Depois daquele problema todo para adormecer, faço aqui o balanço do agora. Regularizou - o normal era ir para cama ao meu colo, eu acalmá-la um pouco e ela rapidamente pedir para ir para a sua cama para dormir. Depois, era só eu ficar ao lado da cama, com a cabeça ao nível do colchão, para não haver tentações de se levantar, até ela adormecer. A partir de certa altura, bastava eu sair do quarto sem que ela desse conta e ficava-se sozinha, sem mais confusão. No entanto, houve um dia que o pai tentou deitá-la - convém estarmos os dois treinados de igual modo. Esqueceu-se da parte de a acalmar primeiro ao colo e ela já ia sobre-excitada por nos termos distraído com a hora. Correu mal. Chorou desalmadamente, quis sair da cama e só eu é que consegui acalmá-la ao colo. Demorei uma eternidade para conseguir que ela se calasse, outra para a conseguir deitar e ainda outra até ela adormecer. Foi outro ponto de viragem. Desde esse dia que já não é tão fácil deitá-la. Já chora outra vez, ao colo também, a apontar para a porta, como que a dizer que quer sair do quarto. E agora é muito mais difícil de conseguir sair do quarto: controla-me imenso - até com o pé. O meu pai, quando soube, só comentou: "Ohoho! Estás tramada! Isso é do pior!". É que quando eu era pequenina, era o meu pai que tinha a exclusividade de me deitar (a minha mãe só reivindicou esse título anos mais tarde com a obrigatoriedade do beijinho de boa noite na cama). Diz ele que eu demorava imenso tempo a adormecer, precisamente porque o controlava também. Ele não podia sair de ao pé de mim, chegando eu ao cúmulo de espetar a mão e o pé por fora das grades só para o sentir. E se não desse com ele, estava o caldo entornado! Ele conta que chegou a sair do quarto de gatas para eu não dar pelas sombras em movimento, havendo até algumas vezes que já à porta do quarto, ouvia um "papá? Estás aí?" baixinho. E tocava de voltar atrás enquanto confirmava resignado a sua presença. Pois... A parte de sair de gatas já acontece. Vamos ver se não evoluimos para uma cena igualzinha à da mãe, está bem, filha?
Há 8 anos
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