segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Carrossel

A tia fez questão de lhe oferecer um. Esta fixação deve-se a um que eu já tive e que comprei na feira de artesanato da FIL quando andava na faculdade. Era azul, em madeira, muito mimoso e que tocava uma música de embalar muito bonita. Como a antiga mulher-a-dias do meu pai o espatifou (literalmente), o meu pai engenhocas não o conseguiu arranjar e ela o adorava, encasquetou que a M. haveria de ter um parecido. Lá desencantou um, numa ourivesaria e pagou uma pequena fortuna por uma coisa similar, mas em cor-de-rosa, em honra do pai que não admite azul para a sua princesa. O meu parecia mais genuíno, mais original e de acordo com os que se faziam antigamente. Este é mais industrial e os bonecos, em vez de cavalos multi-colores são ursinhos prateados. Para além disso, a música tem tudo a ver com quem o ofereceu - é de embalar, sim senhora, mas muito acelerada. Quase parece um disco de 33 a 45 rotações, lembram-se? A M. gostou, mas não lhe liga nenhuma. Por coincidência, no verão, uma afilhada do meu avô comprou na loja de artesanato de Penedono um carrossel para a M. De linhas modernas, azul, amarelo, vermelho e verde, tem uns porquinhos e toca uma música muito suave. Tem ainda umas bolas de várias cores que andam em redor do carrossel, ao longo de uns ferros que o contornam no sentido descendente. Não é que a M. o adora?! Não quer outra coisa. Se formos ao quarto dela com ela ao colo, aponta logo para a estante onde ele está a pedi-lo. E dá jeito para lhe mudarmos a fralda, pois enquanto está entretida com o dito, não se contorce tipo serpente.

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