segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Livros

Desde que me lembro que sou uma apaixonada por livros. São um mundo por descobrir, com aventuras e estórias que preenchem o nosso imaginário. Em pequenina, gostava ao ponto de o meu pai me perguntar se não me esquecia do livro antes de sair de casa em vez de se queria ir à casa-de-banho. É que enquanto tivesse livro para ler, ficava num canto esquecida, sem aborrecer ninguém. Assim, que acabava de o ler (devorava-os), começava a puxar pela manga e a perguntar quando é que íamos embora... Mais tarde, o meu pai comprava-me uma BD do tio Patinhas e eu vinha a ler pelo caminho, enquanto ele me punha a mão no ombro para não ir de encontro a nada. É uma paixão que nem o curso de direito me tirou (apesar do prognóstico de uma professora de filosofia...). Hoje em dia, já não tenho assim tanto tempo, mas continuo a gostar de ler um bom livro. O B. é o oposto. Não tem paciência para começar e acabar um livro, mesmo tendo vontade de o fazer. Ambos somos reflexos da educação que tivemos: enquanto que os meus pais fomentavam à brava a leitura e levavam-me todos os anos à feira do livro para eu escolher uns quantos livros (como boa sagitariana que sou, durante uns anos eram sempre sobre animais...), os pais do B., por falta de noção e de tempo, nunca o fizeram. Para mim, a leitura é fundamental para todos, mas sobretudo para as crianças. Para além de treinar a língua portuguesa, para que esta não se transforme num caldeirão de experiências mal-sucedidas, também desenvolve a imaginação, a criatividade e oferece um mundo sem fim de cultura, não importa qual o livro (ainda me lembro que aprendi o que era um remoinho de água e Veneza com um tio Patinhas...). Assim, e como de pequenino se torce o pepino, já ando de volta da M. com este meu projecto - é assim que vejo esta minha intenção. Tem alguns de cartão, outros de pano e ainda de plástico, mas os seus preferidos são os da colecção "Dicionário por imagens dos bebés". São de facto giros. Com aminha ajuda, ela folheia-os às mil maravilhas e aponta para algumas das imagens que lhe chamam mais a atenção. Já está familiarizada com eles ao ponto de ir buscá-los onde estão guardados e trazer-mos contente para os ver ao meu colo. A tia também já participa nesta minha epopeia, comprando alguns. Veremos quais os frutos que daqui retirará daqui a uns anos...

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