sábado às 2h da tarde, as instalações estavam vazias, por isso a visita guiada foi um sucesso - a piscina era grande, as instalações limpíssimas, os balneários com fraldários e cadeirinhas na parede para os bebés. A água é tratada com cloro natural e está à temperatura de 31º-32º, e fora de água aquilo parece uma sauna. Havia vaga para as 18h15 às 3ª e 5ª. Gostámos tanto, e ainda por cima tão perto que fizemos logo a sua inscrição para as 5ª feiras, sem sequer ir ver a cidade universitária.
Cortar unhas
Sou sempre eu que as corto, porque o B. nem consegue ver quanto mais cortar. Ou melhor, cortava... Ao princípio, deixava sem qualquer problema, depois, já mais espevitadeca, tinha de ser com alguma distracção e muitas exclamações pelo meio. Por volta dos 8 meses, tive de começar a cortá-las de manhã, a seguir à mamada, que era quando ela estava ainda meia abananada de sono. Agora... Não consigo. Só a dormir. Assim que vê a tesoura e a sento no meu colo, começa a puxar a mão para trás, a torcê-la e a contorcer-se para sair dali. Chora e refila e acaba por vencer porque não me atrevo a tal tentativa com tamanha mexidela para aqui e para acoli. Já com a ama a história é outra. Deixa-se sentar e ainda refila, mas a amiga pergunta-lhe o que é isso umas quantas vezes, segurando-a firme, mas calmamente, e ela acaba por se render. Cortam-se as unhas em três tempos e não aos solavancos e aos saltos como comigo. Já me topou de tal maneira o calcanhar de Aquiles que, no fim-de-semana passado, foi o B., que a muito custo e muito ranger de dentes de impressionado, a sentou no colo dele, enquanto eu as tentava cortar por detrás. Ela deixou. Agora a mim, é outra conversa. À conta disso, a minha filha por vezes anda com umas unhas mais bonitas (salvo seja!...) do que as minhas...
Telefone
Se lhe encostarmos o telefone ao ouvido, para que quem está do outro lado converse com ela, fica com um ar divertido a ouvir atentamente. Ri-se e emite até alguns sons. E depois, não é que geralmente, com um "aahhhhhhh!" fininho, abre a boca e dá um beijinho ao telefone?! Mas a melhor foi comigo. Liguei para falar com a ama. Calhou a M. estar ao colo dela e querer agarrar o telefone. A ama fez-lhe a vontade e eu também, chamando-a e dizendo-lhe olá. A certa altura, ouvi a ama a exclamar: "ai que suspiro tão profundo!". Fiquei cheia para o resto do dia...
Inglês
No fundo, trata-se de introduzir uma segunda língua na vida do bebé através da brincadeira, graças às canções, linguagem gestual e repetição. A introdução da língua é até bastante completa, com mais do que as palavras básicas (por exemplo, não é só cabeça, pés e mãos, mas também cotovelos, indicador e afins). É claro que uma vez por semana não faz milagres,
mas continuando em casa o trabalho, com a ajuda dos livros e CD's que nos são fornecidos no momento da inscrição, o inglês pode mesmo tornar-se uma segunda língua materna, o que nos dias de hoje é uma mais-valia brutal para nós tugas do cantinho da Europa. A mensalidade não é cara - € 36 - comparando com as outras actividades, mas como não chegamos a tudo, optámos por deixar esta actividade para mais tarde. Até porque de todas parece-nos a que pode ser iniciada mais tarde, obtendo-se mesmo assim os mesmos resultados.

